Por Dentro do Foguete Brasileiro
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (10/04) no site “O Dia Online” destacando que o lançador de satélites do Brasil decolará em 2014 e outro, fabricado em parceria com ucranianos, no ano que vem.
Duda Falcão
Mundo
Por Dentro do Foguete Brasileiro
Lançador de satélites do Brasil decola em 2014 e
outro, fabricado em parceria com ucranianos, no ano que vem
Por João Ricardo Gonçalves
10/04/2010 - 22h33
VLS-1 será lançado da Base de Alcântara,
assim como o Cyclone 4 Foto: Divulgação
assim como o Cyclone 4 Foto: Divulgação
Rio - O ano de 2014 está marcado como aquele em que o Brasil vai mandar para o espaço um lançador de satélites com tecnologia 100% nacional. Sete anos depois da explosão no Centro de Lançamento de Alcântara (Maranhão), que matou 21 pessoas e deu duro golpe no programa espacial do País, a Agência Espacial Brasileira (AEB) mostra sinais de recuperação. Em 2012, o Brasil deve colocar em órbita outro foguete, em parceria com a Ucrânia.
Segundo o diretor de política espacial e investimentos da AEB, Himilcon Carvalho, o foguete 100% nacional, será conhecido como Veículo Lançador de Satélite 1 (VLS-1). Trata-se de uma versão atualizada do modelo que era desenvolvido quando aconteceu o acidente do Centro de Lançamento de Alcântara.
MODELO MAIS SEGURO
“Olhando de fora, os modelos parecem iguais. A configuração é a mesma, mas houve várias alterações em sistemas internos, elétricos e computadores de bordo, que transformam o novo foguete num modelo mais seguro”, explica Himilcon. Segundo ele, o VLS-1 terá a capacidade de levar satélites de tamanhos pequeno e médio, com carga aproximada de até 200 kg. O primeiro a ser levado deverá ser o satélite universitário ITASAT.
Até o lançamento do VLS-1, estão previstos testes no ano que vem e em 2013. Uma maquete em tamanho real da plataforma já está sendo erguida. Antes de tudo isso, porém, outro foguete brasileiro pode chegar ao espaço, desenvolvido em parceria com a Ucrânia: o Cyclone 4. A previsão é que equipamento leve para o espaço, já no ano que vem, a nova versão do satélite CBERS, decolando a partir da Base de Alcântara. A versão atual do CBERS, desenvolvida em parceria com a China, já faz o monitoramento da Amazônia.
Apesar de o Brasil não ter pretensões de realizar exploração de outros planetas, segundo Himilcon os últimos avanços fazem com que o Brasil já seja visto como uma nação respeitada no cenário da pesquisa espacial.
“O CBERS já fez a distribuição de mais de um milhão de imagens, a maior do mundo. A capacidade de observação do espaço já é importantíssima para apoiar políticas públicas, como prevenção a desastres e controle do desmatamento, e estamos avançando muito nisso. Dá para dizer no exterior que o Brasil entrou na corrida espacial”, afirma.
EMERGENTES NA CORRIDA ESPACIAL
O Brasil tenta consolidar seu programa espacial num cenário em que vários países emergentes da exploração do espaço, como Índia, China e Japão, têm obtido muita importância. Isso se deve ao fato de a NASA já não contar com tantos investimentos.
Há duas semanas, um ator inusitado mostrou que também quer seus 15 minutos de fama no espaço e foi recebido com ironia. Durante a visita do primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, à Venezuela, o presidente Hugo Chávez afirmou que os russos aceitaram ajudar os venezuelanos a desenvolver satélite e fábrica de componentes.
Chávez já havia manifestado a vontade de criar uma espécie de “NASA bolivariana”, mas não foi levado a sério por ninguém. Agora, foi ironizado pelos EUA. “O governo da Venezuela esteve em grande parte inativo esta semana por causa da escassez de energia”, disse o porta-voz da Casa Branca Philip Crowley. “Talvez devesse se concentrar em assuntos terrestres mais do que nos extraterrestres”, arrematou.
A CAMINHO DO ESPAÇO SIDERAL
DIMENSÕES DO VLS-1
Primeiro foguete totalmente construído por cientistas brasileiros, o VLS-1 terá 19 metros de comprimento e um de diâmetro. Ele pesará 50 toneladas e poderá levar satélites de até 300 kg.
CYCLONE 4 SERÁ MAIOR
Já o Cyclone 4, parceria entre Brasil e Ucrânia, terá 40 metros de comprimento, 4 de diâmetro, pesará 200 toneladas e poderá colocar em órbita um satélite com até 5,3 toneladas .
NOVOS PROTAGONISTAS
Recentemente, outros países além de EUA e Rússia têm se destacado nas pesquisas espaciais. Em 2003, a China fez o seu primeiro vôo tripulado para o espaço, tornando-se o terceiro país a conseguir este feito. Índia e Japão também têm conseguido vários avanços.
