Projeto para Lançar Satélite da ACS Está Travado
Olá leitor!
Segue uma notícia postada hoje (12/06) no site da Agência de
Notícias do “Jornal Floripa” destacando que
o Projeto da ACS para lançar satélites da Base de Alcântara está travado.
Duda Falcão
Geral
Projeto para Lançar
Satélite de Base
no Maranhão Está Travado
12/06/2012 às 11h24mim
Atualizada em 12/06/2012
às 11h24min
A empresa
binacional criada em 2007 por Brasil e Ucrânia para lançar satélites comerciais
da base de Alcântara (MA) está caindo sem nunca ter decolado.
Desde
dezembro, a ACS (Alcântara Cyclone Space) não paga as empreiteiras que executam
as obras do sítio de lançamento do foguete ucraniano Cyclone-4.
A empresa
tem R$ 40 milhões em caixa e uma dívida de R$ 50 milhões com os construtores.
Seu plano de
negócios, que nem chegou a ser aprovado pelo conselho de administração, prevê
que ela ficará deficitária por 20 anos.
E, mesmo
assim, só vinga se conseguir fechar um acordo polêmico de proteção tecnológica
que lhe dê acesso ao maior mercado de satélites privados, o dos EUA.
"Pode
ser que, por questão de recursos, o projeto tenha de dar uma parada para se
rearrumar", diz o diretor brasileiro da ACS, brigadeiro Reginaldo dos
Santos.
AMEAÇA DE
PARAR
Segundo o
diretor ucraniano, Oleksandr Serdyuk, o consórcio formado por Camargo Corrêa e
Odebrecht já cortou pela metade o número de operários nas obras em Alcântara. E
disse que vai parar a construção se os pagamentos de R$ 30 milhões por mês não
forem retomados.
"Não
vamos conseguir fazer o primeiro lançamento em 2013, como solicitado pelos
governos", declarou Serdyuk.
Para que os
planos de lançamento sejam mantidos, a ACS está pedindo mais R$ 802 milhões,
metade vindo do governo brasileiro. Isso além de R$ 135 milhões que o Brasil já
havia se comprometido a depositar neste ano e que foram cortados no ajuste
fiscal feito pelo governo.
À presidente
Dilma Rousseff, portanto, caberá decidir até setembro --mês em que a ACS não
terá dinheiro para mais nenhum contrato-- se joga fora os US$ 197 milhões que o
país já investiu na empresa ou se injeta mais R$ 536 milhões no projeto.
Serdyuk e
Santos ressaltam o caráter estratégico do projeto. "O Brasil, em três anos
e por US$ 500 milhões, está recebendo um centro de lançamento e acesso ao
espaço", afirma Serdyuk. "Acho que não custa o preço de um estádio de
futebol no Brasil."
"Não é
um negócio em que se coloque a parte financeira em evidência", diz Santos.
PARA O ALTO
E AVANTE
A
perspectiva de ganhar dinheiro com lançamentos privados, porém, foi o mote
usado pelo então ministro da Ciência e Tecnologia Roberto Amaral (PSB-CE) para
convencer o presidente Lula a bancar o projeto da ACS.
Em 2007,
quando a empresa foi fundada, a previsão de capital era de US$ 105 milhões, e o
primeiro lançamento estava previsto para 2010.
Especialistas
já então alertavam que os custos eram irreais e o mercado, incerto.
Amaral
falava em seis ou sete lançamentos por ano, mas ninguém de fora da empresa
jamais havia visto o plano de negócios da ACS.
Santos disse
que a revisão do plano, que está sendo preparada, fala em cinco lançamentos por
ano, no máximo.
"O
plano ficou economicamente muito marginal."
O brigadeiro
afirmou, ainda, que a dívida com as empreiteiras brasileiras é
"amigável" e que os contratos com as empresas ucranianas estão sendo
cumpridos.
