Site da 'Pipeline' Publica Matéria Sobre a 'DeltaV' e Sua Vitória no Vergonhoso Edital do 'Foguete de Treinamento e Capacitação' da FINEP
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois é amigos, segue agora uma matéria que não é tão nova
assim, mas que devido ao significado do seu conteúdo eu não podia deixar de
postar aqui no BS e sugiro que vocês
tirem um ‘print’ da mesma e guardem.
Publicada em (07/09) pelo site Pipeline do Valor Econômico,
a matéria aborda um dos maiores absurdos dos tantos que já vimos dentro do
nosso ‘Patinho Feio’, ou seja, a
escolha pelos energúmenos da FINEP da
desconhecida startup DeltaV para o
desenvolvimento do tal foguete de treinamento e capacitação.
Desde que criei o BS
em 30/04/2009, já vi muitos erros ocorrerem dentro do PEB, coisas de deixarem os cabelos em
pé (como o caso
da ACS, entre outros) e considero este (não pelo valor envolvido, muito baixo, e sim pelo seu
significado) um dos maiores que já vi, pois demonstra infelizmente e
inequivocamente que nada mudou no Quartel
de Abrantes, como alias já havia dito no meu vídeo de despedida (como o Prof. Rui Botelho costuma dizer) para o
meu ‘Retiro Sabático’ (veja aqui).
Amigos, o resultado desse edital da FINEP dando a vitória a startup DeltaV, uma empresa (vale aqui acrescentar) sem qualquer histórico conhecido
de desenvolvimento na área de foguetes, em detrimento a startups com mais de uma
década atuando neste setor (Acrux
Aerospace Technologies, Edge of
Space e Pion Lab), é sem duvida
alguma uma inequívoca demonstração de que algo precisa ser feito urgentemente,
ou perderemos mais uma década nesta área, pois mesmo com a saída dos esquerdistas (será mesmo?) que
tanto prejudicaram o PEB por mais de
uma década, os supostos ‘patriotas’ que
atualmente ditam, pintam e bordam nos rumos do combalido PEB,
continuam se valendo do mesmos métodos de outrora de favorecimento aos apadrinhados,
quando na verdade deveriam está se valendo da Meritocracia, Respeito aos Recursos Públicos, Brasilidade e da Ética que,
alias são bandeiras do seu principal líder, o Presidente Jair Messias Bolsonaro, e
afinal amigos, eles foram colocados lá para isso.
Neste momento em que nos aproximamos da eleição de domingo próximo, antes de continuar,
quero aqui deixar bem claro aos oportunistas políticos de plantão que, não tome
esse meu comentário como um indício que sou favorável ao lado contrário do
governo atual ou não, meu comentário é pautado pelos desmandos e pela falta de Rumo
que o nosso ‘Patinho Feio’ infelizmente
continua padecendo, e sem qualquer perspectiva de mudança, frustrando a todos
que, como eu no inicio acreditava que as coisas iriam mudar. No entanto amigos
leitores, pudemos presenciar ‘in loco’ nesses últimos quatro anos que
infelizmente não foi isso que aconteceu, e essa palhaçada da FINEP de agora comprova o que eu digo.
E notem vocês amigos que as coisas podem piorar ainda
mais, pois na própria matéria abaixo, fica claro que a DeltaV que, não tem nenhum histórico conhecido
nesta área de foguetes, já se articula para em parceria também participar do edital
em curso do Veiculo Lançador Orbital de
Pequenos Porte e do tal edital do Satélite.
Ora amigos, foguetes não se aprende a fazer da noite pro dia,
seja ele de sondagem e muito menos um foguete lançador de satélites, e mesmo
que a DeltaV venha contratar engenheiros experimentados nessa área, cada
projeto tem as suas peculiaridades, e para que ele venha se tornar um protótipo,
precisará primeiro passar por uma serie de fases de desenvolvimento bem
complicadas e partindo do zero, coisa que não ocorreria exatamente com as já experimentadas Acrux, Edge od Space e Pion Labs.
Portanto caros amigos leitores, o que a FINEP fez quando
escolheu essa empresa sem qualquer experiência nessa área de foguetes, não foi
só um absurdo, foi uma clara demonstração de que falta seriedade na condução da deste órgão, realmente frustrante. Presidente Bolsonaro, caso o senhor venha realmente a ser reeleito,
e se esse meu comentário chegar as suas mãos, tenha mais atenção com as suas próprias Bandeiras, cancele este edital, convide especialistas
estrangeiros renomados dessa área (nos EUA tem vários fora da NASA), e coloque os CEOs das
quatro empresas citadas num debate com esses especialistas, e assim veja quem realmente
tem competência.
Kkkkkk, pra muitos o meu singelo apelo pode até parecer inócuo, até porque, mesmo que chegasse nas mãos do Presidente Bolsonaro, vale lembrar que infelizmente o mesmo até o momento não demonstrou qualquer interesse na questão espacial, seja por pura ignorância, seja por mal assessoramento, mas enfim...
