Astrônomos Descobrem Estrela de Nêutrons Recém-Nascida e Altamente Magnética
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada dia (18/06) no
site “Canaltech” destacando que Astrônomos descobriram Estrela
de Nêutrons recém-nascida e altamente magnética.
Duda Falcão
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Astrônomos Descobrem Estrela de Nêutrons Recém-Nascida e Altamente
Magnética
Por Daniele Cavalcante
Canaltech
Fonte: Phys.org, NASA
18 e Junho de 2020 às 15h20
Astrônomos anunciaram a descoberta de um objeto espacial
recém-nascido: uma estrela de nêutrons de apenas 240 anos. Embora sejam quase
dois séculos e meio, esse período não passa de um suspiro no calendário
cósmico.
Conhecida como Swift J1818.0-1607, a estrela foi descrita
em um novo estudo na revista Astrophysical Journal Letters. Trata-se de uma
magnetar, um tipo de estrela de nêutrons com alto valor de campo magnético.
Como suas propriedades físicas não podem ser recriadas na Terra, esses objetos
são laboratórios naturais perfeitos para testar a compreensão que os cientistas
têm atualmente sobre a física.
O objeto foi detectado pelo Observatório Neil Gehrels
Swift, da NASA, em 12 de março, por causa de sua
emissão massiva de raios-X. Os cientistas de uma equipe liderada pela Caltech e
gerenciado pelo Laboratório de Propulsão a Jato revelaram as características
físicas da estrela de nêutrons, que foram o suficiente para estimar sua idade.
Estrelas de nêutrons são objetos tão comprimidos que uma
colher de chá de material estelar de nêutrons pesaria 4 bilhões de toneladas na
Terra. Embora existam mais de 3.000 estrelas de nêutrons conhecidas, não é
sempre que os cientistas têm a oportunidade de ver uma recém-nascida. Além
disso, apenas 31 magnetares foram confirmados até o momento, incluindo a Swift
J1818.0-1607
(Imagem: ESA)
Ilustração que mostra as linhas do campo magnético que se
projetam de uma estrela de nêutrons altamente magnética. Conhecidos como
magnetares, esses objetos geram rajadas de luz brilhantes.
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Se estrelas de nêutrons em geral já são incrivelmente
peculiares, a Swift J1818.0-1607 pode nos dar uma ideia de como elas podem ser
densas: ela possui o dobro da massa solar em um volume mais de um trilhão de
vezes menor que o Sol. Além disso, ela tem um campo magnético até 1.000 vezes
mais forte que uma estrela de nêutrons típica e é cerca de 100 milhões de vezes
mais forte que os ímãs mais poderosos produzidos por seres humanos.
Caso a idade deste objeto for confirmada, este será o
magnetar mais jovem já descoberto. Isso é muito útil para compreender melhor a
formação dessa classe de estrelas. "Esse objeto está nos mostrando um
período anterior à vida de um magnetar, muito antes de sua formação",
disse Nanda Rea, pesquisadora do Instituto de Ciências Espaciais de Barcelona.
"Talvez se entendermos a história da formação desses objetos, entenderemos
por que há uma diferença tão grande entre o número de magnetares que
encontramos e o número total de estrelas de nêutrons conhecidas", disse
Rea.
Muitos modelos científicos sugerem que as propriedades
físicas e os comportamentos dos magnetares mudam à medida que envelhecem e que
eles podem ser mais ativos quando mais jovens. Portanto, encontrar um exemplar
recém formado ajudará a refinar esses modelos. Para facilitar ainda mais, o
Swift J1818.0-1607 está relativamente próximo, a 16.000 anos-luz de distância,
na constelação de Sagitário, o que facilita a observação.
Mas os astrônomos terão que agir rápido, se quiserem
aproveitar a oportunidade para estudar o comportamento do magnetar. É que
eventos de explosão como este geralmente começam com um aumento repentino de
brilho ao longo de alguns dias ou semanas, e depois inicia-se um declínio
gradual ao longo de meses ou anos, à medida que o magnetar retorna ao brilho
normal.
Fonte: Site Canaltech -
https://canaltech.com.br
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