Alunos de SP Montam Satélite para ser Lançado em 2013
Olá leitor!
Segue uma matéria
postada hoje (17/06) no site do jornal “Folha de São Paulo” dando destaque ao
projeto do Tubesat Tancredo-1 da equipe de alunos e professores de Ubatuba-SP.
Duda Falcão
Ciência
Alunos de SP
Montam Satélite que
Será Lançado em
2013 nos EUA
GIULIANA MIRANDA
ENVIADA ESPECIAL A UBATUBA
17/06/2012 – 07h00
Bruna Sakamoto
já fez cursos de eletrônica, tem certificação para soldar componentes nas
especificações da NASA e trabalha na construção de um satélite. Ela é uma
engenheira experiente? Não, é uma aluna de 13 anos do ensino fundamental.
Assim como ela,
outros 16 alunos da Escola Municipal Tancredo Neves, em Ubatuba, revezam-se
entre as tarefas escolares e a construção de um nanossatélite.
O grupo, com
integrantes de 12 a 15 anos, está entre os mais jovens do mundo a participar
integralmente de um projeto espacial. A ideia foi do professor de matemática
Candido de Moura, após ler uma reportagem sobre a venda de kits para satélites.
Editoria de
arte/folhapress
"Achei que
seria uma boa oportunidade para ensinar ciência na prática. Eu só não imaginava
que fosse ser tão complicado!", diz ele.
A Interorbital,
empresa da Califórnia que vende os kits, adorou a ideia de ter um grupo tão
jovem, sobretudo vindos de uma escola pública do Brasil -a maioria dos
interessados nos chamados TubeSats são alunos de pós-graduação em engenharia.
A companhia,
porém, alertou para as dificuldades.
"O kit não
é uma caixinha com todas as peças, em que você só precisa juntar tudo. Ele
contém apenas o projeto, os componentes eletrônicos principais e o direito de
lançamento. Todo o resto teria que ser desenvolvido pelos alunos", explica
o professor.
Ou seja: as
crianças de precisariam preencher basicamente o "recheio" do satélite
que, apesar do tamanho --pesa 750 g e é mais ou menos do tamanho de uma lata de
leite em pó-- necessita de tecnologia de ponta.
Afinal, o espaço
é um ambiente inóspito para os componentes eletrônicos. Além da radiação
cósmica, as grandes variações de temperatura também são um problema.
Um empresário da
cidade doou os US$ 8.000 para a compra do kit. O INPE (Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais) também abraçou o projeto. Além de ministrar cursos para os
professores, o instituto ainda permite o uso de suas instalações no projeto.
Pesquisadores do
INPE também ajudam nos experimentos das crianças, que já fizeram vários cursos
e aprenderam na prática conceitos de física que ainda estão distantes do
currículo escolar.
"Nós
acabamos aprendendo muita coisa antes de ver em sala de aula", diz Bruna,
que assim como seus colegas fala com naturalidade sobre a interferência da
eletricidade estática no equipamento.
Batizado de
Tancredo 1, o dispositivo ficará três meses em órbita. Ele transmitirá uma
mensagem --a ser escolhida em um concurso-- que poderá ser captada por rádio.
O lançamento
está previsto para o início de 2013. Imprevistos, porém já adiaram essa data
desde 2010, quando o projeto começou.
"Atrasos
sempre acontecem nos programas espaciais", diz o professor, que, já começa
os esforços para montar um novo satélite. Dessa vez, com alunos ainda mais
jovens da escola.
Fonte: Site do Jornal
Folha de São Paulo - 17/06/2012
Comentário:
Realmente o professor Cândido Moura e sua equipe de alunos, professores e
colaboradores estão de parabéns por essa iniciativa. Entretanto, não há mais
como confiar em qualquer previsão de lançamento dessa empresa americana Interorbital
Systems, e sinceramente temo que a equipe brasileira continue nessa espera
ainda por muito tempo.
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