Cinco Universidades Brasileiras Disputarão nos EUA a 'Spaceport America Cup', a Maior Competição de Foguetes e Satélites do Mundo

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Segue abaixo uma notícia publicada publicada dia (09/06) no site da ‘Agência Brasil’ destacando que estudantes de cinco universidades brasileiras (UFRJ, UERJ, UFSC, USP e UnB) participarão da maior competição de foguetes e satélites do mundo, a ‘Spaceport America Cup’, torneio este que será realizado entre os dias 19 e 24 deste mês de junho, em três cidades do estado do Novo México (EUA).
 
Pois então amigos e amigas do BS, todos sabem, e não é de agora, que somos entusiastas e defensores desta atividade de Foguetemodelismo e Espaçomodelismo no Brasil (inclusive este que vos fala é membro da BAR - Brazilian Association of Rocketry, realizadora de eventos com mini-foguetes no Brasil), portanto, não poderíamos deixar de publicar esta noticia desejando desde já sucesso a todas equipes brasileiras nesta nova edição da Spaceport America Cup’.
 
No entanto vale aqui registrar a nossa estranheza da não participação neste evento da prestigiada equipe ‘ITA Rocket Design’ do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), bem como de alguma das excelentes equipes do Estado do Paraná, e entre elas, o ‘Grupo de Foguetes CARL SAGAN’ da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
 
Também vale lembrar aqui amigos que, logo após este evento nos EUA (mais precisamente entre os dias 24 e 27/08), o jovem Eng. Calvin Trubiene (cofundador e atual CEO da startup espacial brasileira PION LABS) e sua eficiente equipe, estarão realizando mais uma edição do Latin American Space Challenge, simplesmente a maior competição experimental de engenharia de foguetes e satélites da América Latina, evento este que é realizado desde 2019.
 
Aproveitamos também amigos para trazer aqui um corte da nossa coluna 'Espaço Semanal' do dia 25/05/2023, onde o Prof. Rui Botelho e o Duda Falcão dão as suas opiniões sobre a notícia de que a Agência Espacial Brasileira (AEB) havia submetido à consulta pública uma proposta de Portaria que institui 'Normas de Segurança e Boas Práticas para Operação e Lançamento de Foguetes Amadores' no Brasil, e onde segundo a própria nota da Agência, contribuições da Comunidade de Foguetemodelismo Brasileira poderiam ser realizadas até o dia 12 de junho de 2023. Vale a pena conferir!
 
 
Brazilian Space
 
EDUCAÇÃO
 
Universidades Brasileiras Disputam Copa Mundial de Foguetes nos EUA
 
Evento ajuda a promover projetos aeroespaciais de estudantes
 
Por Rafael Cardoso
Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
Edição: Nádia Franco
Publicado em 09/06/2023 - 13:42
Fonte: Agência Brasil – https://agenciabrasil.ebc.com.br
 
Divulgação: Politécnica - UFRJ

Cinco equipes formadas por estudantes de universidades públicas brasileiras participarão da Spaceport America Cup, maior competição de foguetes e satélites do mundo. O torneio será realizado entre os dias 19 e 24 deste mês, em três cidades do estado do Novo México, nos Estados Unidos. As instituições brasileiras representadas são as universidades Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Federal de Santa Catarina (UFSC), de São Paulo (USP) e de Brasília (UnB).https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1537572&o=node 
 
O evento envolverá 158 times de 24 países diferentes. A competição é dividida em 6 categorias, de acordo com o tipo de motor usado (comercial ou desenvolvido pela própria equipe) e a distância alcançada pelo foguete. As equipes Minerva Rockets e Sats (UFRJ), GFRJ (UERJ) e Kosmos Rocketry (UFSC) vão competir na categoria de foguetes com motor sólido, de desenvolvimento próprio, que chegam a 3 quilômetros (km) de altura. As equipes Capital Rocket (UnB) e Projeto Jupiter (USP) entram na categoria de foguetes com motor híbrido/líquido, de desenvolvimento próprio, que atingem 3 quilômetros de altura. 
 
A estudante de Astronomia Júlia Siqueira, de 26 anos, é a presidente da Minerva Rocket e Sats, da UFRJ, que foi fundada em 2016, e participa da competição com o foguete Aurora, de 3 metros e 10 cm, e o nanossatélite de experimentos astrobiológicos (MicrobioSat). Segundo Júlia, o grupo precisa desenvolver toda a parte da estrutura e dos componentes eletrônicos. O processo é complexo, mas enche a estudante de orgulho.
 
“Estudei a vida toda em escola pública. Quando eu imaginaria que entraria em uma universidade federal e desenvolveria um foguete? Quando a gente olha assim, de longe, parece algo extremamente difícil, muito longe da realidade. Parece que você tem que ser um gênio para desenvolver. E não, qualquer pessoa que tiver interesse pode chegar lá, pode aprender e ter a oportunidade de levar o projeto para um cenário mundial e apresentar para as maiores empresas aeroespaciais do mundo. A gente bate de frente com grandes universidades, como MIT, Stanford e Columbia.”. 
 
Júlia ressalta que, como a UFRJ não tem curso de engenharia aeroespacial, o grupo acaba sendo multidisciplinar, com pessoas de áreas que vão da administração até a eletrônica. Para a estudante, este é um diferencial na competição, assim como a dedicação dos participantes. Além do desenvolvimento dos foguetes, é preciso cuidar da vida pessoal, dos estudos na universidade e de atividades como iniciação científica e dos estágios profissionais. Em meio a essa maratona diária, os estudantes acumulam conhecimentos que transcendem o ambiente acadêmico.
 
“O que a gente faz ali modifica as pessoas. Para mim, mudou completamente a forma como encaro todas as outras áreas da minha vida em questão de responsabilidade, compromisso, dedicação, de ter que me virar, de fazer acontecer. Desenvolver uma tecnologia complexa de forma barata, no dia a dia, dentro da universidade, traz outro panorama do que é possível fazer. A gente não faz brinquedo, faz tecnologia de verdade”, afirma a estudante.

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