Mod. de Qual. do Ar do CPTEC Fará Parte de Prog. Europeu
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada dia (26/06) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que "Modelo de Previsão de Qualidade do Ar do CPTEC/INPE" fará parte de Programa
Europeu.
Duda Falcão
Modelo de Previsão de Qualidade
do Ar do
CPTEC/INPE Fará Parte de Programa
Europeu
Terça-feira, 26 de Junho de 2012
O modelo de previsão da qualidade do ar do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) foi aprovado para participar do programa
Europeu de Cooperação em Ciência e Tecnologia (European
Cooperation in Science and Technology – COST), que reúne
instituições de pesquisa de países da Europa. O Brasil será o único país da
América Latina e Hemisfério Sul a participar. De fora do continente, também
integram este sistema instituições de Israel e Estados Unidos.
Criado pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos
Climáticos (CPTEC) do INPE, o modelo brasileiro (http://meioambiente.cptec.inpe.br/) irá se
juntar aos mais avançados modelos meteorológicos e de qualidade do ar na “Ação
ES1004: Sistema europeu para a modelagem integrada online de qualidade do ar e
meteorologia” (http://eumetchem.info/). Entre os modelos
que participam estão o WRF (do NCAR, Estados
Unidos), COSMO (desenvolvido
por instituições de países europeus), HIRLAM (Centro Europeu de Previsão a
Médio Prazo) e Meso-NH (instituições francesas ligadas ao CNRS).
Para o coordenador do Grupo de Modelagem da Atmosfera e
Interfaces (GMAI), do CPTEC/INPE, Saulo Freitas, esta é uma grande oportunidade
para aperfeiçoar o BRAMS, modelo meteorológico acoplado ao de química da
atmosfera, utilizado operacionalmente pelo CPTEC para a previsão da qualidade
do ar. “Os pesquisadores do GMAI terão a chance de discutir e ampliar os
entendimentos científicos e tecnológicos que se situam ao longo de todas as
etapas por trás da modelagem: do conhecimento dos processos físico-químicos da
atmosfera até a geração das previsões”, afirma Freitas. Estas etapas incluem a
parametrização – definição dos fenômenos considerados essenciais à previsão - e
o desenvolvimento de códigos computacionais.
Para ser testado e avaliado, o modelo do CPTEC/INPE
deverá ser adaptado às condições da Europa. Freitas argumenta que uma das
dificuldades do grupo é a falta de dados observados de química da atmosfera
para avaliar o modelo, realidade totalmente diferente à encontrada na Europa, provida
de ampla rede de dados.
O coordenador do GMAI, e também chefe da Divisão de
Modelagem e Desenvolvimento (DMD), do CPTEC/INPE, adianta que pretende levar ao
programa europeu a preocupação brasileira com os efeitos dos aerossóis
(originados principalmente a partir da fuligem das queimadas) e do balanço de
energia (radiação térmica), cujos impactos afetam o clima e os regimes de
chuva. Nas grandes metrópoles, a poluição e o aquecimento estão correlacionados
com o aumento da incidência de chuvas intensas e rápidas, que provocam
instabilidade na rede de energia elétrica, inundações, entre outros problemas
urbanos.
Freitas destaca que o modelo de monitoramento e previsão
da qualidade do ar do CPTEC/INPE, apesar de desenvolvido e mantido por um
pequeno grupo de pesquisadores, em menos de 10 anos de operação já obteve importantes
marcos de reconhecimento internacional. O Centro Nacional de Pesquisas
Atmosféricas (NCAR), dos Estados Unidos, incorporou o modelo de emissão e
transporte de poluentes do modelo BRAMS do CPTEC/INPE ao seu modelo
meteorológico (o WRF), cujo desempenho é considerado um dos melhores do mundo.
A iniciativa foi seguida também pelos ingleses com o modelo climático do
MetOffice, o Hadgen. O Centro Europeu de Previsão a Médio Prazo (ECMWF), por
sua vez, destacou recentemente a iniciativa do modelo brasileiro de incorporar
dados de queimadas aos modelos de monitoramento e previsão da qualidade do ar.
Previsão da qualidade do ar
para hoje (26/06)
Fonte:
Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Comentários
Postar um comentário