DCTA Deposita na Europa Pela Primeira Vez Patente de Tecnologia Inovadora de Sistemas Espaciais
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma grande notícia postada dia (22/06)
no site da ‘Força Aérea Brasileira (FAB)’,
destacando que pela primeira vez o ‘Departamento
de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA)’ realizou na Europa deposito de patente de
tecnologia inovadora de sistemas espaciais. Saibam mais sobre essa história
pela matéria abaixo.
Brazilian Space
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Pela Primeira Vez, DCTA Realiza Depósito de Patente na
Europa
Os pedidos de proteção da tecnologia foram o resultado do
aprendizado do COPE na operação do satélite SGDC
Por Tenente Alessandra Borges
Edição: Agência Força Aérea
Publicada em: 22/06/2023 - 12:10
Fonte: DCTA
Via: Site FAB – https://www.fab.mil.br
Fotos: Suboficial Johnson e Soldado A. Soares /
FAB
O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial
(DCTA) realizou, em 13 de abril, em assessoramento técnico ao Comando de
Operações Aeroespaciais (COMAE), os pedidos de proteção da propriedade
intelectual de uma tecnologia inovadora intitulada “Método de controle de razão
de mistura por atuação térmica nos tanques de propelentes de sistemas
espaciais”.
Pela primeira vez na história do DCTA, foi realizado o
depósito de patente de tecnologia na Comunidade Europeia, além dos pedidos de
proteção da propriedade intelectual efetivados no Brasil e nos Estados Unidos
da América, para garantia da exclusividade de exploração da tecnologia nesses
mercados.
A tecnologia em questão é um processo que oferece ao
mercado uma solução técnica, que permite o ajuste fino da razão de mistura por
atuação térmica iterativa nos tanques de propelentes de sistemas espaciais
bipropelentes. Sua história teve início em 2017, quando o Centro de
Operações Espaciais (COPE) do COMAE passou a operar o Satélite Geoestacionário
de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). Além de garantir o emprego do seu
principal sistema espacial, o COPE também passou a se dedicar à maximização do
tempo de vida útil deste SGDC. A experiência e conhecimento na área espacial,
desde 2014, com o Programa de Absorção de Tecnologias do SGDC, permitiu ao COPE
desenvolvimento da referida tecnologia para operações espaciais.
“O ambiente do COPE é muito
propício à identificação de soluções inovadoras, pois é durante as
operações que identificamos as reais necessidades de melhoria. Associado a um
corpo técnico criativo e disposto a testar novos métodos de operação,
conhecimentos inicialmente isolados, acabam se integrando. É dessas conexões
que surgem as ideias inovadoras”, aponta o Capitão Engenheiro Henrique Oliveira
da Mata, inventor da tecnologia e militar do efetivo do COMAE desde o início
das operações do SGDC.
Ainda segundo o Capitão Da Mata “foi o somatório do
domínio teórico, do desenvolvimento de novas ferramentas computacionais e da
experiência operacional que permitiu o desenvolvimento do método inovador, para
definição do ponto ótimo de temperatura para a operação dos propulsores de satélites.
Nessas condições, um satélite, como o SGDC, consegue utilizar ao máximo os
propelentes disponíveis nos tanques, evitando desperdício que encurtem o seu
tempo de vida operacional. Estima-se que a aplicação prática dos resultados
desta tecnologia deverá prolongar em, ao menos, três meses a operação do
SGDC, podendo levar a uma economia de cerca de R$ 10 milhões.”
O tecnologista do setor de proteção da propriedade
intelectual do DCTA, Renato de Lima Santos, informou que, os depósitos de
pedido de patente realizados, constituem um primeiro e imprescindível passo
para que as tecnologias possam ser transferidas ao mercado nacional e
internacional.
"Essa realização é a concretização do cumprimento da
missão do COMAE, de empregar o poder aeroespacial com vistas a garantir a
soberania do espaço aéreo e a integração do território nacional, conjugado com
a missão do DCTA, de desenvolver soluções científico-tecnológicas no campo do
Poder Aeroespacial, a fim de contribuir para a manutenção da soberania do espaço
aéreo e a integração nacional; em ambos os casos, verificam-se efeitos diretos
que contribuem para fortalecimento da Base Industrial de Defesa, da sociedade
brasileira e do desenvolvimento econômico nacional", disse.
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