Incidente Esclarecido: Fogo, Alimentado Por Motores Com Vazamento, Destruiu o Foguete da ABL Space Systems

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Crédito: ABL Space Systems

A ABL Space Systems informou que um incêndio ocorreu após um teste estático abortado em julho, alimentado por combustível vazando de dois motores do primeiro estágio

 

Lembram do problema ocorrido em julho passado com o Foguete RS1 da empresa ABL Space Systems (reveja aqui)? Pois então, no dia de ontem (27/08) o portal SpaceNews noticiou que a empresa havia divulgado em 26 de agosto detalhes sobre o incidente de 19 de julho que levou à perda do veículo durante um dos testes finais antes do segundo lançamento do veículo no Pacific Space Complex – Alaska, na Ilha Kodiak.

 

De acordo com a nota do portal, a ABL disse que perdeu seu segundo Foguete RS1 após um teste estático quando um incêndio eclodiu sob o veículo, alimentado por vazamentos de combustível que não puderam ser extintos pelos sistemas de combate a incêndio da plataforma.

 

Em um comunicado, a ABL Space Systems informou que acionou os motores E2 no primeiro estágio do foguete RS1 no teste, mas abortou o teste após apenas meia segundo devido a uma leitura baixa de pressão em um motor, que a empresa afirmou ter sido causada por um sensor de pressão defeituoso.

 

Os motores foram desligados, mas um incêndio eclodiu sob a base do veículo, alimentado por vazamentos de combustível de dois motores. Esse incêndio foi contido, mas não pôde ser extinto nem com água nem com sistemas de gás inerte, e a empresa começou a descarregar os propelentes de querosene e oxigênio líquido do veículo.

 

A plataforma de lançamento usada pela empresa em Kodiak não possui seu próprio suprimento de água, com a empresa usando em vez disso tanques móveis que ficaram sem água 11 minutos e meio após a ignição. Isso fez com que o fogo se espalhasse "e uma perda progressiva dos sistemas da plataforma", afirmou a empresa, incluindo a incapacidade de continuar a remoção de combustível do foguete e, eventualmente, a telemetria do foguete.

 

"À T+ 23:24, o fogo excedeu a capacidade térmica da estrutura e o RS1 cedeu para a plataforma", afirmou a empresa. Isso danificou a "maioria" das conexões elétricas e hidráulicas na base de lançamento, embora a estrutura da base de lançamento em si e outros equipamentos de suporte em solo tenham sobrevivido.

 

Uma investigação dos dois motores que apresentaram vazamentos de combustível que alimentaram o fogo mostrou "erosão significativa" dos injetores e revestimentos de propelente, o que a empresa afirmou ser um sinal de falha ligada à instabilidade da combustão. "Nossa teoria principal atual é que diferenças no sistema de alimentação de propelente do Estágio 1 do Block 2 levaram a um início de energia mais alto do que no banco de testes, desencadeando uma instabilidade em 2 de 11 motores", afirmou.

 

A ABL acrescentou que, em mais de 300 testes do motor E2, havia visto esse fenômeno apenas uma vez, o que atribuiu a um problema diferente. A empresa acrescentou, no entanto, que tinha pouca experiência com essa configuração específica e estava iniciando uma série de testes em seu site de testes Mojave Air and Space Port na Califórnia para verificar se essa explicação está correta e procurar outras causas potenciais.

 

A empresa não ofereceu um cronograma para concluir esse trabalho ou para tentar outro lançamento. A ABL disse que está devolvendo o equipamento de suporte em solo para Long Beach, Califórnia, para reparos, enquanto o próximo foguete RS1 está "bem adiantado na produção".

 

O incêndio na plataforma ocorreu pouco mais de 18 meses após o primeiro lançamento do RS1 pela ABL. Esse veículo perdeu potência 10 segundos após a decolagem e caiu de volta na plataforma de lançamento. A empresa concluiu mais tarde que o design da base de lançamento contribuiu para um incêndio no compartimento do motor do foguete, que levou à perda de potência, e redesenhou a base.

 

O veículo destruído no incêndio de julho era uma versão revisada do Block 2 do RS1. Ele apresenta 20% mais empuxo e 20% mais propelente, além da adição de dois motores aos nove motores originais do primeiro estágio.

 

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