Telescópio Espacial James Webb Revela Detalhes Ocultos da Distante 'Galáxia IC 5332'

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Segue abaixo agora uma notícia publicada ontem (27/09) no site “Canaltech” destacando que o Telescópio Espacial James Webb revelou recentemente detalhes ocultos da distante Galáxia IC 5332. 
 
Pois então amigos leitores, o mais curioso é que a matéria cita o Mid-InfraRed Instrument (MIRI), ou seja, o mesmo instrumento que semana passada foi anunciado estar enfrentando uma falha. Tomara que o problema já tenha sido resolvido. 
 
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Telescópio James Webb Revela Detalhes Ocultos de Galáxia Distante
 
Por Danielle Cassita 
Editado por Patrícia Gnipper 
27 de Setembro de 2022 às 17h50 
Fonte: ESA (1, 2) 
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
 
Fonte: ESA/Webb, NASA & CSA, J. Lee, PHANGS-JWST, HST Teams

A galáxia IC 5332 apareceu em uma nova imagem capturada pelo telescópio espacial James Webb. Além de mostrar um objeto fascinante, a foto fica ainda mais incrível quando é comparada com outra da mesma galáxia, mas capturada pelo telescópio espacial Hubble. Juntas, as duas fotos destacam as diferentes características da galáxia, mostrando também as capacidades e recursos de cada um dos telescópios. 
 
A IC 5332 é uma galáxia do tipo espiral que fica a mais de 29 milhões de anos-luz da Terra. Como ela tem diâmetro de aproximadamente 66 mil anos-luz e aparece praticamente de frente em nossa perspectiva de observação, temos um bom ângulo de visão para analisar os braços espirais dela.
 
No vídeo abaixo, você confere primeiro a imagem do Hubble, que depois dá lugar à do Webb:
 

Os vários detalhes da galáxia observada pelo Webb aparecem sobrepostos aos dados de luz visível e ultravioleta dela, capturados pelo Hubble. A imagem do Hubble traz regiões aparentemente escuras, que parecem separar os braços espirais; já a imagem do Webb mostra uma emaranhado de estruturas mais contínuas, que acompanha a forma espiral dos braços dela.
 
Estas diferenças são resultado da poeira na galáxia, que dispersam melhor a luz ultravioleta e a luz visível. Assim, as regiões com mais poeira são identificadas mais facilmente na imagem do Hubble por serem mais escuras, já que a luz ultravioleta e visível não conseguiu passar por ali. Já na imagem do Webb, estas regiões parecem desaparecer.
 
Isso acontece pelos comprimentos de onda observados pelo instrumento Mid-InfraRed Instrument (MIRI), do James Webb. Trata-se de um instrumento que conta com quatro diferentes modos de observação e é o único do telescópio sensível à luz infravermelha média (aquela cujos comprimentos de onda vão de 5 a 28 mícrons), do espectro eletromagnético. É assim que o MIRI consegue estudar objetos distantes e, às vezes, escondidos em nuvens de poeira.
 
Pode não parecer, mas conseguir observar esta parte do espectro eletromagnético não é fácil. É que estes comprimentos de onda são absorvidos pela atmosfera da Terra, e o calor atmosférico também afeta as observações. Além disso, como não tem espelhos frios o suficiente, a radiação infravermelha vinda dos espelhos do telescópio Hubble acabariam dominando qualquer tentativa de observação.

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