Estudantes Testam Equipamentos da FAB na SNCT

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada hoje (17/10) no site da Força Aérea Brasileira (FAB) destacando que estudantes testaram vários equipamentos da FAB dia 16/10 durante a abertura oficial da na “Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT)”, no Parque da Cidade, em Brasília.

Duda Falcão

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Estudantes Testam Equipamento Utilizado
no Treinamento de Pilotos

Agência Força Aérea
17/10/2012 - 09h52

O girotec, um simulador antigravidade utilizado para o treinamento de noção espacial dos pilotos na Academia da Força Aérea (AFA), chama a atenção dos adolescentes que visitam o stand da FAB na Semana de Ciência e Tecnologia, no Parque da Cidade, em Brasília. O evento foi aberto oficialmente na tarde desta terça-feira (16) pelo ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp.

O brinquedo permite aos estudantes experimentarem, na prática, a influência da física. Composto por três eixos, o girotec permite o deslocamento para diferentes sentidos ao mesmo tempo, pois cada eixo faz a rotação numa direção. O impacto no corpo humano é a mudança do centro de gravidade, ou seja, o equilíbrio do corpo é desestabilizado.

A estudante do 3º ano do ensino médio, Heloíza Borges, 17 anos, experimentou os efeitos da gravidade. “A sensação é muito boa”, descreve entusiasmada.

Na AFA, o equipamento é utilizado para o treinamento de noção espacial dos cadetes-aviadores, antes de seguirem para o simulador, um estágio anterior de preparação para o voo real realizado nas aeronaves T-25 e T-27. Enquanto o corpo se acostuma com a gravidade, o raciocínio é testado.

De acordo com o Capitão Reinaldo Flores Coelho, do Instituto de Estudos Avançados (IEAv), órgão do Departamento de Ciência e Tecnologia Espacial (DCTA), os estudantes têm a possibilidade de experimentar como é a sensação de um piloto dentro de um avião. “Nessas condições, voando de cabeça para baixo, por exemplo, o piloto tem que tomar decisões rápidas”, explica.

Novas Descobertas – Para Lucas e Willian, que têm apenas nove anos de idade, hoje foi um dia de descobertas. Eles conheceram de perto um míssil, algo que antes só haviam visto em filme. Ainda que um pouco distantes do momento de estudarem os mistérios da física, os pequenos estudantes da 3ª série do ensino fundamental já sabem para que serve o armamento. “É utilizado para destruir aviões”, diz Lucas.

O míssil mencionado por Lucas é um MAA-1ª, do tipo Ar-Ar, ou seja, lançado de aeronave com objetivo de atingir alvo no ar. O artefato foi totalmente desenvolvido dentro do DCTA e é produzido no Brasil. Ele utiliza guiamento de infravermelho.

Arte do Lixo – Em sintonia com o tema da 9ª edição do evento “Economia verde, sustentabilidade e erradicação da pobreza”, uma oficina arte feita a partir de lixo eletrônico chama a atenção dos visitantes para o consumo responsável. O monitor, técnico em eletrônica, Gilberto Vieira Mendes, também é o autor das obras de arte que estão expostas no stand. Para ele, conseguir chamar a atenção das pessoas, dispersas em tantos assuntos, já é uma conquista. Os estudantes também têm a possibilidade de montar e levar para casa um lançador de foguetes VLS.

Foguetes – Os mock-up dos foguetes lançadores de satélite VS-30, VSB-30, VS-40 e dos lançadores de sondas espaciais, como os Sonda 4 e 3 também estão em exposição. Além da maquete do VLS-Alfa.

Fotos: Sgt. Batista


Fonte: Site da Força Aérea Brasileira (FAB)

Comentário: Bom, chamo a sua atenção leitor para a foto onde aparece um VLS um tanto gordinho. Pois então, essa é a maquete do VLS-Alfa, e o mesmo é mais gordinho que o VLS-1 devido ao uso do motor-foguete líquido L75 que se encontra em desenvolvimento no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE). Mudando de assunto, retornei agora a pouco do Salvador Shopping, onde fui conferir de perto o tal do Robozão Baiano. A verdade é que sai de lá decepcionado, pois a impressão que eu tive é que não passa de uma pessoa caracterizada. Essa gente não tem jeito mesmo.

