Etanol Brasileiro para Propulsão de Foguetes
Olá leitor!
Segue abaixo uma pequena nota publicada hoje (15/04) no “Jornal do Brasil” destacando o Brasil está desenvolvendo motores-foguetes líquidos movidos a Etanol.
Duda Falcão
Etanol Brasileiro para Propulsão de Foguetes
Jornal do Brasil
15/04/2010
O Brasil vem desenvolvendo um programa de pesquisa em propulsão líquida para foguetes, que tem como base o etanol nacional. O desafio do projeto, liderado pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), é movimentar futuros foguetes com um combustível líquido que seja mais seguro do que o propelente à base de hidrazina empregado atualmente. Esse último, cuja utilização é dominada pelo país, é corrosivo e tóxico.
A meta é possibilitar o aprimoramento de uma indústria brasileira para a produção de motores de foguetes. A propulsão sólida já garantiu o início da era espacial no Brasil, graças aos trabalhos realizados há mais de 40 anos, tornando o IAE capaz de produzir e lançar foguetes para fins científicos, como os veículos lançadores e foguetes de sondagem.
O desafio da busca por um combustível verde e nacional também conta com o apoio de um grupo particular de pesquisadores, formado em parte por engenheiros que cursam ou cursaram o mestrado profissional em engenharia aeroespacial do IAE realizado em parceria com o Instituto Tecnológico da Aeronáutica e com o Instituto de Aviação de Moscou.
O IAE planeja lançar o primeiro foguete entre 2013 e 2015, o que representará o domínio do ciclo completo dessa tecnologia para projetar, fabricar, testar e operar motores a propulsão líquida.
Fonte: Jornal do Brasil - 15-04-2010
Comentário: Tudo nos leva a crer leitor que esse grupo particular ao qual esta notícia se refere é o "Edge Of Space", já abordado por diversas vezes aqui no blog. Tenham certeza que se realmente esse grupo de engenheiros coordenado pelo engenheiro José Miraglia estiverem à frente desse projeto as perspectivas de sucesso nos próximos anos aumentam em muito as chances de termos nossos lançadores de satélites. A competência desses profissionais é extraordinária e com recursos a disposição eles vão fazer a diferença. No entanto, é apenas uma suposição que o blog ainda haverá de averiguar.
É incrível que deixamos de usar combustível líquido no passado, por ser bastante caro de ser produzido. Ninguem pensou na época do Programa Pró-Alcool, em meados dos anos 70, que deu a liderança ao Brasil na produção de um combustível e na época já poderia estar pensando na alternativa de um combustível de foguete a alcool, já que o V2, do Werner von Braun, na Alemanha, tinha alcool extraído das platações de batata. Ninguem nunca viu o passado para fazer o futuro ?
ResponderExcluirPois é Ricardo,
ResponderExcluirNão se constrói um programa desta envergadura sem gente de visão. Infelizmente foi o que aconteceu e agora temos de correr atrás do leite derramado. Só espero e torço que ainda dê tempo. Afinal amigo é o que resta fazer.
Abs
Duda Falcâo
(Blog Brazilian Space)