O Foguete da Operação HIFIRE 5 Foi Mesmo o VS-30/Orion
Olá leitor!
Desde o dia 15/10 quando aqui postei a nota “Deu Xabu na Operação HIFIRE 5 Lançada em Abril Pelo DLR” venho buscando uma informação que me incomodava, já que notícias anteriores ao lançamento davam conta de que o foguete que seria utilizado nessa missão internacional seria o
brasileiro VS-30/Orion.
Ora, tentei por
diversas fontes chegar a uma resposta que fosse segura e confiável e assim
então postar uma nota definitiva esclarecendo aos nossos leitores se realmente
o foguete utilizado foi o brasileiro.
Assim sendo, depois de perambular de um lado para o outro na net e através de consultas a
profissionais do ramo, cheguei ao arquivo em pdf “HIFIRE: An International Collaboration to Advance the Science and Technology of Hypersonic Flight” que faz uma descrição
de todo esse programa, comprovando assim que o lançamento da “Operação HIFIRE 5” realmente ocorreu com falha da Base de Andøya (Noruega) no dia 25/04/2012 através de um
foguete VS-30/Orion, e em breve farei o relatório dessa missão.
Vale dizer que segundo o mesmo arquivo uma nova operação
denominada “Operação HIFIRE 5B” deverá ser lançada em setembro de 2013, mas sem
identificar de onde será lançado e qual foguete será utilizado, apesar de ser provável
que o lançamento ocorra do mesmo local e com o mesmo foguete.
Além disso, vale pontuar que com a comprovação da realização da “Operação HIFIRE 5”, a informação postada pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) em seu site no dia 13/09 (Lançado com Sucesso o VS-30/ORION V07), sobre a "Operação HIFIRE 3", dando entender que esse seria o sétimo voo nomeado do VS-30/Orion, estava correta, apesar do mesmo ser fisicamente o oitavo foguete desse tipo a ser lançado.
Além disso, vale pontuar que com a comprovação da realização da “Operação HIFIRE 5”, a informação postada pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) em seu site no dia 13/09 (Lançado com Sucesso o VS-30/ORION V07), sobre a "Operação HIFIRE 3", dando entender que esse seria o sétimo voo nomeado do VS-30/Orion, estava correta, apesar do mesmo ser fisicamente o oitavo foguete desse tipo a ser lançado.
Assim sendo,
a lista que apresentamos aqui na nota IAE Prepara-se para Dar Início a "Operação Iguaíba" sobre as “Operações de Lançamento do Foguete
VS-30/Orion - Realizadas e a Realizar”
não estava correta, já que a mesma dava conta que a “Operação HIFIRE 5” não
havia ainda ocorrido e que ela seria referente ao VO7.
Diante disso, tudo
leva a crer que como só haviam sido lançados até essa operação seis foguetes
VS-30/Orion, o lançamento do foguete da “Operação HIFIRE 5” foi referente ao sétimo lançamento físico desse tipo foguete (e é assim que irei a partir de agora considerá-lo), mas fica difícil identificar como o mesmo foi nomeado, ou seja, V06 ou VO9, já que o ICI-3 (2011) parece ter sido nomeado VO8, o HIFIRE-3 como sabemos foi nomeado VO7 e a "Operação Iguaíba" (que deve ser realizada em breve do CLA) foi nomeada de V10.
Abaixo trago para
o leitor (com uma noticia muito boa para o PEB) uma descrição de todos os lançamentos do Programa HIFIRE que já foram realizados
e os que ainda serão realizados.
Operação --- Data de Lançamento --- Local
------- Foguete
HIFIRE - 0 07/05/2009 Woomera Terrier/Orion
HIFIRE - 1 23/03/2010 Woomera Terrier/Orion
HIFIRE - 5 25/04/2012 Andøya VS-30/Orion
HIFIRE - 2 01/05/2012 PMRF Terrier/Terrier/Oriole
HIFIRE - 3 13/09/2012 Andøya VS-30/Orion
HIFIRE - 7 Jun. 2013 Andøya VSB-30
HIFIRE - 5B Set. 2013 Andøya (?) VS-30/Orion (?)
HIFIRE - 4 Abr.
2014 Andøya VSB-30
HIFIRE - 8 Out. 2014 Andøya VS-40
HIFIRE -
6 Nov. 2014 PMRF Talos/Terrier/Oriole
OBS: PMRF
significa “Pacific Missile Range Facility” que é uma base de lançamento
pertencente a Marinha Americana e que fica localizada no distrito de Kekana, na
cidade de Kauai, Hawai (EUA).
Pois é leitor, como você mesmo pode notar na lista acima,
além dos voos programados do VSB-30, o nosso versátil e gigantesco foguete de sondagem VS-40 conseguiu
mais uma missão internacional, muito provavelmente pela boa repercussão alcançada com o seu sucesso durante
a realização da “Operação SHEFEX II”.
Avante VS-40
Duda Falcão
Fontes: The
University of Queensland e Boeing
A maior parte das operações que utilizavam do foguetes VSB-30/Orion foram bem sucedidas? Porque nessa última operação na Noruega parece que o foguete Orion deu pau. O nível de confiabilidade nesse sistema de foguetes é elevado?
ResponderExcluirOlá Israel!
