O 'Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados' Sediou Recetemente a 'Revisão Crítica de Design (CDR)' do Nanossatélite 'Catarina A2'

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Foto: Ivonei Fazzioni
Consultores externos e equipe de desenvolvimento do Catarina A2 participaram da revisão crítica do projeto.
 
Vocês estão lembrados da novela da tal Constelação Catarina? Pois então, no dia de ontem (22/08) foi postado no site da nossa piada espacial (AEB) que a Revisão Crítica de Design (CDR) de um dos nanossatélites que compõem esse projeto, ou seja, o Catarina A2 (e o Catarina A1, onde foi parar?) foi realizada recentemente, marcando assim (segundo a nota deste órgão pífio) um avanço no Programa Constelação Catarina que tem como objetivo o monitoramento climático e aplicações diversas.
 
De acordo com a nota do site da agência, nos dias 12 e 13 de agosto, o Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados sediou a Revisão Crítica de Design (CDR) do nanossatélite Catarina A2. Este dispositivo faz parte do Programa Constelação Catarina, um esforço colaborativo voltado para a criação de sistemas espaciais com nanossatélites.
 
O Programa Constelação Catarina, conforme estabelecido pela Portaria AEB nº 590, de 6 de maio de 2021, visa desenvolver sistemas espaciais que se apoiam em nanossatélites. O objetivo é retransmitir os dados obtidos pelas centenas de Plataformas de Coleta de Dados (PCDs) distribuídas no território nacional para estações terrestres que disponibilizarão esses dados por meio do sistema Integrado de Dados Ambientais (SINDA) a fim de atender principalmente aos setores agropecuário e de defesa civil do Brasil, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico sustentável do país. A Agência Espacial Brasileira (AEB) desempenha o papel de cliente neste projeto.
 
A banca da CDR, composta pelo Dr. Danilo Miranda, Dr. Eduardo Bezerra e Felipe Fraga, coordenador de Satélites e Aplicações da AEB, autorizou o prosseguimento do projeto. As revisões de projetos são marcos essenciais para assegurarem a funcionalidade dos equipamentos espaciais desde seu desenvolvimento, até seu lançamento e operação.
 
"No caso da CDR, trata-se de um marco importante em projetos de satélites, pois é quando se encerra a fase de projeto detalhado e se inicia a fase de Montagem, Integração e Testes (AIT). A equipe responsável pelo projeto no SENAI demonstrou maturidade técnica, domínio do projeto e documentação condizente com o esperado para momento, estando aptos a passarem para a nova fase”, explicou Felipe Fraga.
 
Foto: Ivonei Fazzioni
CDR do Catarina A2.
 
Este projeto desenvolvido pelo SENAI/SC agora está validado para avançar para a montagem final do satélite, com lançamento previsto para 2025. Após o lançamento, o satélite passará pela etapa de comissionamento, que consiste em realizar testes em órbita para validar o correto funcionamento de todos os seus sistemas.
 
O Programa Constelação Catarina baseia-se em três pilares principais: desenvolvimento tecnológico nacional, estímulo à indústria espacial em Santa Catarina e em outros estados, e suporte a políticas públicas. Esses pilares conferem grande relevância ao programa, beneficiando diversos setores com os dados coletados pelos satélites.
 
O nanossatélite, com dimensões aproximadas de 10cm x 10cm x 30cm, terá a capacidade de operar a 600 quilômetros da superfície terrestre e servirá como substituto para satélites que estão em órbita no final de sua vida útil.
 
Projeto Surgiu Com o Ciclone-Bomba
 
O projeto surgiu após o ciclone-bomba que afetou o Sul do Brasil em junho de 2020. A necessidade de soluções para eventos meteorológicos extremos levou à criação da Constelação Catarina, que recebeu apoio significativo de diversos parceiros e financiamentos.
 
Além da CDR, foram realizadas fiscalizações do Convênio n° 001/2021 no Instituto SENAI e uma visita à UFSC no dia 14/08 para verificar os recursos repassados e as atividades dos laboratórios. A UFSC tem um papel importante nos projetos Constelação Catarina e Golds.
 
Foto: Ivonei Fazzioni
Apresentação do Catarian A2.
 
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