Sonda Solar Parker da NASA Desvenda Origem do 'Vento Solar Rápido'
Olá leitores e leitoras do BS!
Veja abaixo uma notícia publicada ontem (07/06) no site ‘Canaltech’, destacando
que a Sonda Parker Solar, da NASA, se aproximou tanto do Sol que conseguiu detectar as
estruturas causadoras do Vento Solar Rápido.
Entenda melhor essa história pela matéria abaixo.
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Sonda Parker Solar Desvenda Origem do Vento Solar Rápido
Por Danielle Cassita
Editado por Patricia Gnipper
07 de Junho de 2023 às 13h56
Fonte: Nature;
Via: Berkeley University
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: NASA
A sonda Parker Solar, da NASA, se aproximou tanto do
Sol que conseguiu detectar as estruturas causadoras do vento solar rápido. Em
um novo estudo liderado por Stuart D. Bale, professor da Universidade da
Califórnia, cientistas relatam que a nave reconstituiu a origem do vento até
chegar aos buracos coronais, presentes na atmosfera do Sol.
Os buracos coronais são as áreas onde as linhas do campo
magnético solar emergem da superfície. Quando o Sol está em períodos tranquilos
do seu ciclo, os buracos aparecem nas regiões polares, mas basta que nosso
astro fique mais ativo para surgirem em toda a superfície.
No novo estudo, os pesquisadores explicam que os dados da
nave revelaram fluxos de partículas energéticas que correspondem a fluxos de
supergranulação nos buracos, que são grandes células de convecção na fotosfera.
É como se os buracos fossem um chuveiro: eles contêm jatos espaçados, emitidos
a partir de áreas brilhantes em que as linhas do campo magnético se unem dentro
e fora da superfície solar.
As partículas formam estruturas parecidas com grandes
funis. Quando os campos magnéticos opostos se sobrepõem neles, se rompem e são reconectados
depois, disparando partículas do Sol. Este processo é conhecido como reconexão
magnética, e parece estar por trás das partículas energéticas viajando até 100
vezes mais rápido que a média daquelas do vento
solar "normal".
Os buracos coronais (as áreas escuras) têm estruturas que criam campos magnéticos complexos, causadores do vento solar rápido. |
Bale conta que eles notaram a separação entre os funis
conforme estudaram os dados da Parker, obtidos ao longo de suas aproximações do
Sol. “A conclusão é que a reconexão magnética dentro destas estruturas oferece
a energia para o vento solar rápido”, explicou ele. Antes, os pesquisadores não
sabiam ao certo se a aceleração das partículas veio da reconexão ou do plasma
quente do Sol, mas parece que, de fato, a reconexão é a causa.
Para identificar tantos detalhes do vento solar, a Parker
precisou ficar a menos de 20 milhões de quilômetros do Sol. “Abaixo desta
altitude, há muito menos evolução do vento solar e ele fica mais estruturado,
você vê mais vestígios do que estava no Sol”, explicou ele. Isso aconteceu em
2021, quando ela ficou
a apenas 8,4 milhões de quilômetros da superfície solar.
Foi assim que ela conseguiu revelar detalhes que,
normalmente, seriam perdidos conforme o vento solar deixa a coroa do Sol —
ainda na analogia do chuveiro, é como se a nave tivesse observado os jatos de
água estando de frente para eles. Ela viajou pelos jatos de material, que
permitiram que os cientistas os relacionassem aos campos magnéticos e células de
supergranulação.
James Drake, coautor do estudo, destacou a importância de
conhecer os mecanismos por trás do vento solar. “Isso vai afetar nossa
habilidade de entender como o Sol libera energia e causa tempestades
geomagnéticas, que ameaçam nossas redes de comunicação”, finalizou ele.
O artigo com os resultados do estudo foi publicado na
revista Nature.
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