Brazilian Space
PIPELINE –
Startups
A Rodada Seed da
DeltaV Para Ingressar no Mercado Espacial
Subvenção de R$ 8 milhões vai viabilizar protótipo de
foguete de treinamento da startup brasileira
Por Maria Luíza Filgueiras - São Paulo
07/09/2022 - 10h30
Atualizado há 2 semanas
Via: Website Pipeline do Valor Econômico - https://pipelinevalor.globo.com
Se a liquidez anda restrita
para fintechs e healthtechs, imagine só para as startups que querem explorar o
espaço — e nem chegaram a viver a euforia, dado o negócio de alto risco e longo
prazo. Não é à toa que a brasileira DeltaV, startup de engenharia espacial
originada no Laboratório de Combustão e Propulsão do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE), está comemorando um cheque de R$ 8 milhões ao
ganhar um edital do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia.
A DeltaV vai construir o
protótipo de um foguete de treinamento com o capital recebido. “Esse volume de
US$ 1,6 milhão equivale a uma rodada seed. E sem diluição”, diz Daniel
Resemini, cofundador e CEO, sobre a subvenção coordenada pela Agência Espacial
Brasileira (AEB), Ministério de Ciência e Tecnologia, e FINEP.
A startup, que une nove engenheiros do INPE e ITA, vinha
conversando com fundos de venture capital, mas considerando que um foguete
explodir, implodir ou nem se mexer no chão é parte do negócio – está aí o SLS
Block I da NASA para provar –, a atração desse tipo de financiamento parecia
impossível.
“Conversamos com alguns fundos mas o que ouvimos foi que,
nos cinco anos que levamos desenvolvendo um produto ou tecnologia, eles já
estão no terceiro fundo”, diz Resemini. “O primeiro degrau estava alto demais
para o apetite dos investidores e a AEB acertou ao criar subvenções para que as
companhias consigam viabilizar o MVP.”
Foto: Reprodução
As startups espaciais compõem um movimento chamado de New
Space, que busca incluir inovação privada e investidores privados no setor
espacial, com cunho comercial. Isso é possível graças à miniaturização
eletrônica.
“Satélites eram equipamentos de algumas toneladas, hoje
há aplicações interessantes para satélites de um quilo ou menos, como monitoramento
de queimadas e desmatamentos ou mesmo telecomunicação”, diz o CEO da DeltaV.
“Os veículos lançadores de satélites e foguetes também se miniaturizaram. Eram
desenvolvidos por governos por demandar investimentos de US$ 7 bilhões. Hoje
com R$ 700 milhões é possível desenvolver um lançador, o que começa a ficar
mais atrativo para iniciativa privada.”
O Brasil já lançou satélites de lugares como China e
Índia, mas não a partir do território nacional. Em 2019, o presidente Jair
Bolsonaro e o então presidente dos Estados Unidos Donald Trump assinaram um
acordo de salvaguardas tecnológicas, que abriu as portas para que a base de
Alcântara, no Maranhão, pudesse explorar contratos comerciais.
Ao menos companhias estrangeiras já se habilitaram por
meio de edital para lançar veículos espaciais orbitais e suborbitais, de cunho
comercial, a partir de Alcântara – incluindo a americana Virgin Orbit e a
canadense C6 Launch.
A DeltaV propôs um foguete de treinamento de propulsão
líquida, por ser o que as companhias estrangeiras mais têm explorado e que a
base de Alcântara não tem experiência. “A base está mais acostumado com o
equipamento de propulsão sólida e nós já desenvolvemos propulsão líquida em
bancada”, diz o empreendedor.
Formado em engenharia de petróleo na UFRJ, Resemini
acabou sendo inspirado por um professor do colégio de aplicação da federal,
apaixonado pelo espaço. Para o aluno, o mercado de trabalho ainda pouco
explorado parecia mais promissor que as profundezas do pré-sal. “O Brasil tem
um dos programas espaciais mais antigos do mundo, mas nunca teve aporte massivo e constante, nunca foi um programa de
estado. A exploração comercial muda essa dinâmica”, avalia.
Foto: Divulgação
O fundo brasileiro já soltou dois novos editais, um de R$
190 milhões para um veículo lançador de nano satélite, e outro de R$ 220
milhões para o desenvolvimento de uma constelação de satélites. Em ambos
editais o projeto deve ser consorciado e a DeltaV está se unindo a outras empresas
do setor para participar.
A impressão de Resemini é que nunca houve tanto dinheiro
para negócios espaciais no país – mas o fato é que a agência espacial já teve o
dobro do orçamento atual. O que mudou foi a aplicação dos recursos e a forma de
fomentar inovação. Há quem dê crédito ao remanejamento de orçamento ao fato de
um astronauta ter sentado na cadeira do ministério, mas não é consenso no
setor.
A DeltaV funciona na incubadora do Parque Tecnológico de
São José dos Campos, no interior paulista. A startup aposta numa estrutura
modular para o controle e torre de lançamento do foguete de capacitação.
“Todo o controle do lançamento é independente do centro,
toda aquela sala cheia de telas a gente faz a partir de um contêiner, com um
kit de produtos com potencial de exportação”, diz Resemini, que largou um
cursinho para concursado da Petrobras quando resolveu fazer o mestrado dedicado
ao espaço. “Tem que gostar muito porque se for para ganhar dinheiro tem outros
caminhos mais fáceis.”
Comentários
Postar um comentário