Visiona Define Projetos na Área de Satélites
Olá leitor!
Segue abaixo uma
matéria da jornalista Virgínia Silveira publicada ontem (14/06) no jornal
“Valor Econômico” e postada no mesmo dia no site da Força Aérea Brasileira (FAB)
destacando que a empresa VISIONA Tecnologia Espacial começa definir seus projetos na Área de
Satélites.
Duda Falcão
Visiona Define Projetos na Área de Satélites
Por Virgínia Silveira
Para O Valor
De São José dos
Campos (SP)
14/06/2012
O programa espacial brasileiro vive uma fase
de mudanças estruturais desafiadoras. O primeiro passo foi dado com a criação
de uma indústria integradora de satélites, a Visiona Tecnologia Espacial, que
tem entre seus objetivos colocar em prática a estratégia do governo federal de
elevar a participação industrial no programa espacial e o envolvimento de novos
parceiros oriundos das universidades e de empresas internacionais.
Para comandar essa nova empresa, fruto de uma
sociedade entre a Embraer, detentora de 51% do capital social da companhia, e a
Telebrás, que controla os 49% restantes, foi escolhido o engenheiro Nelson
Krahenbuhl Salgado. Funcionário da Embraer desde 1987, Salgado traz na bagagem
uma vasta experiência na gestão de projetos complexos. Participou, por exemplo,
do programa de desenvolvimento da família de jatos Embraer 170/190, que colocou
a companhia entre as três maiores fabricantes de aviões do mundo, com mais de
mil aeronaves vendidas.
"Temos uma boa base já estabelecida nos
centros de pesquisa e também na indústria. Os projetos futuros serão definidos
em conjunto com a Agência Espacial Brasileira (AEB)", disse Salgado. A
ideia, segundo o executivo, é que seja montado um plano de desenvolvimento
tecnológico, no qual serão identificadas as principais lacunas existentes no
programa espacial e as tecnologias de interesse para o país.
Salgado disse que análises de mercado feitas
pelo governo, considerando a dimensão do território brasileiro e a capacidade
de monitoramento via satélite, indicam a necessidade de quatro a cinco novos
satélites geoestacionários até 2025, além de 14 satélites de órbita baixa para
observação da Terra.
"O foco é atender às necessidades do
governo brasileiro. Futuramente, a empresa planeja investir no mercado
comercial de satélites", afirmou. Na lista dos futuros projetos da
Visiona, Salgado citou a construção de outro satélite geoestacionário para a
área de meteorologia e um satélite de órbita baixa com radar de abertura
sintética.
O executivo explicou que, no projeto do
Satélite Geoestacionário Brasileiro, a Visiona ficará responsável pelo processo
de absorção de tecnologias das empresas estrangeiras que forem contratadas para
fornecer partes do satélite. "A transferência de tecnologia poderá
acontecer, principalmente, na parte de integração e testes de um satélite de
grande porte; o INPE [Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais] tem importantes
laboratórios que já fazem isso para satélites de menor porte", disse.
A previsão é que o satélite geoestacionário
brasileiro seja lançado em 2014. O investimento total no projeto é da ordem de R$
720 milhões. Entre as missões do satélite está a de comunicações estratégicas
de governo e das Forças Armadas em banda X (faixa de frequência de transmissão
dos dados). O projeto contará também com a banda K, para banda larga.
As especificações desse primeiro satélite
serão definidas pela Telebrás e pelo Ministério da Defesa. O INPE não terá
participação direta no projeto, situação que gerou um certo desconforto entre a
comunidade científica do setor espacial.
Para o presidente da Associação Brasileira Aeroespacial,
Paulo Moraes, o primeiro satélite, que será comprado fora do país e precisa
estar pronto em um prazo curto, a não participação direta do INPE é
compreensível, pois se trata de um negócio. "Os próximos satélites, porém,
deverão ser feitos em parceria com o INPE, porque precisamos absorver
tecnologias que ainda não dominamos."
O presidente da Visiona disse que a
participação do INPE nos projetos futuros dependerá do risco de cada programa e
do nível de tecnologia a ser desenvolvido, mas que o objetivo da empresa é
manter uma convivência harmoniosa com as instituições de pesquisa.
O executivo afirmou que a Visiona também vai
liderar o centro de desenvolvimento de tecnologias espaciais no Parque
Tecnológico, onde ficará sediada. O centro, diz, deverá atrair empresas do
setor para desenvolver em conjunto os projetos do programa espacial.
Fonte: Jornal
Valor Econômico - 14/06/2012 - Via NOTIMP da FAB
Esse programa espacial é uma piada mesmo!! A única instituição brasileira com know-how na área de satélites não irá participar desse programa de satélite geoestacionário.
ResponderExcluirO Brasil é uma várzea!
Olá Anônimo!
ResponderExcluirConcordo contigo que é estranho e muito provavelmente um erro, mas fazer o que? Não é assim que eles querem, o país corre o risco de não assimilar nada tecnologicamente com esse primeiro satélite.
Abs
Duda falcão
(Blog Brazilian Space)