O Projeto CONASAT e o Nosso Apelo ao Presidente Bolsonaro
Olá leitor!
Recentemente postamos aqui uma nota divulgada pela a
nossa Agencia Espacial de Brinquedo (AEB) informando de que o próximo satélite
do Programa NanosatC-BR (programa este fruto de uma parceria entre o
Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais (CRS) do INPE com a gaúcha Universidade
Federal da Santa Maria (UFSM)), ou seja, o Nanosatélite NanosatC-Br2,
tem a previsão de lançamento para novembro desse ano (reveja aqui), uma notícia
que é muito boa para o nosso “Patinho Feio”, mas que foi dada através de
uma nota muito mal redigida pela AEB, por não ter dado os devidos créditos
a quem realmente mereceu, mas esta é uma outra história...
Entretanto leitor, vale dizer que a parceria do INPE
com outras universidades nesta área de nanossatélites não se restringe a esta parceria
entre o CRS-INPE/UFSM, pois outro projeto menos conhecido da Sociedade
Brasileira, e talvez até mais importante do que Programa NanosatC-BR, isto devido
ao seu objetivo, está neste momento em curso no Centro Regional do Nordeste
(CRN) em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN).
Trata-se do Projeto CONASAT (Constelação de Nanossatélites
Para Coleta de Dados Ambientais), programa este que visa o desenvolvimento
de uma constelação de nanossatélites tendo como objetivo oferecer uma
alternativa de baixo custo ao ‘Sistema Brasileiro de Coleta de Dados
Ambientais (SBCDA)’, sistema este hoje atendido pelos velhos Satélites
SCD-1 e 2 e pelo Satélite CBERS-4A.
Pois então, acontece leitor que o Projeto CONASAT encontra-se
na fase final de desenvolvimento do seu primeiro nanosatélite, ou seja o ‘CONASAT-0’,
um nanosatélite baseado no Modelo 1U do padrão CubeSat que possui em sua
estrutura quatro subsistemas principais e a carga útil. Vale esclarecer que
cada um desses subsistemas é uma placa de circuito impresso que se comunica com
os demais através de um barramento de comunicação. Dessa forma, para o CONASAT-0,
as equipes envolvidas com o seu desenvolvimento devem integrar os subsistemas e
desenvolver os softwares necessários. Além disso há a carga útil, uma outra
placa de circuito impresso desenvolvida pelo próprio INPE utilizando apenas
componentes do tipo "comerciais de prateleira" (COTS, do inglês, Commercial
Off The Shelf ) invés de utilizar componentes específicos para aplicação
espacial, os quais costumam ser caros e difíceis de se obter. Os subsistemas do
‘CONASAT-0’ são os seguintes:
* Command and Data Handling System (CDHS), ou
seja, Subsistema de Controle de Bordo;
* Electrical Power System (EPS), ou seja, Subsistema
de Energia;
* Attitude Determination and Control System (ADCS),
ou seja, Subsistema de Determinação e Controle de Atitude; e
* Telemetry, Tracking & Command (TT& C), ou
seja, Subsistema de Telemetria e Telecomando
Além disso, a equipe do Projeto CONASAT vem
desenvolvendo em paralelo ao ‘CONASAT-0’, o seu segundo satélite, ou
seja, o ‘CONASAT-1’, este um nanosatélite CubeSat 2U que pode ser
observado pela foto abaixo do seu ‘Modelo de Desenvolvimento’.
Modelo de Desenvolvimento do CONASAT-1. |
Pelo que sei o CONASAT-0 encontra-se em fase final
de desenvolvimento, e no ano passado estava previsto a aquisição dos módulos para
construção do modelo de voo do nanossatélite, ou seja, o projeto manteria em
solo uma cópia do satélite que será lançado a fim de simular testes e realizar
análises do comportamento do satélite em órbita. E como última etapa, seriam
realizados testes nos equipamentos adquiridos e, após as finalizações desses
testes, o ‘CONASAT-0’ deverá ser lançado e utilizado como parte do SBCDA,
o que representará uma renovação do sistema e uma alternativa com custos de
desenvolvimento muito mais reduzidos em comparação com o SCD-1, SCD-2
e CBERS-4A. Além disso leitor, vale lembrar que com os resultados
obtidos no desenvolvimento do ‘CONASAT-0’, se busca também fomentar o
interesse pelo estudo da Engenharia Aeroespacial por parte de estudantes
e pesquisadores da UFRN e do INPE/CRN.