TAXI LUNAR
Na sexta-feira, a NASA informou alguns de seus planos, apesar de cortes em verbas: vai focar na viabilização da ida do homem a Marte e ajudar empresas privadas a criarem serviços de transporte orbital, além de lançar satélites para monitorar mudanças climáticas.
Fonte: Site O Dia Online http://odia.terra.com.br/portal/
Comentário: O autor da matéria leitor provavelmente por está mal informado comete alguns equívocos, se não vejamos: O foguete Cyclone-4 não é brasileiro e muito menos totalmente ucraniano, já que o Brasil não fabricará nem um simples parafuso para o foguete e o mesmo conta com peças cruciais que são de origem russa. A informação de que um dos CBERS será lançado do Cyclone-4 em 2012, não parece possível de acontecer por dois motivos. Para que isso ocorresse seria necessário que o foguete fizesse seu vôo de qualificação em 2011, o que já estar descartado, pois já estamos em abril e nem a licença para o inicio das obras do sítio de lançamento (que estava previsto para ser liberada em março) foi liberada ainda pelo IBAMA. Mesmo que as obras fossem finalizadas em 2012, o blog não acredita que haveria tempo para fazerem os testes necessários dos equipamentos, o vôo de qualificação do foguete e o primeiro vôo comercial com o CBERS abordo. Além disso, o satélite CBERS-3 (o próximo da lista) deverá ser lançado por contrato da China já em 2011 pelo foguete Longa-Marcha, e o satélite CBERS-4 está previsto somente para ficar pronto para seu lançamento em 2014. Mesmo que esse contrato seja modificado durante a visita ao Brasil do presidente chinês, Hu Jintao, na próxima semana (se espera assinar quatro novos acordos na área espacial), o blog não acredita que o foguete Cyclone-4 e seu sítio de lançamento estejam à disposição para a realização desse lançamento, ou seja, não acreditamos que os chineses aceitem correr esse risco, além do que o CBERS-3 já está muito atrasado o que torna inviável esperar mais um ano para seu lançamento ou sabe-se lá quanto tempo. Não fica claro na opinião do blog em qual vôo do VLS-1 o satélite ITASAT será lançado, pois até 2014 segundo a nova programação (também citada na matéria) haverá dois vôos tecnológicos, são eles: o VLS-1 XVT 01 (voará somente com os dois primeiros estágios ativos) em 2012 e o VLS-1 XVT 02 (voará com os quatros estágios ativos) em 2013. Não nos parece sensato (na verdade uma temeridade) colocar um satélite tão importante (estão tentando diminuir essa importância através de alguns meios de comunicação devido à origem universitária do satélite) para o surrado Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais (SBCDA) em um vôo tecnológico (o VLS-1 XVT 02). O blog espera que o senhor Himilcon Carvalho esteja se referindo ao quarto vôo de qualificação do foguete em 2014 e mesmo assim para o caso dos vôos tecnológicos de 2012 e 2013 serem exitosos. Porém achamos que esperar por mais quatro anos para o lançamento desse importante satélite para o surrado SBCDA, é um tempo excessivo e desnecessário.
Segundo o diretor de política espacial e investimentos da AEB, Himilcon Carvalho, o foguete 100% nacional, será conhecido como Veículo Lançador de Satélite 1 (VLS-1). Trata-se de uma versão atualizada do modelo que era desenvolvido quando aconteceu o acidente do Centro de Lançamento de Alcântara.
MODELO MAIS SEGURO
“Olhando de fora, os modelos parecem iguais. A configuração é a mesma, mas houve várias alterações em sistemas internos, elétricos e computadores de bordo, que transformam o novo foguete num modelo mais seguro”, explica Himilcon. Segundo ele, o VLS-1 terá a capacidade de levar satélites de tamanhos pequeno e médio, com carga aproximada de até 200 kg. O primeiro a ser levado deverá ser o satélite universitário ITASAT.
Até o lançamento do VLS-1, estão previstos testes no ano que vem e em 2013. Uma maquete em tamanho real da plataforma já está sendo erguida. Antes de tudo isso, porém, outro foguete brasileiro pode chegar ao espaço, desenvolvido em parceria com a Ucrânia: o Cyclone 4. A previsão é que equipamento leve para o espaço, já no ano que vem, a nova versão do satélite CBERS, decolando a partir da Base de Alcântara. A versão atual do CBERS, desenvolvida em parceria com a China, já faz o monitoramento da Amazônia.
Apesar de o Brasil não ter pretensões de realizar exploração de outros planetas, segundo Himilcon os últimos avanços fazem com que o Brasil já seja visto como uma nação respeitada no cenário da pesquisa espacial.
“O CBERS já fez a distribuição de mais de um milhão de imagens, a maior do mundo. A capacidade de observação do espaço já é importantíssima para apoiar políticas públicas, como prevenção a desastres e controle do desmatamento, e estamos avançando muito nisso. Dá para dizer no exterior que o Brasil entrou na corrida espacial”, afirma.