Ele atribui
a escalada nos custos e a demora ao fato de a ACS ser um projeto de desenvolvimento.
"Não é um pacote fechado."
As contas da
empresa até hoje são mantidas fora do escrutínio público. Por se tratar de uma
binacional, o TCU (Tribunal de Contas da União) não pode auditá-la. "Não
estou preocupado com o TCU. Tem de passar por mim primeiro", disse Santos.
Fonte: Site da Agência de Notícias do Jornal Floripa - http://www.jornalfloripa.com.br/
Comentário: Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, tem de rir para não
chorar. Entretanto é uma boa notícia, e se a presidente DILMA tiver realmente compromisso
com a nação deve encerrar esse acordo em setembro. Não foi por falta de aviso de
todos os especialistas (o governo não ouve ninguém, toma decisões estapafúrdias por motivos de ordem politica sem medir as consequências disso, e pior, sem sofrer qualquer punição, e no fim ainda sai para comemorar na pizzaria mais próxima) e minha vozinha em sua simplória inteligência
interiorana costumava dizer: Errar meu neto é humano, persistir no erro é burrice.
Espero e torço que a presidente DILMA tenha essa visão. Só lamento ter nesse
episódio presenciado o envolvimento de um oficial da reserva da Aeronáutica com
essa empresa, num tremendo golpe de mestre do menestrel Mercadante que deixou o
COMAER refém da situação. Lamentável. Gostaríamos de agradecer ao leitor André
Vitor pelo envio dessa matéria.
Só queria que esse dinheiro tivesse sido usado na formação de recursos humanos. Acho que só isso já valeria muito.
ResponderExcluirMas não foi Anônimo. Esse projeto já nasceu morto por ter sido elaborado por um reconhecido incompetente e por razões políticas que só atrapalham o desenvolvimento do país, seja na área espacial ou em outra qualquer.
ResponderExcluirAbs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Sou obrigado a reconhecer algo que um colega me falou há mais de 20 anos atrás e erradamente discordei : os caras da Marinha tem muito mais competencia que os da Aeronautica.
ResponderExcluirA Marinha além de desenvolver tecnologias realmente de ponta na área nuclear, agora terá um Submarino nuclear FEITO NO BRASIL, algo muito mais dificil e complexo do que um caça.
Na Aeronautica o que se ve hoje é só burrice e incompetencia : FXs e ACS da vida.
A era do Mal. Montenegro e de Osires Silva parece que ficou para trás...
Sou obrigado a reconhecer algo que um colega me falou há mais de 20 anos atrás e erradamente discordei : os caras da Marinha tem muito mais competencia que os da Aeronautica.
ResponderExcluirA Marinha além de desenvolver tecnologias realmente de ponta na área nuclear, agora terá um Submarino nuclear FEITO NO BRASIL, algo muito mais dificil e complexo do que um caça.
Ele conhecia bem a Marinha pois seu pai fez carreira lá.
Hoje vejo que a Marinha jamais deixaria assinar uma porcaria como esta. Aliás penso que o modelo da Amazul poderia ser uma saida para o programa espacial.
Na Aeronautica o que se ve hoje é só burrice e incompetencia : FXs e ACS da vida.
A era do Mal. Montenegro e de Osires Silva parece que ficou para trás...
ACABAR COM ESTE LIXO DE ACS E RECOMEÇAR DO ZERO ALGO PROVEITOSO PARA O PAÍS.
Mas será que Dilma tem a coragem de fazer isto ?
Dizem que ela anda aceitando jantar na cozinha da Casa Branca...
Tô vendo quando eles começarem a gritar - "Sujou, sujou, a casa caiu. Vamos nos mandar, malandros.
ResponderExcluirCaro Iurikorolev!
