Universo Pode Estar Se Expandindo Mais Rápido do Que Imaginávamos
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada ontem (22/06) no
site do “Olhar Digital” destacando de que o Universo pode estar
se expandindo mais rápido do que imaginávamos.
Duda Falcão
CIÊNCIA E ESPAÇO
Universo Pode Estar Se Expandindo Mais Rápido do Que Imaginávamos
Observações experimentais com os radiotelescópios mais
poderosos do mundo sugerem que, na prática, a constante de Hubble, que indica a
velocidade de expansão do universo, tem valor maior que o teórico
Por Rafael Rigues
Olhar Digital
Fonte: The Next Web
22/06/2020 11h06
Usando um conjunto internacional de radiotelescópios,
pesquisadores do National Radio Astronomy Observatory (NRAO), nos EUA,
realizaram um estudo que sugere que o universo está se expandindo a uma velocidade maior do que
se acreditava. Isso sugere que o "modelo padrão", que descreve o
comportamento do universo precisa ser revisto.
A velocidade de expansão do universo é indicada com a
constante de Hubble, criada em 1929 pelo astrônomo Edwin Hubble (que deu nome
ao Telescópio Hubble), e não é uma medida simples como a
velocidade de um carro. Como o universo todo está se expandindo, os objetos
mais distantes de nós se movem mais rapidamente do que os mais próximos.
Por isso a constante considera a distância. Segundo
cálculos teóricos, as galáxias deveriam estar se movendo a uma velocidade de 67
km/s por megaparsec. Ou seja, a cada megaparsec (3.260 anos-luz) de distância,
sua velocidade aumenta em 67 km/s.
O Megamaser Cosmology Project (MCP) usa uma rede
internacional de rádiotelescópios para medir a constante de Hubble
descobrindo e estudando galáxias cujas distâncias até nós podem ser medidas com
precisão pelos astrônomos. O método de detecção é independente de dados usados
em estudos anteriores, fornecendo suporte adicional para medidas experimentais
da constante de Hubble.
Os cientistas procuraram galáxias que emitem emissões
conhecidas como masers, uma espécie de "laser" composto por ondas de
rádio, entre elas radiação de micro-ondas. Quando estas ondas passam por
objetos imensos, como galáxias, a luz é refletida de uma forma que pode ser
analisada para produzir uma medida precisa da constante de Hubble.
Quatro galáxias, localizadas entre 168 e 431 milhões de
anos-luz da Terra, foram selecionadas pelos cientistas, que apontaram para elas
os radiotelescópios mais poderosos do mundo em busca de radiação maser. Entre
eles o Very Long Baseline Array (VLBA), Karl G. Jansky Very Large Array (VLA),
e o Robert C. Byrd Green Bank Telescope (GBT), todos nos EUA, além do
telescópio Effelsberg na Alemanha.
Quando o estudo foi concluído, os cientistas chegaram a
um valor para a constante de Hubble que é cerca de 10% maior do que o previsto
pelo modelo padrão: 73,9 km/s por megaparsec.
"Nossa medida da constante de Hubble é muito próxima
de outras medidas recentes, e estatisticamente muito diferente das predições
baseadas na Radiação Cósmica de Fundo de Micro-ondas (CMB - Cosmic Microwave
Background Radiation) e no modelo cosmológico padrão. Isso indica que o modelo
padrão precisa ser revisto", disse James Braatz, do NRAO.
Se as observações estiverem corretas, este valor maior do
que o esperado para a constante de Hubble pode levantar sérias questões sobre o
modelo padrão que descreve o universo. Conhecido como o modelo Lambda-CDM, ele
é usado para prever a composição de toda a matéria e energia do universo, incluindo
matéria comum, matéria escura e energia escura. Ele também nos fornece o
conhecimento básico sobre a evolução do Universo desde o Big Bang.
Fonte: Site Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
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