EMERGENTES NA CORRIDA ESPACIAL
O Brasil tenta consolidar seu programa espacial num cenário em que vários países emergentes da exploração do espaço, como Índia, China e Japão, têm obtido muita importância. Isso se deve ao fato de a NASA já não contar com tantos investimentos.
Há duas semanas, um ator inusitado mostrou que também quer seus 15 minutos de fama no espaço e foi recebido com ironia. Durante a visita do primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, à Venezuela, o presidente Hugo Chávez afirmou que os russos aceitaram ajudar os venezuelanos a desenvolver satélite e fábrica de componentes.
Chávez já havia manifestado a vontade de criar uma espécie de “NASA bolivariana”, mas não foi levado a sério por ninguém. Agora, foi ironizado pelos EUA. “O governo da Venezuela esteve em grande parte inativo esta semana por causa da escassez de energia”, disse o porta-voz da Casa Branca Philip Crowley. “Talvez devesse se concentrar em assuntos terrestres mais do que nos extraterrestres”, arrematou.
A CAMINHO DO ESPAÇO SIDERAL
DIMENSÕES DO VLS-1
Primeiro foguete totalmente construído por cientistas brasileiros, o VLS-1 terá 19 metros de comprimento e um de diâmetro. Ele pesará 50 toneladas e poderá levar satélites de até 300 kg.
CYCLONE 4 SERÁ MAIOR
Já o Cyclone 4, parceria entre Brasil e Ucrânia, terá 40 metros de comprimento, 4 de diâmetro, pesará 200 toneladas e poderá colocar em órbita um satélite com até 5,3 toneladas .
NOVOS PROTAGONISTAS
Recentemente, outros países além de EUA e Rússia têm se destacado nas pesquisas espaciais. Em 2003, a China fez o seu primeiro vôo tripulado para o espaço, tornando-se o terceiro país a conseguir este feito. Índia e Japão também têm conseguido vários avanços.
TAXI LUNAR
Na sexta-feira, a NASA informou alguns de seus planos, apesar de cortes em verbas: vai focar na viabilização da ida do homem a Marte e ajudar empresas privadas a criarem serviços de transporte orbital, além de lançar satélites para monitorar mudanças climáticas.
Fonte: Site O Dia Online http://odia.terra.com.br/portal/
Comentário: O autor da matéria leitor provavelmente por está mal informado comete alguns equívocos, se não vejamos: O foguete Cyclone-4 não é brasileiro e muito menos totalmente ucraniano, já que o Brasil não fabricará nem um simples parafuso para o foguete e o mesmo conta com peças cruciais que são de origem russa. A informação de que um dos CBERS será lançado do Cyclone-4 em 2012, não parece possível de acontecer por dois motivos. Para que isso ocorresse seria necessário que o foguete fizesse seu vôo de qualificação em 2011, o que já estar descartado, pois já estamos em abril e nem a licença para o inicio das obras do sítio de lançamento (que estava previsto para ser liberada em março) foi liberada ainda pelo IBAMA. Mesmo que as obras fossem finalizadas em 2012, o blog não acredita que haveria tempo para fazerem os testes necessários dos equipamentos, o vôo de qualificação do foguete e o primeiro vôo comercial com o CBERS abordo. Além disso, o satélite CBERS-3 (o próximo da lista) deverá ser lançado por contrato da China já em 2011 pelo foguete Longa-Marcha, e o satélite CBERS-4 está previsto somente para ficar pronto para seu lançamento em 2014. Mesmo que esse contrato seja modificado durante a visita ao Brasil do presidente chinês, Hu Jintao, na próxima semana (se espera assinar quatro novos acordos na área espacial), o blog não acredita que o foguete Cyclone-4 e seu sítio de lançamento estejam à disposição para a realização desse lançamento, ou seja, não acreditamos que os chineses aceitem correr esse risco, além do que o CBERS-3 já está muito atrasado o que torna inviável esperar mais um ano para seu lançamento ou sabe-se lá quanto tempo. Não fica claro na opinião do blog em qual vôo do VLS-1 o satélite ITASAT será lançado, pois até 2014 segundo a nova programação (também citada na matéria) haverá dois vôos tecnológicos, são eles: o VLS-1 XVT 01 (voará somente com os dois primeiros estágios ativos) em 2012 e o VLS-1 XVT 02 (voará com os quatros estágios ativos) em 2013. Não nos parece sensato (na verdade uma temeridade) colocar um satélite tão importante (estão tentando diminuir essa importância através de alguns meios de comunicação devido à origem universitária do satélite) para o surrado Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais (SBCDA) em um vôo tecnológico (o VLS-1 XVT 02). O blog espera que o senhor Himilcon Carvalho esteja se referindo ao quarto vôo de qualificação do foguete em 2014 e mesmo assim para o caso dos vôos tecnológicos de 2012 e 2013 serem exitosos. Porém achamos que esperar por mais quatro anos para o lançamento desse importante satélite para o surrado SBCDA, é um tempo excessivo e desnecessário.
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