Brasil, Índia e África do Sul Retomam Proj. do Satélite IBAS

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada hoje (01/11) no site da Agência Espacial Brasileira (AEB) informando que como já havíamos anunciado anteriormente (veja a nota: “INPE Vai a Índia para Reunião do Programa IBAS de Satélites”) foi realizado entre o Brasil, a África do Sul e a Índia em 23/10 em Bangalore, na Índia, as discussões sobre o desenvolvimento do Programa de Satélites IBAS.

Duda Falcão

Brasil, Índia e África do Sul Retomam
Projeto do Satélite IBAS

AEB
01/11/2012

Técnicos do Brasil, Índia e África do Sul, reunidos em Bangalore, Índia, em 23 de outubro, na sede da Agência Espacial da Índia (ISRO, sigla em inglês), retomaram as discussões sobre o desenvolvimento conjunto do microssatélite científico IBAS sobre Clima Espacial.

O encontro começou com apresentação dos programas existentes na área de Clima Espacial – estudo de fenômenos solares e sua influência em sistemas terrestres naturais e tecnológicos. Logo após, iniciou-se a avaliação dos resultados do workshop de 2010 ligado ao desenvolvimento do projeto.

A África do Sul propôs o uso da plataforma de microssatélite já desenvolvida no âmbito do projeto SumbandilaSat – microssatélite para imageamento óptico de superfície. A plataforma, adaptada aos instrumentos científicos já propostos, poderia ser lançada como “carona” (piggyback) de um lançamento principal do lançador indiano PSLV. Passou-se, então, à discussão das características da plataforma e desse lançamento “carona”. A plataforma pode ser a base para o microssatélite IBAS.

Ficou acordado, também, que  cada país deve apresentar, até o fim de novembro deste ano, um texto conceitual (concept paper) sobre as características científicas da missão e sobre os instrumentos candidatos a integrar a carga útil do microssatélite 

Histórico – A ideia de criação de um satélite IBAS foi lançada, em 2008, pelo então Ministro das Relações Exteriores, hoje Ministro da Defesa, Celso Amorim. Os entendimentos para desenvolver o projeto iniciaram-se, em 2009, na África do Sul, durante seminário sobre Espaço e Astronomia, reunindo pesquisadores do Brasil, Índia e África do Sul. Ficou acertado criar um satélite de monitoramento de clima espacial. O estudo do clima espacial interessa aos pesquisadores dos três países, mas tem também sérias implicações práticas: influenciam os sistemas de navegação por satélite (sistemas GPS e similares), as linhas de transmissão de energia e os enlaces de telecomunicações.

Em 2010, em Brasília, Brasil e África do Sul deram sequência às negociações sobre o projeto. E formularam uma definição preliminar da missão, seus requisitos e instrumentos científicos para a carga útil, além de um cronograma de curto prazo para refinamento das especificações da missão. A Índia não pôde comparecer à reunião.

Em outubro de 2011, governantes dos três países se reuniram na V Cúpula do Fórum de Diálogo Índia, Brasil e África do Sul (IBAS), de que participou a Presidente Dilma Rousseff. O três chefes de Estado e de Governo enfatizaram a necessidade de retomada do projeto do satélite IBAS. Ficou agendada a reunião agora realizada em Bangalore.


Fonte: Agência Espacial Brasileira (AEB)

Comentário: Na realidade leitor, o Programa previa a construção de dois microssatélites, sendo um de Clima Espacial e o outro de Observação da Terra, e pelo visto a ideia é mais antiga do que eu imaginava, já que o anuncio que pegou todo mundo de surpresa, foi feito pelo humorista Lula em abril de 2010 durante o Fórum IBSA, ocorrido em Brasília. Veja você que apesar do Workshop do Programa ter ocorrido entre os dias 17 e 18/08 do mesmo ano (veja a nota: “IBSA Space Weather, Earth Observation Workshop”), de lá pra cá nada tinha sido discutido tecnicamente sobre o programa. Não é por acaso leitor que projetos de satélites no Brasil são verdadeiras novelas. E olha que os africanos, notadamente os mais interessados no programa, tinham a ingênua esperança de lançar o primeiro dos satélites em dois anos e o segundo dois anos depois. Veja você que por essa notícia o acordo ou foi diminuído ou se esqueceram de discutir o segundo satélite. Fica muito difícil assim conduzir um Programa Espacial que dê resultados. Enquanto isso, a Argentina avança. 

Comentários

  1. O que esperar de um País que coloca um Diplomata no Ministério da Defesa? Afinal, analisando da minha maneira "tosca" de ver as coisas, "relações exteriores" nada mais são do que "cortina de fumaça" sobre um monte de promessas e afirmações que não correspondem aos fatos.

    Lamentável.

    ResponderExcluir
  2. Olá Marcos!

    Concordo contigo amigo.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

    ResponderExcluir

Postar um comentário