Projeto do INPE Testa Sensor de Raios Inovador
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (19/12) no site do
“Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)” destacando que projeto do instituto
testa Sensor de Raios inovador.
Duda Falcão
Projeto Testa Sensor de Raios Inovador
Segunda-feira, 19 de Dezembro de
2011
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) realiza
campanha científica para aperfeiçoar sensores que estarão a bordo da próxima
geração de satélites geoestacionários denominada GOES-R. Este satélite terá,
entre outros equipamentos, um sensor de detecção de raios em nuvens de
tempestade, o GLM (Geostationary Lightning
Mapper), que permitirá o monitoramento e alertas de tempo severo. O
GOES-R será lançado pela Administração Nacional do Oceano e Atmosfera (NOAA),
dos Estados Unidos, em 2015.
Steven Goodman, cientista chefe do programa de satélites
meteorológicos geoestacionários de segunda geração da NOAA, está nesta semana
em São José dos Campos para acompanhar a campanha CHUVA-GLM Vale do Paraíba.
Os testes do “mapeador de relâmpagos” acontecem em meio
às atividades do Projeto CHUVA, realizado pelo INPE em parceria com outras
instituições, que utiliza radares de última geração para coletar dados e
monitorar a precipitação entre o Litoral Norte paulista e o Vale do Paraíba.
Além dos radares meteorológicos, quatro redes de detecção de descargas
elétricas foram instaladas para o experimento, as quais são capazes de
registrar em 2D e 3D a ocorrência de descargas elétricas nuvem-solo e
intranuvem num raio de 250 e 150 km da Grande São Paulo.
As medidas tridimensionais de descargas elétricas tomadas
durante a campanha irão orientar o desenvolvimento de algoritmos de previsão de
tempo em curto prazo (o chamado nowcasting) e
estimativa de precipitação que serão gerados a partir de dados da futura
geração de satélites geoestacionários. O GOES-R será o primeiro satélite geoestacionário
a ter um sensor de raios a bordo.
Rachel Albrecht, pesquisadora do Centro de Previsão do
Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do INPE, é uma das responsáveis pelo
desenvolvimento desses algoritmos que usam vários sensores (GLM e ABI) para
estimar a quantidade de chuva e detectar e monitorar o tempo severo.
Os dados coletados pelas redes de detecção descargas
elétricas instaladas para o projeto CHUVA, e as demais sete redes operacionais
(entre elas a RINDAT - Rede Integrada Nacional de Detecção de Descargas
Atmosféricas, da qual faz parte o INPE), serão comparados aos do sensor SEVIRI
(Spinning Enhanced Visible and Infrared Imager)
atualmente a bordo do Meteosat, satélite geoestacionário europeu que cobre a
América do Sul usado para estimativa de precipitação a curto prazo. Um sensor
semelhante chamado ABI (Advanced Baseline Imager)
também estará a bordo do GOES-R, cujos dados em combinação com o GLM deverão
aperfeiçoar o monitoramento dos relâmpagos.
Além de trazer um melhor entendimento dos processos
físicos relacionados aos relâmpagos e às nuvens de tempestades, a campanha irá
aperfeiçoar o registro das descargas de nuvens convectivas - cujo topo da nuvem
é frio - através das imagens de satélite, que também poderá monitorar as
tempestades severas (ventos fortes, granizo, tornados, etc), além de prever
eventos severos a partir da atividade elétrica da nuvem.
SOS Vale do Paraíba
O Projeto CHUVA instalou no Parque Tecnológico da Univap,
em São José dos Campos, o centro operacional do SOS Vale do Paraíba,
um sistema de monitoramento de tempo severo que fornece previsões com resolução
de até um quilômetro, capaz de prever chuvas com duas horas de antecedência.
Um sistema geográfico de informações integrado ao radar e
a outros equipamentos do projeto irá simular os impactos das chuvas por bairros
e ruas, de acordo com a precipitação acumulada. Unidades da Defesa Civil da
região e o Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden),
do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), podem acompanhar e
utilizar os produtos do SOS Vale do Paraíba.
Mais informações: http://chuvaproject.cptec.inpe.br/portal/br/
Sensor LMA instalado no
Instituto de Física da
Universidade de São Paulo
Número de fontes
eletromagnéticas detectadas
pelo sensor LMA em 29/11/2011
Instrumentação do Projeto
CHUVA-GLM Vale do Paraíba
Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE)
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