A Guerra do GPS
Olá leitor!
Segue uma notícia postada hoje (26/04) no site da Agência Espacial Brasileira (AEB) destacando que europeus e chineses ião lançar seus próprios sistemas de posicionamento global para competir com o GPS americano.
Duda Falcão
A Guerra do GPS
Europeus e chineses lançam seus sistemas de
localização por satélite para competir com os americanos
André Julião
Revista IstoÉ
Não vai demorar para que os Estados Unidos deixem de dominar uma área na qual reinam absolutos até agora. Desenvolvido para fins militares, o GPS (sigla em inglês para Sistema Global de Posicionamento) conquistou o mundo e hoje é largamente usado para a localização de ruas e estradas, espalhando- se pelas telas de aparelhos portáteis, celulares e até mesmo relógios.
Pelo menos três novos sistemas devem competir com o americano. O mais próximo de operar é o GLONASS, criado na Rússia. O sistema já tem 21 satélites em órbita, mas outros três devem estar funcionando até o fim do ano. Uma pequena constelação dessas máquinas é essencial para que o sinal mandado de um aparelho na Terra possa voltar do espaço com as coordenadas corretas. A intenção da Roscosmos, a agência espacial russa, é disponibilizar gratuitamente mesmo a resolução mais precisa - nos EUA, ela é exclusiva das Forças Armadas.
"O GLONASS poderá detectar até a dilatação de um prédio ou de uma ponte", diz Benjamim Galvão, da diretoria de satélites e aplicações da Agência Espacial Brasileira (AEB). Ele esteve em um encontro dos russos com autoridades e empresários brasileiros, no começo de abril, em São Paulo.
CONCORRÊNCIA
Os EUA criaram o GPS para fins militares. Já os russos e a Agência Espacial Européia visam o mercado internacional. Já a União Européia conta com o pagamento dos usuários para tornar rentável o seu sistema. Batizado de GALILEO, ele deve entrar em operação até 2014. Sua resolução mais baixa, que pode ter uma margem de erro de até dez metros - como o GPS -, será gratuita. A precisão maior, na escala de decímetros, será oferecida a quem quiser pagar por isso. "O sistema americano pode parar de funcionar e mesmo assim eles não precisam dar satisfação. Como o GALILEO será puramente comercial, poderá dar mais garantias ao consumidor", diz Roberto Lopes, especialista em satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Outro risco da dependência do GPS americano é que ele está à mercê dos interesses dos EUA. Exatamente por isso, a China também está investindo em sua própria tecnologia. Batizada de COMPASS (bússola, em inglês), ela só tem dois satélites na órbita da Terra, mas promete contar com 35 antes de 2015. Os chineses, contudo, mantêm uma colaboração com os europeus no desenvolvimento do GALILEO em paralelo. É claro que a concorrência pode ser benéfica aos usuários. "Quanto maior a constelação de satélites, melhor", diz Lopes.
Receptores que recebem tanto o sinal russo quanto o americano, inclusive, já estão no mercado. O Brasil tem interesse especial na questão, já que sofre com o fenômeno chamado de bolha ionosférica, provocado por imperfeições no campo magnético da Terra. Nessas áreas, o GPS chega a ficar sem sinal. "Pesquisas são fundamentais", defende Galvão, da AEB.
Outro risco da dependência do GPS americano é que ele está à mercê dos interesses dos EUA. Exatamente por isso, a China também está investindo em sua própria tecnologia. Batizada de COMPASS (bússola, em inglês), ela só tem dois satélites na órbita da Terra, mas promete contar com 35 antes de 2015. Os chineses, contudo, mantêm uma colaboração com os europeus no desenvolvimento do GALILEO em paralelo. É claro que a concorrência pode ser benéfica aos usuários. "Quanto maior a constelação de satélites, melhor", diz Lopes.
Receptores que recebem tanto o sinal russo quanto o americano, inclusive, já estão no mercado. O Brasil tem interesse especial na questão, já que sofre com o fenômeno chamado de bolha ionosférica, provocado por imperfeições no campo magnético da Terra. Nessas áreas, o GPS chega a ficar sem sinal. "Pesquisas são fundamentais", defende Galvão, da AEB.
Fonte: Revista Istoé via Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)
Comentário: Interessante questão levantada pelo jornalista André Julião da revista ISTOÉ, pois na opinião do blog o Brasil deve se associar a todos esses sistemas (já é associado ao GPS americano, ao GLONASS russo e acreditamos que falta se associar ao GALILEO europeu e ao COMPASS chinês) já que é melhor para o país ter várias opções a disposição para diminuir o risco de sofrer qualquer retaliação e pagar um preço muito alto gerado pela falta de visão durante anos de sucessivos governos. É verdade que se o Brasil tivesse iniciado o desenvolvimento de seu próprio sistema há uns 20 anos atrás, poderia está agora numa posição privilegiada (ou próximo disso) e quem sabe até mesmo tomando conta do mercado da América Latina. Durante a década de 90, foi apresentado pela AEB/MCT um projeto chamado ECO-8 System que não era necessariamente um sistema de posicionamento global, e sim um sistema de serviços de telecomunicações celular fixo e móvel de voz, dados e pagers, mas que poderia ter servido como um embrião para um projeto que levasse o país hoje ao seu próprio e estratégico sistema de posicionamento global. Como os governos que se sucederam não tiveram esta visão, o ECO-8 System não saiu do papel, e assim não foi possível o desenvolvimento do conhecimento necessário, tornando-se imprescindível a associação com as opções disponíveis no mercado internacional.
Comentário: Interessante questão levantada pelo jornalista André Julião da revista ISTOÉ, pois na opinião do blog o Brasil deve se associar a todos esses sistemas (já é associado ao GPS americano, ao GLONASS russo e acreditamos que falta se associar ao GALILEO europeu e ao COMPASS chinês) já que é melhor para o país ter várias opções a disposição para diminuir o risco de sofrer qualquer retaliação e pagar um preço muito alto gerado pela falta de visão durante anos de sucessivos governos. É verdade que se o Brasil tivesse iniciado o desenvolvimento de seu próprio sistema há uns 20 anos atrás, poderia está agora numa posição privilegiada (ou próximo disso) e quem sabe até mesmo tomando conta do mercado da América Latina. Durante a década de 90, foi apresentado pela AEB/MCT um projeto chamado ECO-8 System que não era necessariamente um sistema de posicionamento global, e sim um sistema de serviços de telecomunicações celular fixo e móvel de voz, dados e pagers, mas que poderia ter servido como um embrião para um projeto que levasse o país hoje ao seu próprio e estratégico sistema de posicionamento global. Como os governos que se sucederam não tiveram esta visão, o ECO-8 System não saiu do papel, e assim não foi possível o desenvolvimento do conhecimento necessário, tornando-se imprescindível a associação com as opções disponíveis no mercado internacional.
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