Comentários

  1. Então o robô dançou o rebolation, ou era outro?

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  2. Então o robô dançou o rebolation, ou era outro?

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  3. Caro Israel!

    A divulgação feita sobre o robô foi que o mesmo foi desenvolvido na Bahia pelo desenhista industrial Lei Almeida e que era controlado por controle remoto. O que me pareceu foi que era uma pessoa vestida com uma especie de roupa em fibra de vidro de tamanho gigante (ou algo parecido) com alguma luzes de efeito. Em outras palavras, um embuste.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  4. Fico impressionado com a visão do IAE pararam de lançar foguetes controlados em 1989 com o lançamento do sonda IV, depois disso 3 lançamentos fracassados do VLS! E ainda continuam querendo dar um passo maior que a perna, me refiro ao VLS-alfa1! Pelo amor de DEUS apareça algum iluminado que faça esse programa espacial funcionar!

    To jeito que tá é melhor gastar o dinheiro em outra instituição séria! Se isso existir no Brasil né!

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  5. Caro Anônimo!

    Discordo de você. o VLS-Alfa não é nada impossível de ser alcançado se houver empenho do governo nessa direção. A tecnologia em nada difere da do VLS-1 já disponível, e a unica coisa diferente é o motor-foguete líquido acoplado ao foguete que no caso é o L75. Portanto avante IAE.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  6. Bom, a minha opinião a essa altura deve ser conhecida de todos. Esse "governo" vez por outra tenta usar o PEB para se manter na mídia e só. Falam, falam e falam de um montão de projetos simultâneos que nunca se concretizam.

    Pra mim, só tem um jeito. É o pessoal "de dentro", que está pondo a mão na massa, se rebelar, e definir UM projeto que efetivamente se realize. Hoje em dia, a minha torcida é pelo VLM, Veículo Lançador de Micro Satélites. Se não fizerem isso, vamos continuar assistindo esse absurdo.

    Boa sorte a nós todos entusiastas da área, e muita fé!

    Quanto ao Robozão, eu já tinha esse pressentimento, pois a primeira "aparição" dele foi num programa de auditório muito apelativo. Pensei que pudesse ser outra coisa, mas acabou que era o mesmo, ou seja, um cara fantasiado com um exoesqueleto.

    Devem usar ele nas aberturas da Copa e da Olimpíada (por um precinho camarada claro).

    Quem poderá nos salvar...

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  7. Caro Marcos!

    O VLM-1 é realmente um foguete muito interessante para o Brasil inclusive comercialmente falando, devido o mercado para o tipo de suas cargas úteis ainda está bastante deficiente a nível mundial. Entretanto, o mesmo é um foguete inteiramente novo e assim terá de ter quase toda sua tecnologia desenvolvida, apesar de provavelmente esse processo ocorra mais raído devido o envolvimento do DLR e da industria brasileira desde o inicio do projeto.

    O VLS-Alfa é um foguete que não depende nada disso, pois toda tecnologia já está desenvolvida sendo derivada do VLS-1. A unica coisa que difere é o uso do motor-foguete líquido L75 que se encontra em desenvolvimento a passo de tartaruga no IAE devido a falta de atitude do governo.

    Para ser mais claro, o IAE precisa de investimento em infraestrutura humama e física para acelerar o processo de desenvolvimento do motor e o governo se recursa a caminhar nessa direção.

    Vale dizer que o VLS-Alfa é de suma importância para atender as cargas úteis baseada na Plataforma Multi-Missão (PMM), como os satélites Amazônia 1, 1B, Lates, GPM-BR, Sabia-Mar, entre outros. Desconfio de que é justamente por isso que o governo vem boicotando sutilmente o projeto do L75, pois se o VLS-Alfa sair do papel, o Cyclone-4 perderá as únicas cargas úteis que lhe estão garantidas para lançamento. Uma vergonha!