Pois é leitor, note que esse é um projeto extremamente
importante para o futuro do país, e que junto do projeto de desenvolvimento de
um Veículo Lançador de Pequenos Satélites, ele deveria está tendo todo e
incondicional apoio governamental como projetos de estado, bem como outros que
se quer existem (ex: um sistema nacional semelhante ao GPS americano, o desenvolvimento
de uma constelação de pequenos satélites de comunicação de orbita baixa civil
e outra militar em alternativa este trambolho espacial chamado SGDC,
uma missão lunar e de espaço profundo significativas que coloquem o nome
do país no cenário internacional de exploração espacial, a criação de um ‘Brasonauta
Corps’ e o estabelecimento de acordos com quem quer que seja para a presença
de brasileiros no espaço, o estabelecimento de uma verdadeira política
espacial de estado para o setor, etc, etc, etc...) mas infelizmente leitor falta
seriedade, competência, visão, dinamismo, responsabilidade
e cidadania, e sobra mal caratismo, apadrinhamento, incompetência,
estupidez, corrupção, teimosia, e em alguns casos até
mesmo burrice, aos atuais gestores de nosso “Patinho Feio” do Governo
Bolsonaro.
Tenho até caro leitor dúvidas, e quero aqui acreditar que
o Presidente Bolsonaro (como já ocorreu em algumas outras áreas do seu governo) não tenha
ciência da bagunça que se tornou o setor espacial do país, e se isto for
o caso, espero que o apelo desse blogueiro e cidadão brasileiro
chegue ao seu ouvido.
Presidente Bolsonaro, faça a diferença, não perca
o bonde da história, não se deixe ‘emprenhar’ pelo que dizem essas ‘Aves
de Rapinas’, beba da fonte da sabedoria e da seriedade ouvindo quem o
senhor deve realmente ouvir, ou seja, a Comunidade Espacial Brasileira,
aquela que realmente faz a coisa acontecer, e não burrocratas incompetentes comprometidos
com vários interesses menos os verdadeiros interesses do país. Ouça o apelo
desse cidadão brasileiro que luta a onze anos para mudar as coisas e que neste momento está extremamente preocupado com os rumos que este
importante setor estratégico para o futuro do Brasil está trilhando em seu governo,
especialmente nesta década definitiva para afirmação das nações neste setor, ou
então presidente seremos engolidos no futuro pelas nações que dominarem o ciclo completo de
acesso ao espaço, não há mais tempo a perder. Sinceramente espero que essa
mensagem chegue aos seus ouvidos e que pelo menos o senhor me dê a oportunidade
de formar uma comissão de especialistas para ir a Brasília para conversar
diretamente com o senhor. Faça a diferença Presidente Bolsonaro, faça
história, ou estaremos perdidos no final dessa década.
Duda Falcão
Duvido que o presidente vá atender ao seu apelo, ainda mais para monitoramento ambiental, o que ele mais quer é esconder estes dados e não levanta-los
ResponderExcluirDuda, a Inglaterra foi expulsa do sistema galileu quando saiu da União Europeia, mas os britânicos estão estudando fazer o seu próprio análogo ao GPS, mas segundo os primeiros estudos, fica inviável economicamente até para eles fazerem um sistema desse sozinhos, se não me engano o custo passa de 4 bilhões de euros, creio que para o Brasil fazer sozinho também seja inviável, sendo assim, não seria uma boa propormos uma parceria com eles, para cada um pagar a metade do projeto? Mais claro que o Brasil teria que ser sério e ter responsabilidade dessa vez e não fazer que nem fez na estação espacial, no telescópio Elt e estamos fazendo no cern, nos dois primeiros fomos expulsos por falta de pagamento e no terceiro estamos prestes a ser expulsos pelo mesmo motivo
ExcluirParece que a AEB fica querendo diminuir o inpe
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