Para que Serve o Programa Espacial Brasileiro?
Olá leitor!
Segue abaixo um artigo postado dia (16/10) no site “Olhar
Digital” dando destaque à história do PEB e descrevendo segundo a Agência
Espacial Brasileira (AEB) o porquê o Brasil precisa de um programa espacial.
Duda Falcão
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Para que Serve o
Programa Espacial Brasileiro?
Ele
existe há 18 anos, mas segue como um
ponto
de interrogação para muita gente
Marcelo Gripa
USP Online
16 de Outubro de 2012 | 11:45h
USP Online
16 de Outubro de 2012 | 11:45h
Reprodução
Em 1961, a União
Soviética impressionava o mundo ao enviar pela primeira vez um homem para o
espaço. O piloto da Força Aérea Yúri Gagarin tornava-se então um dos maiores
símbolos da extinta Guerra Fria, embate travado por décadas entre a potência
europeia e os Estados Unidos.
Longe dali, no
Brasil, o governo aproveitava o momento histórico para dar o passo inicial rumo
ao espaço. O Grupo de Organização da Comissão Nacional de Atividades Espaciais
nascia naquele ano, às vésperas da ditadura, pelas mãos do ex-presidente Jânio
Quadros. O investimento mais efetivo, no entanto, viria 33 anos depois.
Em 1994 o governo
lançou a Agência Espacial Brasileira e, juntamente com ela, um programa
dedicado a capacitar o país em tecnologias. O desafio era agregar ciência e
inovação na exploração do uso espacial, fomentar a fabricação de sistemas de
satélites, foguetes e aplicações que envolvem meteorologia e comunicações.
Doze anos depois,
por meio da Missão Centenário, o tenente coronel e astronauta Marcos Pontes
tornava-se o primeiro brasileiro a viajar pela órbita. Mas o objetivo
central do Programa Espacial Brasileiro não era este, e sim utilizar as
pesquisas para sanar deficiências que afetam a sociedade.
“Nenhum país vive
sem os benefícios e serviços vindos do espaço. As atividades tornaram-se
indispensáveis”, diz a AEB ao Olhar Digital. "O Brasil
é um patrimônio fantástico de recursos naturais de toda ordem. É preciso
conhecê-lo, estudá-lo, controlá-lo, administrá-lo, vigiá-lo e, em especial,
explorá-lo de forma sustentável", completa.
A ampla extensão
territorial dá ao país “especial vocação espacial”. Por ser um 'gigante', as
iniciativas impactam diretamente na melhor exploração das telecomunicações, uso
sustentável de recursos naturais, acompanhamento das mudanças ambientais e
climáticas, vigilância nas fronteiras marítimas e alertas sobre desastres
naturais. “Tudo isso exige mais sistemas, lançadores e lançamentos, satélites,
informações e imagens vindas do espaço, atividades e mais indústria competente
e eficaz. Ciência e tecnologia espaciais são essenciais”, explica a AEB.
O Brasil é uma das
principais potências em competitividade espacial. Ranking divulgado em agosto deste ano pela publicação Futuron's lista o país em 11º lugar, uma posição atrás
da conquistada em 2010, mas ainda à frente de todos os vizinhos latinos. O
levantamento relaciona aspectos do governo, desenvolvimento de competências e
propensão ao uso de aplicações e tecnologia da indústria.
Em três décadas, o
Brasil investiu R$ 6,1 bilhões no desenvolvimento de programas, valor corrigido
em 2011, nas contas da AEB. Deste total, 40% foram destinados a satélites e
infraestrutura associada, 28% a veículos lançadores e infraestrutura associada,
25% aos centros de lançamento e outros 7% em projetos não especificados. Para
2012, o orçamento previsto é de R$ 443 milhões e a maior parte dos recursos
provem da própria AEB e do MCTI, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Mas por que é tão
importante compreender o que existe além da Terra? Segundo a agência, pelo
simples fato de que, como parte do espaço cósmico, os planetas estão expostos a
benefícios e problemas decorrentes deste pertencimento, como asteroides, raios
cósmicos e explosões solares. Daí a necessidade de assimilar as características
para se precaver e entender o universo no qual os países estão inseridos.
As atividades
deste setor movimentam US$ 270 bilhões anualmente no mundo todo e vivem um
momento de efervescência. “Está em marcha uma espécie de inclusão espacial em
nível planetário”, estima a AEB, sobre o crescente número de países que se
armam para atender a demanda. Segundo a agência, o Brasil é um dos que defende
a necessidade de todas as nações contarem com infraestrutura, ainda que mínima,
para processamento, análise e uso de dados e imagens de satélite.
Fonte: Site Olhar Digital - http://olhardigital.uol.com.br/
Comentário: O artigo é interessante, mais o autor está
errado quanto à idade do PEB. Na realidade não se conta a idade do programa a
partir da criação da AEB, e sim a partir do dia 03 de agosto de 1961, quando
então o ex-presidente Jânio Quadros criou através do Decreto nº 51.133 o “Grupo
de Organização da Comissão Nacional de Atividades Espaciais (goCNAE)”, ou seja,
em agosto passado o Programa Espacial Brasileiro completou 51 anos.
Exatamente. Segundo o material sobre astronáutica disponível no site da AEB, o PEB 'nasceu' realmente através de Jânio Quadros, após a visita de Yuri Gagarin ao Brasil.
ResponderExcluirOpa!
ResponderExcluirDesculpa ae Duda por tirar proveito do seu Blog divulgando isso, mas acho que vale a pena...
Um dos artigos na Wikipedia que eu criei ao rastrear os artigos relativos ao PEB, foi o da CNAE, que não existia.
Aproveitando o ensejo, gostaria de pedir um auxílio a você e todo o pessoAll, em relação a fotos e desenhos sobre o PEB.
A Wikipedia só aceita fotos e desenhos de origem conhecida e sem Copyright.
Quem tiver fotos ou desenhos próprios e quiser ajudar, favor colocar no Flickr, sob a licença "Creative Commons Share Alike" (que é a mais aberta). Vale qualquer foto dos foguetes usados no PEB, antigos, modernos, nacionais, estranjeiros, em fim, tudo que puderem liberar para uso público.
A Wikipedia é um recurso excelente para documentar e divulgar o PEB, além de poder ser enriquecida por qualquer um de nós !
Grande Abraço.