Brasil Participa da Constr. de Superobservatório Astronômico
Olá leitor!
Segue uma matéria
postada hoje (20/10) no site do jornal “Folha de São Paulo” destacando que o Brasil
ira participar da construção de Superobservatório Astronômico.
Duda Falcão
Ciência
Brasil Participa da Construção de
Superobservatório Astronômico
GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO
20/10/2012 – 05h00
O Brasil e
outros 26 países se uniram para construir um superobservatório de raios gama -a
radiação mais poderosa já conhecida. Ela está intimamente ligada a alguns dos
mais misteriosos e violentos eventos do Universo e, por isso, seu estudo é
considerado estratégico.
Batizado de CTA
(Cherenkov Telescope Array), o futuro observatório tem o objetivo pouco modesto
de investigar as engrenagens de fenômenos como a matéria escura e os buracos
negros.
Os temas a serem
estudados, considerados "quentes" na astronomia e na astrofísica, têm
potencial para turbinar a participação brasileira em artigos internacionais.
O plano final do
CTA é ter dois centros em operação: um em cada hemisfério. A instalação da
parte sul do conjunto é a prioridade.
Em vez de um
grande e único telescópio, o observatório terá por volta de cem dispositivos
menores, espalhados em uma área de quase 10 km².
"Esse
arranjo dá muita flexibilidade para as observações. É possível voltar todos os
telescópios para um único ponto e obter informações detalhadas ou,
simplesmente, conseguir uma espécie de panorama do céu", diz Vitor de Souza
Filho, astrônomo do Instituto de Física da USP de São Carlos e chefe da
participação brasileira.
Ao colidirem com
as camadas mais altas da atmosfera, os raios gama provocam uma espécie de
"chuva" que pode ser captada pelos telescópios.
A partir do estudo
dessas partículas, os cientistas conseguirão fazer o caminho inverso e
descobrir informações sobre a luz original.
"Não
estamos buscando um resultado específico. O objetivo é fazer ciência básica,
abrir uma nova porta de investigações. A curiosidade humana nunca
decepcionou", diz Souza Filho.
Editoria de
Arte/Folhapress
DE OLHO NO
ESPAÇO Brasil participa da construção de novo
observatório que
vai estudar os maiores mistérios do Universo
'OPEN SOURCE'
Ao contrário de
outros centros, em que os dados coletados ficam restritos ao pesquisador que os
solicitou, no CTA as verificações estarão abertas a todos os membros.
"Mais
grupos de pesquisa vão ter acesso a isso, e mais material vai ser produzido. A
coisa vai ser bem 'colaborativa' ", diz o astrônomo.
O local de
construção ainda não foi definido. Dois países estão na briga: Argentina e
Namíbia. As duas nações têm regiões com clima seco que facilita a observação. A
escolha será feita no ano que vem. O início das operações está previsto para
2015.
Se os
"hermanos" forem escolhidos, o Brasil será a opção natural para o
fornecimento de equipamentos. Segundo a equipe brasileira, empresas nacionais
já conseguem viabilizar a maioria dos componentes envolvidos.
O financiamento
no país é feito em conjunto pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo) e pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico).
COLABORAÇÕES
Com limitações
financeiras e climáticas para ter centros astronômicos só seus, o Brasil
investe em colaborações nos grandes projetos internacionais.
O país assinou
acordo para se tornar o primeiro membro não europeu do ESO (Observatório
Europeu do Sul), que tem os maiores telescópios ópticos de solo do mundo.
Outro grande
projeto é o DES (Dark Energy Survey), que desenvolveu a câmera digital mais
poderosa do mundo para estudar a energia escura.
O país também
tem uma colaboração com a Espanha, o Observatório Astronômico de Javalambre, em
obras, para investigar a matéria escura.
Fonte: Site do Jornal
Folha de São Paulo - 20/10/2012
Comentário:
Espero e torço que a participação brasileira nesse projeto não acabe enrolada
como as outras relacionadas à superobservatórios que continuam até hoje sem
definição. Gostaríamos de agradecer mais uma vez ao leitor e físico paulista
José Ildefonso pelo envio dessa matéria.
Oi Duda!
ResponderExcluirVocê sabe quanto custa construir esse superlaboratório?
Olá Israel!
ResponderExcluirNão, não sei não, mas não deve ser muito, já que contará com a participação de 26 países.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Olá Duda Falcão,
ResponderExcluirFalando em valores, gostaria de lembrar de um projeto, batizado Impacton, do grupo de Ciências Planetárias do Observatório Nacional, que é um esforço no sentido de integrar o ON e o Brasil aos programas internacionais de busca e seguimento de asteróides e cometas em risco de colisão com a Terra. Desde que foi iniciada a operação da infraestrutura de pesquisa instalada, agora denominada Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica (OASI), e que eu saiba, não foi feito nenhum seguimento. Também, que eu saiba, só um artigo científico foi publicado. E o gasto do OASI já passou da casa dos R$ 500.000,00.
Olá Universo Cativo!
ResponderExcluirLembro desse projeto e até postei notícias sobre o mesmo aqui no blog. Realmente é entranha essa situação, principalmente se levarmos em conta o envolvimento do Observatório Nacional (ON), pois até onde eu sei é uma organização muito séria e competente. Enfim, vamos aguardar os acontecimentos, já que mais cedo ou mais tarde alguma notícia deverá ser divulgada, pelo menos assim eu espero.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Huummm...
ResponderExcluirSerá que esses caras encontraram um outro "filão", para roubar mais um pouco do dinheiro público?
Se eles roubam da Saúde, que causa mortes...
Roubar da Ciência e Tecnologia é molezinha...
Lamentável!