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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    1. Opa!

      Ué o VLM, ao que me consta só depende do motor VS50, que seria um "irmão maior" dos já conhecidos e dominados motores à combustível sólido.

      Daí acho que é muito mais fácil implementar o VS50 do que o L75, portanto, em termos de domínio do que já conhecemos, o VLM estaria mais próximo de se materializar do que o VLS-Alfa.

      Além disso, como o seu público alvo são os "micro satélites" não sofreria com as implicâncias do "governo". Nem tinha pensado nisso, mas é um fato essa concorrencia com o Cyclone-4 pode emperrar alguns projetos.

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    2. Olá Marcos!

      Na realidade é o motor S50. O VS50 é o futuro foguete de sondagem derivado desse motor. Entretanto, não é bem assim, haverá outras tecnologias a serem desenvolvidas para que o VLM-1 venha se tornar uma realidade, mas que não são um empecilho tão grande assim para a equipe do IAE/DLR e das empresas envolvidas, devido a experiência já adquirida com os projeto anteriores dos foguetes de sondagens e do próprio VLS-1. Lembre-se que o VLM-1 é um foguete inteiramente novo.

      Já o VLS-Alfa é praticamente uma cópia do novo modelo do VLS-1 e sua viabilidade está diretamente ligada ao desenvolvimento do motor-foguete líquido L75 e de alguns algorítimos de controle que equilibre o acrescido de peso do novo motor. Na realidade pelo planos do IAE esse foguete já deveria ter realizado seu primeiro vôo teste e o VLS-Beta em fase adiantada de desenvolvimento, mas o governo só fez atrapalhar e inviabilizar os planos do instituto.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  8. Caro Duda, o VLS-1 ainda tem que ter um lançamento completo para pelo menos qualificarmos o foguete como um todo! E outra coisa a tecnologia usada em foguete e sólido e líquido é totalmente diferente!

    Eu digo da parte de algoritmo, ou seja, talvez os algorítimos de guiamento e controle tenham q ser modificados para lidar com a parte de sloshing e aproveitar o potencial do motor líquido, que é controlar a magnitude do empuxo além de poder parar e re-ignitar o motor algumas vezes.

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  9. Caro Anônimo!

    Em parte você tem razão, e na realidade o VLS-1 já devia está qualificado se não fosse esses energúmenos. Entretanto, isso é uma questão de tempo e os algorítimos de guiamento e controle citados por você é um passo infinitamente inferior do que deixar o L75 pronto para vôo (além de que pode ser desenvolvido simultaneamente, isso é, se já não está sendo), esse sim o verdadeiro avanço necessário para viabilizar o VLS-Alfa visando atender as cargas uteis previstas para a PMM.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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    1. O problema é que como o IAE não lança foguetes controlados há um tempo bom, o pessoal está perdendo o conhecimento! Está lamentável a situação!

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    2. Olá Anônimo!

      Esse sim um problema, mas de fácil solução se houver seriedade do governo.

      Abs

      Duda Falcão
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  10. Quando o VLS-Alfa estiver pronto, o Cyclone-4 servirá para que? Serão concorrentes? Qual terá a nossa preferência?

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  11. Olá Carlos!

    Veja bem amigo. Na realidade eles não são concorrentes, já que o Cyclone-4 tem uma capacidade de carga bem superior ao do VLS-Alfa. Entretanto o que acontece é que essa desastrosa e mal engenhada empresa ACS não tem clientes, e assim deverá se beneficiar das cargas baseadas na Plataforma Multi-Missão (PMM), ou seja, os satélites Amazônia 1 e 1B, o satélite científico Lates, o satélite GPM-BR e o satélite Sabia-Mar, roubando assim o espaço que deveria ser preenchido pelo VLS-Alfa. Um tremendo de uma absurdo que só poderia ser executado por um bando de de..loides irresponsáveis como os que temos no governo DILMA ROUSSEFF.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  12. Pelo "andar da carruagem" Duda você estima que o motor L75 ficará pronto em quanto tempo? Levando em consideração, é claro, os de..loides e energúmenos que temos no governo (presente e futuro).

