Astrônomos 'Desvendam' Planeta-Anão
Olá leitor!
Segue abaixo uma
matéria publicada hoje (22/11) no site do jornal “O Estado de São Paulo” destacando
que um estudo de um grupo de astrônomos europeus e sul-americanos, entre eles
vários brasileiros, calculou o tamanho do planetoide “Makemake” e
descobriu que ele não tem atmosfera.
Duda Falcão
Astrônomos 'Desvendam' Planeta-Anão
Estudo com participação de brasileiros
calculou o tamanho do
planetoide Makemake e descobriu que ele não tem atmosfera
HERTON ESCOBAR
O Estado de São Paulo
22 de novembro de 2012 | 2h 09
Astrônomos
europeus e sul-americanos, incluindo vários brasileiros, fizeram a observação
mais detalhada até agora do planetoide Makemake e descobriram que ele, ao
contrário do que se esperava, não tem atmosfera.
European Southern Observatory/AP
Makemake é um planeta-anão, assim
como Plutão e outros três corpos do
nosso Sistema Solar
|
Pouco conhecido
do público em geral, Makemake é um dos cinco planetas-anões do sistema solar,
segundo as novas regras de classificação de objetos celestes aprovadas pela
União Astronômica Internacional em 2006 - na polêmica conferência em que Plutão
foi "rebaixado" da categoria de planeta. O outros "anões"
são Ceres, Haumea e Éris, além do próprio Plutão.
Essencialmente,
Makemake é uma bola de gelo que orbita o Sol muito além da órbita de Netuno.
Ele foi descoberto em 2005, mas pouco se sabia a seu respeito. Até que, no dia
23 de abril de 2011, pesquisadores de 12 observatórios (5 deles no Brasil)
resolveram apontar seus telescópios para ele. A data foi escolhida por conta de
um fenômeno muito específico e raro, chamado ocultação estelar, que ocorre
quando um planeta passa diretamente na frente de alguma estrela distante,
causando um eclipse.
Além de
determinar que Makemake não tem atmosfera, a observação desse eclipse de vários
ângulos, por meio de vários telescópios, permitiu medir o tamanho do planetoide
com grande precisão. Os pesquisadores concluíram que Makemake é uma esfera
ligeiramente ovalada, com um diâmetro de 1.430 quilômetros - com uma margem de
erro de 9 km para mais ou para menos - , cerca de dois terços do tamanho de
Plutão e Éris. "É um grau de precisão incrível", diz o pesquisador
Roberto Vieira Martins, do Observatório Nacional, um dos 15 autores brasileiros
do estudo, publicado na edição de hoje da revista Nature.
A principal
contribuição científica do País, segundo ele, foi na previsão do eclipse, que
envolveu vários observatórios nacionais. "Estamos falando de uma coisa
muito pequena, passando na frente de outra coisa muito pequena. É muito difícil
de prever."
No final, sete
telescópios conseguiram registrar o eclipse; seis no Chile e um no Brasil: o
Carl Zeiss, de 60 cm de diâmetro, no Observatório Pico dos Dias, do Laboratório
Nacional de Astrofísica (LNA), em Minas Gerais.
Fonte: Site do
jornal O Estado de São Paulo - 22/11/2012
Comentário: Pois é, mais uma notícia de sucesso, dessa pequena
e extraordinária Comunidade Astronômica Brasileira. Vocês estão todos de
parabéns.
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