Segundo Chefe da ROSCOSMOS, a Rússia Irá Mudar a Data da Sua Saída da Estação Espacial Internacional (ISS)
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue agora uma notícia postada ontem (22/09) no
site ‘Olhar Digital’, destacando que
segundo declaração recente feita pelo Chefe
da ROSCOSMOS (Agência Espacial Russa) os russos alteraram a data de sua
provável saída da Estação Espacial Internacional (ISS).
Pois é, lá vamos nós de novo com essa conversa.
Brazilian Space
CIÊNCIA E ESPAÇO
Rússia Muda Data Para Saída da Estação Espacial
Internacional
Por Lucas Soares
22/09/2022 - 11h25
Via: Website Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
Com o aumento das tensões entre
Rússia e Estados Unidos depois de Vladimir Putin ameaçar utilizar armas nucleares na guerra da Ucrânia, os russos alteraram, de
forma silenciosa a data de sua provável saída da Estação Espacial Internacional (ISS). A declaração foi
feita pelo chefe da Roscosmos na última quarta-feira (21).
A quarta foi marcada pelo
lançamento da missão Soyuz MS-22, que transportou uma tripulação de dois
cosmonautas russos e um astronauta da NASA para a ISS. Na coletiva de imprensa
depois do evento, Yuri Borisov, chefe da agência espacial, disse que é
“altamente provável” que a Rússia deixe a estação até 2028.
O país nunca deu, de fato, uma
data para a saída da ISS. No entanto, nos últimos meses, diversas declarações
indicaram uma saída a partir de 2024. O próprio Yuri disse que, daqui a dois
anos, os russos já poderiam estar prontos para deixar a estação.
Agora, ele ainda fala sobre
2024, mas diz que os russos devem depender da estrutura até 2028. “Planejamos
[trabalhar na estação] até 2024, e então continuaremos dependendo da condição
da ISS. Altamente provável, até 2028”.
A ISS deve funcionar até 2030,
quando seu tempo de vida útil deve chegar ao fim. O projeto, que engloba
agências do mundo inteiro, é conduzido principalmente pelos russo e pelos
americanos. Declarações da NASA já indicavam o desejo dos EUA de manter a
parceria por mais tempo além de 2024.
Entenda Como Funciona a Colaboração
na Estação Espacial
É comum dizer que a ISS tem um
“lado russo” e um “lado americano” (embora a realidade seja um pouco mais
complexa), e astronautas dos dois países são presença constante nas tripulações
que se revezam em órbita a cada seis meses.
Além disso, a própria estrutura
da ISS garante a cooperação entre seus membros. O “lado russo” depende de
painéis solares no “lado americano” para obter energia elétrica, e estes
dependem dos russos para, basicamente, manter a estação “no lugar”.
Imagem:NASA
Uma espaçonave Progress, da
Rússia, chegando para atracar na Estação Espacial Internacional (ISS). Esses
cargueiros também são usados em manobras de reposicionamento do laboratório em
órbita. |
Isso porque, mesmo a mais de
400 km da superfície, ainda há atrito entre a estação e a atmosfera da Terra, o
que faz com que a velocidade e a altitude do laboratório orbital sejam
constantemente reduzidas. Por isso, são necessárias manobras periódicas para
compensar essa “queda”, feitas usando os propulsores das espaçonaves russas que
regularmente visitam a estação.
Mesmo acreditando que a Rússia
não deixaria o programa, algumas alternativas vêm sendo testadas. Em junho, uma
nave Cygnus da norte-americana Northrop Grumman que estava conectada à estação
depois de deixar uma carga útil para a tripulação, realizou uma manobra de impulso operacional pela primeira vez,
com o intuito de testar essa capacidade funcional até então executada apenas
pelas cápsulas Progress, da Rússia.
Além disso, embora os veículos
Dragon da SpaceX não tenham propulsores orientados para executar tal manobra,
Lueders disse que a empresa está estudando incluir essa “capacidade adicional”
em suas cápsulas de carga.
Segundo Lueders, a NASA estaria
olhando para essas capacidades apenas como “flexibilidades operacionais”. No
entanto, se a agência tivesse um meio independente de impulsionar a estação e
realizar manobras de evasão de detritos, os EUA provavelmente conseguiriam
dirigir a estação sem a parceria russa.
Ocorre que, conforme destaca o
site Ars Technica, ninguém na NASA realmente gostaria que isso acontecesse. E
um dos pontos principais para essa resistência, segundo Lueders, é que a relação
colaborativa entre os países membros da ISS representa um símbolo importante
para a cooperação humana em um mundo repleto de conflitos.
“A ISS é uma parceria
internacional que foi criada com dependências conjuntas, o que a torna um
programa incrível. É um lugar onde vivemos e operamos no espaço, de forma
pacífica”, disse ela. “E eu realmente sinto que esta é uma boa mensagem para
nós, que estamos operando pacificamente e seguros agora e seguindo em frente.
Se a parceria se rompesse [devido às tensões geopolíticas], seria muito
triste”.
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