ResponderExcluirPerdoe-me amigo, mas não é bem assim. É verdade que existe uma certa passividade do Comando da Aeronáutica (COMAER), eu diria de 2003 até agora, que não houve com o Comando da Marinha (COMAR), e já até externei isso em meus comentários no blog. Entretanto, dai dizer que é por burrice ou incompetência não posso concordar contigo. Quanto ao caso dos FXs, não posso falar pois não acompanho o processo (existem diversos blogs na net onde você pode buscar essa informação), mas no caso da ACS, desde o início do processo tanto o COMAER, quanto o Ministério da Defesa foram contrários ao acordo. Mas acontece que ambos são subordinados ao Poder Executivo (Presidência da Republica) e tiveram de engolira guela baixo. O que aconteceu com o Submarino ( e diria também com o PROANTAR) foi que por volta de 2007 ou 2008 (não lembro ao certo) o Comandante da Marinha da época (e acredito que seja o mesmo hoje) com a ajuda do ex-Ministro da Defesa, Nelson Jobim, pegou literalmente o ex-presidente LULA pelo braço e levou para conhecer tanto o Centro Experimental de Aramar, como a Estação Comandante Ferraz. O LULA saiu desses locais muito fascinado com o que viu, e fazendo promessas que veio cumprir (um navio novo e o acordo assinado com França) alguns meses depois, que permitiu o grande avanço alcançado pela Marinha nos últimos anos. Jogada de mestre do Comandante da Marinha e do ex-ministro Nelson Jobim. É justamente nisso que o COMAER está pecando (talvez até no caso do FXs), ou seja, o Comandante da Aeronáutica, Juniti Saito é passivo e peca por isso, e o Ministro da Defesa Celso Amorim não tem perfil de brigador como se espera de um Ministro da Defesa e a situação vai se complicando com esses homens dizendo amém para a presidente DILMA e sua equipe de energúmenos dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Penso que o modelo da Marinha poderia ser uma saida para o programa de lançadores. Compra o pacotão completo com tudo : motores, sistemas inerciais etc e passa para o CTA.
ResponderExcluirJá visando um lançador com mais de 5 ton. em órbita GEO.
Nem precisa criar uma empresa como a Amazul.
Indeniza os ucranianos (que colocaram aliás pouca grana)e fecha com os russos. O que deveria ter sido feito desde o inicio.
ACABAR COM ESTE LIXO DE ACS E RECOMEÇAR DO ZERO ALGO PROVEITOSO PARA O PAÍS.
Isso também vale para o FX-2. Manda para pqp essas 2 porcarias da bost-list (GRipen e Rafale)e compra um caça de verdade : Sukhoi 35 ou melhor ainda o PAk -50 (5a geração).
Ficariamos com uma área aeroespacial fodaça, do nível da India.
Mas será que Dilma tem a coragem de fazer isto ?
Dizem que ela anda aceitando jantar na cozinha da Casa Branca...
Olá Ricardo!
ResponderExcluirRsrsrsrs, é por aí amigo, mas não há necessidade de fugir. No máximo lamentar a boquinha perdida e marcar reunião na pizzaria mais próxima.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Caro Iurikorolev!
ResponderExcluirNão há necessidade de comprar pacote completo. Na realidade o DCTA/IAE (segundo eu soube) já vem negociando com outras nações (incluindo a Rússia) acordos nessa área de lançadores e o VLM-1 já é uma resposta muito positiva nesse processo, mas vem mais por ai. Isto é, se a DILMA não atrapalhar.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
"Na realidade o DCTA/IAE (segundo eu soube) já vem negociando com outras nações (incluindo a Rússia)"
ResponderExcluirDuda
Vc está sabendo de algum plano de desenvolver lançador com a Russia ?
Abrs
Olá Iurikorolev!
ResponderExcluirNa verdade o que eu soube é que o IAE vem negociando com diversos países, mas não visando lançadores específicos e sim tecnologias associadas ainda não dominadas pelo Brasil que permita o desenvolvimento de novos lançadores, mas tudo depende da DILMA e é ai que a coisa pega.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)