Orçamento Frágil
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota publicada na “Revista Pesquisa FAPESP” (edição 169 de Março de 2010) destacando que um estudo divulgado pela consultoria legislativa da Câmara dos Deputados chama a atenção para a fragilidade orçamentária do Programa Espacial Brasileiro.
Duda Falcão
Estratégias
Orçamento Frágil
Edição Impressa 169 - Março 2010
© INPE
O satélite Cbers-3:
lançamento adiado para 2011
Um estudo divulgado pela consultoria legislativa da Câmara dos Deputados chamou atenção para a fragilidade orçamentária do Programa Espacial Brasileiro. Segundo o texto, o orçamento previsto para 2010, de R$ 353 milhões, é a metade do necessário para fazer frente aos projetos em andamento, informação atribuída ao diretor da Agência Espacial Brasileira, Carlos Ganem.
Outros países emergentes investem muito mais em seus programas, caso da Índia e da China, com orçamentos de, respectivamente, US$ 800 milhões e US$ 1 bilhão. As consequências da escassez de recursos são o atraso em diversos projetos, como os lançamentos do foguete VLS 1 e do satélite Cbers-3, previstos, respectivamente, para 2009 e 2007, mas adiados para 2011.
“Estima-se que os Estados Unidos detenham 41% do mercado global de satélites, deixando 59% para o restante do mundo, sendo de 1,9% a participação do mercado brasileiro. O desafio dos gestores de políticas públicas é avaliar se esse percentual corresponde às potencialidades do país e atende às necessidades da sociedade brasileira ou se é preciso empreender mais esforços para alavancar as atividades espaciais brasileiras”, diz o estudo.
Fonte: Revista Pesquisa FAPESP - Edição 169 - Março 2010
Comentário: Grande novidade. Quem não sabe disso? É verdade que o orçamento do PEB é insuficiente para os projetos em andamento, não resta dúvida disso, mais também é verdade que a gestão do programa é de uma incompetência gerencial enorme em todos os níveis. Não adianta colocar verba na mão de quem não sabe administrá-la. Mesmo num programa espacial onde normalmente se emprega um maior número de recursos financeiros que em outros setores, existem exemplos bem sucedidos de programas que alcançaram objetivos significativos com recursos não tão grandes. O maior desses exemplos é certamente o do programa espacial russo que teve até hoje um custo muito inferior ao que foi gasto pela NASA só no programa Apollo. Mesmo aqui na América do Sul temos um bom exemplo disso com o programa de satélites na CONAE Argentina, que apesar de operar com um orçamento que não chega nem a metade do brasileiro tem alcançado resultados altamente significativos com seu programa de satélites, mesmo não dispondo de uma a infra-estrutura instalada como a que tem o Brasil no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) para este fim. O resultado disto não poderia ser outro, ou seja, perdermos a liderança no setor de satélites para os “hermanos” argentinos.
Outros países emergentes investem muito mais em seus programas, caso da Índia e da China, com orçamentos de, respectivamente, US$ 800 milhões e US$ 1 bilhão. As consequências da escassez de recursos são o atraso em diversos projetos, como os lançamentos do foguete VLS 1 e do satélite Cbers-3, previstos, respectivamente, para 2009 e 2007, mas adiados para 2011.
“Estima-se que os Estados Unidos detenham 41% do mercado global de satélites, deixando 59% para o restante do mundo, sendo de 1,9% a participação do mercado brasileiro. O desafio dos gestores de políticas públicas é avaliar se esse percentual corresponde às potencialidades do país e atende às necessidades da sociedade brasileira ou se é preciso empreender mais esforços para alavancar as atividades espaciais brasileiras”, diz o estudo.
Fonte: Revista Pesquisa FAPESP - Edição 169 - Março 2010
Comentário: Grande novidade. Quem não sabe disso? É verdade que o orçamento do PEB é insuficiente para os projetos em andamento, não resta dúvida disso, mais também é verdade que a gestão do programa é de uma incompetência gerencial enorme em todos os níveis. Não adianta colocar verba na mão de quem não sabe administrá-la. Mesmo num programa espacial onde normalmente se emprega um maior número de recursos financeiros que em outros setores, existem exemplos bem sucedidos de programas que alcançaram objetivos significativos com recursos não tão grandes. O maior desses exemplos é certamente o do programa espacial russo que teve até hoje um custo muito inferior ao que foi gasto pela NASA só no programa Apollo. Mesmo aqui na América do Sul temos um bom exemplo disso com o programa de satélites na CONAE Argentina, que apesar de operar com um orçamento que não chega nem a metade do brasileiro tem alcançado resultados altamente significativos com seu programa de satélites, mesmo não dispondo de uma a infra-estrutura instalada como a que tem o Brasil no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) para este fim. O resultado disto não poderia ser outro, ou seja, perdermos a liderança no setor de satélites para os “hermanos” argentinos.
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