O Telescópio Espacial 'James Webb' Mostra Nova Foto da 'Nebulosa de Órion' Com Detalhes Incríveis
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo agora uma notícia publicada ontem (13/09) no
site “Canaltech”, destacando que uma
nova foto do Telescópio Espacial James
Webb mostra a ‘Nebulosa de Órion’ com
detalhes incríveis.
Brazilian Space
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Nova
Foto do James Webb Mostra a Nebulosa de Órion Com Detalhes Incríveis
Por Danielle
Cassita
Editado por Patrícia
Gnipper
13 de Setembro de
2022 às 12h03
Fonte: Western University
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: NASA/Ben Smegelsky
O telescópio espacial James Webb voltou o instrumento
NIRCam para a Nebulosa de Órion, capturando imagens espetaculares deste berçário
estelar a cerca de 1.300 anos-luz da Terra. Embora este seja um dos objetos
mais estudados desde sua descoberta, os astrônomos ainda não desvendaram todos
os segredos que ela guarda. Agora, nas novas imagens, a nebulosa aparece com
detalhes e nitidez únicos, jamais vistos antes.
Uma das novas fotos da nebulosa destaca
uma estrutura conhecida como Orion Bar (“Barra de Órion”, em tradução livre),
que se estende do canto superior esquerdo da foto para o canto inferior
direito. Na imagem, está o Aglomerado Estelar do Trapézio, formado por estrelas
jovens e quentes. A luz ultravioleta vinda delas está desgastando a barra.
(Imagem: Reprodução/NASA, ESA, CSA, PDRs4All ERS Team, S.
Fuenmayor & O. Berné)
Interior da Nebulosa de Órion, observado pelo telescópio James Webb; note a Barra se estendendo na diagonal. |
A estrela mais brilhante na imagem, um pouco abaixo da
região central, é a chamada “θ2
Orionis A”. Trata-se de um sistema estelar triplo, que faz parte do
Aglomerado do Trapézio. Entre outros objetos, estão glóbulos densos de material
com estrelas “bebês” em seu interior, além de uma estrela jovem, cercada por um
disco de material sofrendo evaporação pela radiação vinda do Trapézio.
Oliver Berné, astrônomo do Instituto de Astrofísica
Espacial na França, conta que as fotos mostram filamentos densos, que talvez
formem novas gerações de estrelas no interior da nuvem. “Sistemas estelares já
em formação também aparecem”, disse. “Dentro do casulo, as estrelas jovens com
discos de gás e poeira, dentro dos quais novos planetas se formam, aparecem na
nebulosa”, acrescentou.
Emilie Habart, astrônoma do instituto, destaca que os
detalhes de como a matéria interestelar é estruturada nestes ambientes, e como
sistemas planetários podem ser formados em um ambiente com tanta radiação,
nunca foram vistos. "Estas imagens revelam a herança do meio interestelar
nos sistemas
planetários", finalizou.
Desvendando a Nebulosa Com o James Webb
As fotos foram capturadas por meio do programa
Photodissociation Regions for All, liderado por uma colaboração de cientistas
de mais de 18 países. “Começamos este projeto em 2017, então esperamos mais de
cinco anos para conseguir estes dados”, explicou Els Peeters, da Universidade
de Western, no Canadá. “Estas novas observações nos permitem entender como as estrelas
massivas transformam a nuvem de gás e poeira na qual nascem”, disse.
(Imagem: Reprodução/Hubble: NASA/STScI/Rice
Univ./C.O'Dell et al.; JWST: NASA, ESA, CSA, PDRs4All ERS Team, S. Fuenmayor
& O. Berné)
Comparação de observações da região pelo telescópio Hubble, na luz visível (esquerda) e pelo Webb (direita). |
Quando nascem, as estrelas
jovens e massivas emitem grande quantidade de radiação ultravioleta, que
incide na nuvem que as cerca. Com isso, o formato físico da nuvem e sua
composição química são alterados — entretanto, é difícil acompanhar o processo,
já que as nuvens de gás e poeira bloqueiam a luz. “Como isso funciona
exatamente, e como afeta a formação de estrelas e planetas, ainda não é bem
compreendido”, observou ela.
É aqui que entram os recursos
do telescópio Webb, capazes de revelar processos de difícil observação até
então: os comprimentos de onda mais longos da luz infravermelha (aos quais o
observatório é sensível) conseguem atravessar a poeira, e permitem observar
regiões que seriam invisíveis em comprimentos de onda menores, como o da luz
visível.
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