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  13. Caro Carlos!

    Ai você já está querendo que eu seja um profeta tão competente quanto o 'Nostradamus', segundo dizem os seus defensores. O futuro a Deus pertence, e certamente DILMA ROUSSEFF e seu energúmenos de..loides de plantão estão mais para o lado negativo de todo esse processo. Sinceramente não tenho muito esperança que esse motor venha ser desenvolvido algum dia, mas vamos aguardar os acontecimentos.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  14. É como eu digo...

    Não adianta esperar que esse "governo" faça algo de bom para o PEB. Isso simplesmente não vai acontecer!

    Cabe aqueles que estão "com a mão na massa" tentar conduzir as coisas para algum tipo de realização e torcer para que o "governo" não atrapalhe.

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  15. Caro Marcos!

    Na realidade é o que eu acho que o Raupp está tentando fazer (já com algum resultado) atraindo para o programa verbas de outros ministérios que de alguma forma serão beneficiados direta ou indiretamente com as atividades espaciais do programa, além é claro de tentar estimular uma maior participação da industria. Entretanto, são saídas paliativas, pois o problema do PEB não só se restringe a falta de verba adequada, como também a falta de investimentos em infra-estrutura humana e física e principalmente a existência de uma Lei de Licitações que é totalmente inadequada para a área espacial e de ciência e tecnologia como um todo. Para você ter uma ideia até para se comprar parafusos as vezes o processo leva mais de seis meses, é um verdadeiro absurdo. Isso atrasa tudo e inviabiliza qualquer projeto de desenvolvimento onde o dinamismo é a base de tudo como num programa espacial. A verdade é que enquanto não obtivermos o apoio da sociedade, em minha opinião jamais teremos um programa espacial de verdade.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  16. Esquentando um pouco a discussão...

    Mas é isso Duda, não tem como, do jeito que o modelo de administração pública foi definido na nossa contituição, as coisas funcionarem, então, o Raupp pode até estar certo e bem intensionado, mas não é o suficiente.

    A meu ver, a solução é focar numa única meta, e planejar com antecedência a "compra dos parafusos" para ela, mesmo que as outras fiquem um pouco pra trás no momento.

    Novamente, acredito que se conseguirmos "esfregar na cara" desse "governo" um VLM bem sucedido, as coisas podem mudar.

    Aí repassam o VLM para as empresas e focam no L75 por exemplo, e assim por diante. Tentar manter esses projetos todos em paralelo com o mesmo nível de prioridade, com esse tanto de burocracia, é "pedir pra sofrer"...

    Abs.

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  17. Olá Marcos!

    Discordo de você, a solução é o governo tomar vergonha na cara e fazer as mudanças operacionais que são necessárias ao programa e deixar de usar o mesmo como propaganda política. Não há como realizar qualquer planejamento na área de desenvolvimento com essa Lei de Licitações, tem de ser criado um regime especial como existe em outros países. Nos EUA por exemplo: nenhum equipamento, peça, pesquisa, ou seja o que for leva mais de quatro dias para chegar não mão do especialista, seja em qualquer área de desenvolvimento do setor de ciência e tecnologia daquele país. Mesmo que se foque no VLM-1, não mudará nada, pois os problemas continuarão existindo esticando o prazo de desenvolvimento e desestimulando a equipe envolvida com o projeto, além de que o VLM-1 não atende a esquadra de satélites baseados na PMM já em desenvolvimento ou previstos pelo Plano Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). O projeto do L75 é de suma importância para a sobrevivência do programa, pois de sua tecnologia depende todo o futuro do Programa Espacial Brasileiro.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  18. Concordo com você. O problema é usar "políticos Brasileiros" e "vergonha na cara" na mesma frase...

    #TENSO

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