Novo Estudo Indica Que 'Planeta Gigante de Gelo' Estaria Escondido nos Confins do Sistema Solar

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Veja abaixo uma notícia publicada ontem (28/06) no site ‘Canaltech’, destacando que um novo estudo de pesquisadores do Laboratório de Astrofísica da Universidade de Bordeaux, na França, e do Planetary Science Institute, de Tucson, no estado do Arizona (EUA), propõe a existência de um Planeta Gigante de Gelo escondido nos confins do nosso Sistema Solar. Entenda melhor essa história pela notícia a baixo.
 
Bom entusiastas do BS, a teoria da existência de um nono planeta no nosso sistema solar não é nova, e enfrentou muita resistência da Comunidade Astronômica durante décadas. Muito se falou da possível existência deste planeta denominado de Planeta 9, Planeta X e até de Planeta do Holocausto, mais conhecido como NIBIRU, nesse caso pelos conspiracionistas e místicos.
 
Particularmente eu acredito que esse planeta possa existir, porém também acredito que teremos ainda um caminho longo para que a ciência venha ou não comprovar a sua existência. Até o momento, não passa de pura teoria.
 
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Planeta de Gelo Estaria Escondido nos Confins do Sistema Solar
 
Por Daniele Cavalcante
Editado por Patricia Gnipper
28 de Junho de 2023 às 19h31
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
 
Fonte: ESO

A Nuvem de Oort, região do Sistema Solar extremamente afastada do Sol, poderia abrigar um planeta gigante de gelo. Essa é a proposta de um novo estudo, que sugere a existência de um mundo formado ao lado de Júpiter ou Saturno e expulso para os confins do nosso “quintal cósmico”.
 
Há algum tempo, os cientistas procuram pelo Planeta 9, um objeto hipotético próximo aos objetos transnetunianos extremos (ETNOs), que ficam muito além da órbita de Netuno. Agora, um novo trabalho propõe a existência de um mundo muito mais distante.
 
Um Novo Planeta no Sistema Solar?
 
O artigo, aceito na revista MNRAS Letters, mostra cálculos que sugerem chances de 7% de existir um planeta escondido na Nuvem de Oort (região esférica formada principalmente por pedaços de gelo, considerada a fronteira final do Sistema Solar).
 
Nathan Kaib, co-autor do estudo e astrônomo do Planetary Science Institute, disse que se trata de “uma classe de planetas que definitivamente deveriam existir, mas recebem relativamente pouca atenção”. É que planetas gigantes como Júpiter, Saturno, Urano e Netuno nascem com “gêmeos”, que poderiam ser expulsos para longe de suas órbitas originais.
 
(Imagem: Reprodução/R. Hurt/Caltech)
Ilustração do hipotético Planeta 9.
 
Por terem muita atração gravitacional, esses mundos massivos acabavam por se chocar com seus gêmeos, resultando em um deles sendo empurrado para fora do Sistema Solar — que, nessa época, ainda tentava se estabilizar. Assim, um planeta poderia ter sido capturado pela imensa população de objetos da Nuvem de Oort.
 
Se isso realmente tiver acontecido, “os planetas sobreviventes têm órbitas excêntricas (elípticas, em vez de circulares), que são como as cicatrizes de seus passados ​​violentos”, disse Sean Raymond, pesquisador do Laboratório de Astrofísica da Universidade de Bordeaux e principal autor do estudo. Isso significa que a trajetória do planeta seria extremamente alongada.
 
Essa órbita excêntrica, aliada à distância, é um dos motivos de nunca terem detectado um planeta nessas condições. Além disso, considerando que a Nuvem de Oort é circular, em vez de um disco como o Sistema Solar interno, ele poderia estar em qualquer lugar do céu. Por isso, só seria possível procurar pelo planeta se houvesse alguma pista da direção onde o telescópio deve ser apontado.
 
O Que é Nuvem de Oort?
 
Modelos atuais sugerem que a Nuvem de Oort é formada por alguns trilhões de cometas de mais de 1 km de diâmetro e bilhões com 20 km de diâmetro. Ela fica a uma distância entre 5 mil e 100 mil Unidades Astronômicas (sendo que 1 UA corresponde à distância média entre a Terra e o Sol).
 
(Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech)
Mapa fora de escala do Sistema Solar e a Nuvem de Oort. As distâncias marcadas estão em unidades astronômicas.
 
Essa região ainda é um mistério para os astrônomos, por um motivo simples: está muito afastada de qualquer raio solar ou de outras fontes de luz. É muito difícil sondar os objetos que orbitam por lá — aliás, é mais fácil encontrar planetas na órbita de outras estrelas do que na Nuvem de Oort.
 
Ainda assim, os pesquisadores se esforçam para entender melhor a região, pois há muito potencial de que seja habitada por rochas de gelo que ainda conservam suas propriedades iniciais. Em outras palavras, por não serem tocadas pelos raios solares, elas podem conter informações de como eram as condições do Sistema Solar em sua juventude, há 4,5 bilhões de anos.

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