ExcluirPelo que sei o Improved Orion é um dos motores-foguetes mais confiáveis do mundo e seu índice de acerto é muito alto, mas essas coisas acontecem.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Realmente, seria muito importante para o Brasil, que o pessoal diretamente envolvido nos projetos do VS-30 e do VS-40, pressionassem seus superiores e os superiores deles, a agir de forma mais enérgica para tornar esses dois excelentes foguetes em produtos mais comerciais.
ResponderExcluirÉ hora de "malhar o ferro quente", aproveitando os sucessos conseguidos até aqui, e oferecer esses excelentes produtos a outros possíveis clientes.
Estou na torcida.
Aproveitando que estamos falando sobre o mercado de foguetes de sondagem, gostaria de postar algumas informações interessantes, algumas perguntas e uma sugestão.
ResponderExcluirAs informações:
O primeiro foguete de sondagem japonês, como não podia deixar de ser, era pouco maior que uma caneta. Foi o foguete Pencil. Vale a pena dar uma olhada também no maior foguete de sondagem japonês, o SS-520.
Uma mistura de informação e pergunta, é sobre um combustível novo que é mais que simplesmente um motor híbrido. Usa um composto do tipo tixotrópico. Mais informações aqui. Gostaria de saber se tem alguma pesquisa sobre isso aqui no Brasil.
E a sugestão: Vi um sistema de lançamento portátil muito interessante, o Instant Eyes, seria bem interessante o desenvolvimento de um sistema semelhante por aqui. Quem sabe nas universidades, ou uma iniciativa privada. O original tem fins militares, mas acredito que seria muito útil em missões policiais urbanas (aqui no Rio, com certesa) e também para fins de pesquisas topográficas e outras em voos de alcance relativamente curto.
Abs.
Olá Marcos!
ExcluirSe sua pergunta se refere a foguetes com propulsão hibrida, a resposta é sim, existe pesquisa no Brasil sobre esse tipo de propulsão e o maior centro dessa pesquisa é a UnB. Eles estão desenvolvendo no momento o foguete SD-2 (Santos Dumont 2) e você pode obter maiores informações olhado as notas intituladas "O Motor Foguete Híbrido da UnB","A UnB e o Programa Uniespaço","Conheça o Grupo de Propulsão Híbrida da UnB".
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Valeu Duda, mas parece que não é bem isso...
ExcluirComo eu disse, eu não sou nenhum expert, mas parace que esse caso, se for um híbrido, é um híbrido diferente, mas eles afirmam ser um monopropelente.
O tal composto se apresenta sólido em condições normais mas durante o uso, quando se aplica pressão, se transforma em líquido, com todas as vantagens deste, incluindo controle de empuxo, podendo ser também desligado e religado.
Além disso, até onde eu entendo, os híbritos até aqui, pré supõem, um combustível sólido e um oxidante líquido, já esse aí, pelo que eles afirmam, é um monopropelente, usando um composto de alta densidade, imagino uma espécie de graxa bem dura nas condições ambientais normais, tendo todas as vantagens de armazenagem de manipulação de um combustível sólido, e ao ser aplicada pressão e iniciar a combustão, se transforma em líquido, com todas as vantagens deste, como: maior regularidade na queima, controle de empuxo podendo ser desligado e religado.
É isso.
Olá Marcos!
ExcluirVeja bem, o que eu disse é que o Brasil está desenvolvendo propulsão híbrida e que a UnB é o maior centro de desenvolvimento nessa área no país. Entretanto, existe diversos tipos de Propulsão Híbrida sendo desenvolvidos mundo a fora, e esse que você apresentou parece ser mais um.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Oi Duda,
ExcluirEu entendi a sua colocação, porém, nesse caso, parece não se tratar de propulsão híbrida, pois isso pré supõe componentes em estados diferentes (geralmente um sólido e um líquido).
Nesse caso, é um monopropelente, como uma das propostas do Miraglia, usando apenas Peróxido de Hidrogênio. Só que este componete proposto por ele, é líquido. Já esse que o pessoal da Rocket Lab etá propondo, é uma espécie de graxa bem dura que se torna líquida quando se aplica pressão.
Os conceitos (em minha opinião) são diferentes.
Abs.
Opa!
ExcluirAchei uma descrição mais detalhada aqui:
Viscous Liquid Monopropellants (VLM).
Abs.
Opa!
ResponderExcluirInformações mais objetivas com uma imagem, sobre o sistema de vigilância portátil Instant Eyes, pode ser obtido aqui.
Achei essa idéia básica muito legal para iniciativas universitárias e de empresas privadas.
Muito legal !
Abs.
E olha os americanos "tomando conta" do Instant Eyes...
ResponderExcluirA mim parece que o pessoal da L2 Aerospace pegou o produto do pessoal da Nova Zelândia numa "parceria" e estão só aperfeiçoando.
Reparem que a Cella Energy, já fornece baterias de hidrogênio e se dedica a pesquisas sobre escudos radioativos de baixo custo (já falei sobre isso num outro post).
Os caras não perdem tempo...
Abs.
Aprendendo a empreender.
ResponderExcluirAcho que esta é uma das coisas que falta por aqui. Vejam a evolução do projeto Instant Eyes.
Os caras pegam uma excelente idéia e injetam $ 600.000,00 para o rápido desenvolvimento de um sistema que vai ajudar a "salvar vidas dos seus soldados". Claro que assim, se torna uma idéia muito fácil de ser vendida.
No nosso caso, por aqui, (fora a "caixinha" dos políticos), poderia ser usado para localizar contrabandistas em fuga, traficantes nos morros, ou atividades mais científicas como topografia, e outras.
É isso!