Exoplanetas Antigos Têm Mais Chances de Abrigar Vida, Diz Estudo
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (24/06) no
site do “Olhar Digital” destacando que segundo novo estudo Exoplanetas
Antigos têm mais chances de abrigar vida.
Duda Falcão
CIÊNCIA E ESPAÇO
Exoplanetas Antigos Têm Mais Chances
de Abrigar Vida, Diz Estudo
A formação de placas tectônicas, e subsequente criação de
um campo magnético, é mais comum em planetas que surgiram nos primeiros
estágios de desenvolvimento da Via Láctea
Por Renato Mota
Olhar Digital
Fonte: CNet/Astrobiology
24/06/2020 - 13h06
Exoplanetas rochosos que se formaram no início da Via Láctea têm uma chance maior de desenvolver um campo magnético e placas tectônicas - consideradas
favoráveis ​​ao desenvolvimento da vida, de acordo com um estudo
apresentado na conferência de geoquímica de Goldschmidt.
Como explica o pesquisador planetário Craig O'Neill, se
existe vida na galáxia, ela pode ter se desenvolvido mais cedo e
planetas jovens podem ter menos chance de desenvolvê-la. "As placas
tectônicas são importantes para a habitabilidade, e parece que as condições
ótimas da sua formação existem para os planetas criados no início da vida útil
da galáxia, e é improvável que se repitam com facilidade", afirma O’Neill.
Através de simulações do desenvolvimento interno dos
planetas, a equipe do pesquisador demonstrou que planetas mais antigos tendem a
apresentar com mais frequência as placas tectônicas. "Devido às grandes
distâncias envolvidas, temos uma quantidade limitada de informações sobre
exoplanetas, mas podemos usar alguns fatores, como posição, temperatura e
alguma ideia da geoquímica para modelar como eles se desenvolvem", diz o
cientista.
Placas tectônicas agem como uma espécie de termostato
para a Terra, criando as condições que permitem que a vida evolua. "A
Terra tem muito ferro em seu núcleo, e acreditava-se que isso seria necessário
para o desenvolvimento tectônico. Porém, descobrimos que mesmo planetas com
pouco ferro podem desenvolver placas tectônica se o 'timing' for o
correto", completa.
Sem essa característica, os exoplanetas perdem essa
capacidade manter a temperatura estabilizada. "Isso não afeta apenas a
temperatura da superfície. Um núcleo permanentemente quente inibe o
desenvolvimento de um campo magnética. Sem ele, o planeta não estará protegido
da radiação solar e tenderá a perder sua atmosfera. Portanto, a vida se torna
difícil de sustentar", explica O'Neill.
O balanço químico geral da galáxia mudou ao longo do
tempo por diversas razões, como materiais se fundindo em estrelas e corpos
planetários, ou sendo expelido por meio de supernova. Por isso, os elementos
disponíveis para formar planetas mudaram significativamente entre o início da
galáxia e seus estágios posteriores.
"Portanto, os planetas que se formaram anteriormente
o fizeram em condições favoráveis ​​para permitir o desenvolvimento da
vida", afirma O'Neill, "Essas condições estão se tornando cada vez
mais raras em nossa galáxia".
Fonte: Site Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
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