CERN Visita a COPPE e Pode Intensificar Projetos
Olá leitor!
Segue abaixo um artigo postado dia (23/10) no site “Planeta
COPPE” que em nossa opinião é complementar a matéria publicada na revista VEJA
e postada aqui no blog recentemente (veja a nota: “Cientistas Europeus Avaliam Entrada do Brasil no CERN”) sobre a visita
da Comitiva do CERN ao Brasil.
Duda Falcão
Notícias
CERN Visita a COPPE e Pode Intensificar
Projetos com o
Brasil
23/10/2012
Uma comitiva do CERN (sigla em francês de Organização
Europeia para Pesquisa Nuclear) esteve na COPPE/UFRJ em 15 de outubro. O grupo
veio conhecer a infraestrutura de pesquisa e as atividades desenvolvidas no instituto.
A visita à COPPE fez parte da missão que está avaliando a candidatura do Brasil
a membro associado do CERN, maior laboratório de físicas de partículas do
mundo, localizado em Genebra, na Suíça, e responsável por pesquisas como a que
visa identificar o bóson de Higgs e decifrar a origem do universo.
A admissão do Brasil como membro associado – atualmente o
país é colaborador – deverá ser decidida nos próximos meses e pode impulsionar
as parcerias que o Laboratório vem mantendo com instituições brasileiras como a
COPPE, que colabora com o CERN desde 1988. Desde a concepção do ATLAS, a COPPE
desenvolve a eletrônica, o processamento de sinais e o sistema de computação
para o gerenciamento da colaboração e aquisição de dados do experimento. O
ATLAS é o maior dos detectores do Large Hadron Collider (LHC) e mais potente
acelerador de partículas do mundo, construído pelo CERN na região de fronteira
entre a Suíça e a França.
A Comitiva do CERN contou com os pesquisadores Felicitas
Pauss, chefe de Relações Internacionais da instituição e coordenadora do grupo;
Gaspar Barreira, delegado de Portugal no Conselho do CERN; Johann Spitzer,
delegado da Áustria; José Salicio Diez, contato para os países latino-americanos;
Sergio Bertolucci, diretor de Pesquisa e Computação Científica do CERN; e Sue
Foffano, gerente de Recursos do LHC Computing Grid. A comitiva esteve
acompanhada por representantes dos ministérios da Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI) e das Relações Exteriores (MRE).
Os visitantes foram recebidos pelo direto da COPPE/UFRJ,
professor Luiz Pinguelli Rosa, que fez uma apresentação sobre a trajetória e as
atividades da COPPE. Também estiveram presentes o vice-diretor, Aquilino Senra;
o diretor de Tecnologia e Inovação, Segen Estefen; o diretor de Assuntos
Acadêmicos, Edson Watanabe; coordenadores de programas, professores e
pesquisadores. Antes da Reunião com a Diretoria, os representantes do CERN
visitaram o Laboratório de Tecnologia Oceânica (LabOceano) da COPPE e o Tanque
Oceânico.
“A colaboração com o CERN tem sido importante para o
Brasil no desenvolvimento de tecnologia, no intercâmbio entre pesquisadores de
diversas nacionalidades e, sobretudo, na formação de recursos humanos”, afirmou
o professor José Manuel de Seixas, do Programa de Engenharia Elétrica da COPPE
e coordenador da equipe brasileira no projeto ATLAS. “O CERN funciona como uma espécie
de ONU, na qual os pesquisadores são os embaixadores”, comparou Seixas,
demonstrando a importância da instituição para condução dos estudos sobre a
origem do universo.
Admissão do Brasil Poderá Abrir Portas
para a Indústria e
Empresas Brasileiras
Segundo o professor da COPPE, a admissão do Brasil como
membro associado do CERN ampliará o grau de colaboração com as instituições
envolvidas e dará um impulso ainda maior na formação de recursos humanos. Os
resultados serão sentidos por meio de uma série de aplicações desses estudos,
que poderão ser implantadas em diferentes áreas.
“A colaboração que a COPPE vem mantendo ao longo desses
anos com o CERN é muito importante. Além dos trabalhos realizados com o próprio
CERN, esse tipo de colaboração gera aplicações secundárias imediatas em uma
série de outros setores, como a área de processamento de sinais”, destaca o
professor da COPPE Luiz Pereira Calôba, do Programa de Engenharia Elétrica.
Entre os exemplos, então as aplicações das técnicas desenvolvidas pela COPPE em
projetos de redes neurais e em trabalhos para detecção de tuberculose e para
avaliação de ruptura de dutos. “A quantidade de aplicações é imensa”, completa.
Além de ampliar a colaboração com os centros de pesquisa
brasileiros, a admissão do Brasil como membro associado do CERN deverá abrir as
portas do instituto à indústria e às empresas brasileiras das áreas de
tecnologia da informação, mecânica e eletrônica, que terão mais chances de
participar dos editais de concorrência promovidos pelo CERN visando ao
fornecimento de serviços e equipamentos para seus projetos.
A candidatura do Brasil a membro associado do CERN é
defendida pelo MCTI e por instituições da área de ciência e tecnologia, como a
COPPE, universidades e institutos de pesquisa. A movimentação para ampliar a
participação do Brasil no CERN teve início em 2002. No ano de 2009, os contatos
foram intensificados com a assinatura de declaração conjunta que previa
aumentar o número de pesquisadores brasileiros em projetos do CERN. Em 2010,
foi criado um grupo de trabalho brasileiro, a partir da decisão do CERN de
ampliar a adesão de países não europeus. No ano seguinte, o então ministro da
Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, visitou o CERN, ratificando o interesse
brasileiro em tornar-se membro associado.
Ao longo da semana em que estiveram no Brasil, os
representantes do CERN visitaram outras instituições de pesquisa no Rio de
Janeiro e em São Paulo e participaram de reuniões com dirigentes do governo
federal e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A decisão sobre a
admissão do Brasil como membro associado do CERN deverá ser divulgada nos
próximos meses.
Fonte: Site Planeta COPPE-UFRJ - http://www.planeta.coppe.ufrj.br/
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