Novas Missões na Europa para Foguetes Brazucas
Olá leitor!
Desde que em outubro de 2011 o Centro Aeroespacial Alemão (DLR) e a estatal sueca
Swedish Space Corporation (SSC) compraram 21 motores-foguetes do veículo de
sondagem VSB-30 (veja a nota: “Europeus Adquirem 21 Foguetes Brasileiro”) avaliados em € 3 milhões, os foguetes de sondagens brasileiros
vem ganhando cada vez mais espaço no mercado internacional, inclusive
monopolizando os lançamentos de programas internacionais importantes, como o
HIFIRE, Scramspace, SHEFEX, Hotpay, ICI e TEXUS.
Foguetes
VS-30/Orion e VSB-30 e mais recentemente o VS-40, vem sendo utilizados pelos
europeus, americanos e australianos cada vez com mais frequência, e atualmente pelo menos oito
missões estrangeiras já estão programadas com foguetes brasileiros para os
próximos dois anos, sendo uma delas com o versátil e gigantesco VS-40, foguete
até então subutilizado pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e que
recentemente fez seu primeiro voo em território europeu deixando uma grande e
positiva impressão.
Provavelmente
esse espaço de mercado deverá se ampliar nos próximos anos, devido a novas
oportunidades que serão abertas caso os foguetes brasileiros continuem tendo o alto
índice de bons lançamentos alcançados até agora, e já existem tratativas para
que nossos foguetes venham ser utilizados em outros programas internacionais,
inclusive um novo foguete de sondagem chamado VS-50 que está em desenvolvimento
nos laboratórios do IAE, e que é um gigantesco foguete derivado do motor
foguete sólido S50 que da mesma forma está em desenvolvimento no IAE para
atender o projeto do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1).
Entretanto,
para que os foguetes brasileiros possam continuar a trilhar esse caminho
exitoso no mercado internacional o governo DILMA ROUSSEFF terá de mudar sua
atitude deixando de brincar de fazer Programa Espacial, e nesse caso específico
aumentar a demanda interna e externa desses foguetes e assim atrair o interesse
das empresas brasileiras na industrialização dos mesmos. Temos bons produtos,
de reconhecimento internacional, mas infelizmente nos falta visão, seriedade,
compromisso e atitude em nosso governo que tem outras preocupações de ordem política
e sabe-se lá o que mais.
Abaixo
trago para você leitor uma lista com as oito missões estrangeiras já planejadas
com foguetes brasileiros e algumas imagens relativas as cargas úteis
dessas missões.
Operação ---- Data de Lançamento --- Local ------- Foguete
TEXUS 50 Abr. 2013 Esrange VSB-30
TEXUS 51 Abr. 2013 Esrange VSB-30
Scramspace
I Mai. 2013 Andoya VS-30/Orion
HIFIRE -
7 Jun.
2013
Andøya VSB-30
HIFIRE - 5B Set. 2013
Andøya (?) VS-30/Orion (?)
ICI – 4 Dez. 2013 Svalbard VS-30/Orion
HIFIRE - 4
Abr. 2014 Andøya VSB-30
HIFIRE - 8 Out. 2014
Andøya VS-40
Concepção Artística do HIFIRE 7
Concepções Artísticas do HIFIRE 4
Fonte: Diversas
Essa é uma daquelas notícias que tem duas vertentes.
ResponderExcluirPor um lado, é uma excelente notícia, dando conta do potencial dos nossos foguetes de sondagem. Tenho pesquisado os foguetes de sondagem a nível mundial, e fora Estados Unidos e Canadá, a maioria dos outros países meio que abandonou esse tipo de foguete, e eles viraram história.
Por outro lado, a notícia cria uma expectativa sem muito respaldo. Como o Duda mencionou, boa parte do possível sucesso desses nossos foguetes como produto, depende de "visão, seriedade, compromisso e atitude". Só discordo em esperar isso desse "governo" ou qualquer outro que venha depois (tá muito arriscado até a ser o mesmo), insisto que cabe ao pessoal diretamente envolvido nesses projetos, tomar algum tipo de atitude e "forçar" as atitudes necessárias de baixo para cima, pois o contrário parace que não é uma opção...
#tenso
Parabéns pelo trabalho de informação e organização de conhecimento que tens feito pelo Wikipedia.
ExcluirOi Israel, Obrigado!
ExcluirNa verdade, é um trabalho para nos ajudar a conhecer melhor as origens desses foguetes. Começou com a intenção apenas de melhorar a documentação sobre o PEB, mas ai uma coisa puxa outra...
Depois de documentar os foguetes de sondagem a nível mundial, vou voltar aos artigos mais específicos sobre o nosso PEB, pois acabei me desviando um pouco disso.
Abs.
Ótimo para o Brasil (21 x 3milhões = 63 milhões = 1/8 dos apoio que o PEB recebe do governo). E com os sucessos sucessivos pede ser que a demanda para os foguetes brasileiros aumente. Reparei também que eles estão fazendo estudos em veículos parecidos com o nosso 14-X, e espero que aí o lançamento previsto para 2013 do 14-X com um foguete VSB-30 não atraze, senão ficaremos atrás quanto a experimentos práticos nessa áerea, enquanto que outros que recorrem à nossos foguetes estarão avançando.
ResponderExcluirFico mais feliz pelo nosso PEB, porque como ocupamos o 10º lugar entre os candidatos à potencias espaciais, pode ser que o exito nessa área e outras possamos nos catapultar para melhores posições daqui a algum tempo.
Começamos a ver resultados no mercado para o Brasil na área espacial, e sem dúvida esperamos que o governo abra os olhos e responda à altura para não deixar passar uma oportunidade tão boa. Sei que é dificil, mas por causa do pouco investimento que o governo faz no PEB, somente ganhando mais e mais independencia no mercado (relativamente às ajudas do governo) é que o PEB poderá garantir uma respeitabilidade e assim conseguir ser uma referencia cada vez maior, como é o caso da DLR (que consegue vender seus conhecimentos pagando quase metade dos seus investimentos).
Estou vendo que temos, para 2013, um ano mais produtivo para o nosso PEB. Espero que a demanda e progresso sigam nessa direção ascendente para os anos que se seguem.
Parece que estava engano quanto ao valor total do negócio com foguetes Brasileiros. Segundo as informações que o Duda dispôs da outra notícia, 3 milhões seriam o valor dos 21 foguetes. Logo valor é mais modesto.
ExcluirAcho interessante o fato destes foguetes gerarem renda para o PEB.
ResponderExcluirAté mesmo a ACS poderia gerar "dindin" extra para o PEB financiar seus projetos, afinal a ACS deverá pagar aluguel por estar dentro da base.
Então quem sabe um dia não dependeremos mais do governo para financiar as pesquisas espaciais.
Ainda acho que estão meio que, como diz a música, "deixando a vida levar". Vejam que existe o mercado, nós temos produtos fortes, mas ninguém empreende. Ninguém planeja colocar os foguetes da família "VS" no mercado como produtos fortes que são.
ResponderExcluirOs americanos por exemplo, chegam ao cúmulo de vender lançamentos sem sequer ter o lançador pronto (vide exemplo da Interorbital Systems). É incrível!
E mais uma vez, não adianta esperar que o nosso "governo" ou a alta cúpula da AEB vá fazer alguma coisa nesse sentido. Isso simplesmente não vai acontecer! deveria, mas sabemos que não vai... O interesse deles é outro (ou são outros).
Então, se o pessoal responsável por esses projetos, não quiser ver esses excelentes produtos virarem pó, devem começar a se organizar e forçar ações nesse sentido de baixo para cima.
Abs.