MundoGEO: Como a 'Virgin Orbit' Vai Usar Alcântara Para Impulsionar Lançamentos Com o 'Sistema LauncherOne'
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma matéria publicada hoje (23/09) no site “MundoGEO”, apresentando segundo o autor como a Virgin Orbit irá usar a Base de Alcântara para impulsionar
lançamentos com o Sistema LauncherOne.
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Como
a Virgin Orbit Vai Usar Alcântara Para Impulsionar Lançamentos Com o Sistema
LauncherOne
Empresa é uma das quatro autorizadas a operar
comercialmente no espaçoporto brasileiro e a única delas a utilizar um avião
como plataforma de lançamento. Expectativa é que primeira operação no país
ocorra em 2023
Por Gustavo Ribeiro, especial para a MundoGEO
23/09/22 - 09h36
Das quatro empresas autorizadas a realizar lançamentos a
partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), localizado no
Maranhão, no Nordeste do Brasil, a Virgin Orbit é a que mais destaca,
não apenas pelo nome construído ao longo dos últimos anos em vários setores da
economia, mas também pela própria maturidade do seu sistema de lançamento, amplamente
testado e em operação comercial desde janeiro de 2021.
O LauncherOne é um sistema que usa uma
aeronave como plataforma de lançamento, sendo assim totalmente reutilizável. A
empresa opera atualmente com um Boeing 747-400, batizado de Cosmic Girl,
e em breve vai adicionar à frota mais dois aviões do mesmo modelo para aumentar
a capacidade e responder à crescente demanda de lançamentos de satélites.
O lançador fica conectado à asa esquerda do avião e
quando ele atinge a posição e a altitude planejadas, o foguete de dois estágios
é liberado em queda livre até que o primeiro estágio seja acionado e acelera a
13 mil km/h. Quando o combustível acaba, o segundo estágio é inflamado até
atingir a órbita e liberar os satélites.
Devido a esse sistema, ao contrário das outras companhias
que lançarão foguetes a partir das plataformas, a Virgin Orbit usará a
estrutura do aeroporto de Alcântara, uma base da Força Aérea Brasileira (FAB)
dentro da CLA. A pista de asfalto tem 2.600 metros de comprimento e 45 metros de
largura é suficiente para a operação de lançamento do LauncherOne.
Mesmo assim, a FAB abriu uma licitação para realizar
algumas melhorias no aeroporto, como a construção de um novo pátio para
aeronaves e adequações em uma das cabeceiras da pista. O contrato foi assinado
em 2021 e as obras começaram neste ano, a um custo de R$ 12,2 milhões.
A vantagem de Alcântara, segundo a Virgin Orbit, é que
pela localização, a apenas dois graus ao sul do equador, é funcionalmente capaz
de atingir qualquer inclinação orbital, aumentando as possibilidades e
oportunidades comerciais.
“Aproveitar as instalações existentes no Centro Espacial
de Alcântara é importante para nós em nosso compromisso com a sustentabilidade
e esforço para abrir o Space For Good. Estamos ansiosos para trabalhar juntos
para assumir as próximas possibilidades.”
Dan Hart, CEO da Virgin Orbit, em comunicado à imprensa.
Para viabilizar os lançamentos e atender os requisitos da
Agência Espacial Brasileira (AEB) para a licença obtida em junho deste ano, a
Virgin Orbit abriu uma subsidiária brasileira, a Virgin Orbit Brasil Ltda.
(VOBRA). Com isso, a expectativa é de que o primeiro lançamento da empresa no
CLA ocorra em 2023.
Missões Regulares
Por enquanto a Virgin Orbit realizou lançamentos com o LauncherOne
apenas a partir do Mojave Air and Space Port, que fica no estado da
Califórnia, nos Estados Unidos. Em julho, a empresa completou com sucesso a sua
quarta missão, batizada de Straight Up, quando carregou e colocou em
órbita sete satélites da Força Espacial dos Estados Unidos (USSF, na sigla em
inglês). Contando as missões anteriores, a Virgin Orbit já liberou 33 satélites
no espaço.
O plano da empresa, porém, é aumentar a regularidade dos
lançamentos. Para isso, adquiriu mais dois aviões Boeing 747-400, que estão em
processo de adaptações para receber o LauncherOne. Além disso, tem
espalhado as opções de locais de lançamento, como é o caso do Brasil.
A Virgin Orbit já tem a possibilidade de lançar satélites
a partir de oito localidades. Além de Alcântara e Mojave, a empresa poderá
operar na Flórida (EUA), Coreia do Sul, Austrália, Inglaterra, Japão e Guam.
Para 2022, está programada a primeira operação do LauncherOne no
Cornwall Spaceport, em Newquay, na Inglaterra, com uma carga de satélites de
empresas privadas, como a Catapult e a Space Forge, além da Universidade de
Exeter e do Ministério da Defesa do Reino Unido.
Esse crescimento tem ocorrido também devido às parcerias
que a companhia tem fechado com outras empresas, bem como com órgãos
governamentais. Por enquanto, o principal cliente é o governo dos Estados
Unidos, que já usou o LauncherOne para lançar diversos satélites de
diferentes órgãos, como a NASA, Marinha, Agência de Defesa contra Mísseis e
Departamento de Defesa. Outros governos também já lançaram satélites com a
Virgin Orbit. Na lista estão Holanda, Áustria e Canadá.
Na programação da empresa para 2022, além do primeiro lançamento na Inglaterra, outros três estão previstos a partir de Mojave. Por enquanto então confirmados satélites da Força Aérea Americana, da CU Boulder, da The Aerospace Corporation e da polonesa SatRevolution.
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