Senador Cristovam Buarque Critica Falta de Investimentos em Ciência e Tecnologia
Olá leitor!
Segue abaixo mais uma notícia postada dia (24/11) no site
da “Agência Senado” destacando que o Senador Cristovam Buarque (PDT-DF) criticou
em plenário a Falta de Investimentos em Ciência e Tecnologia.
Duda Falcão
PLENÁRIO - PRONUNCIAMENTOS
Cristovam Buarque Critica Falta de Investimentos em
Ciência e Tecnologia
Da Redação
Agência Senado
24/03/2014 - 17h10
Atualizado em 24/03/2014 - 18h52
Em pronunciamento nesta segunda-feira (24), o
senador Cristovam Buarque (PDT-DF) cobrou mais investimentos em ciência e
tecnologia e disse que o Brasil tem desperdiçado recursos, além de investir de
forma insuficiente e incorreta no setor.
Como
exemplo, Cristovam citou a participação de satélites da China, França e Índia,
entre outros países, na busca de um avião da Malásia desaparecido no mar há
mais de quinze dias. Ele disse que a busca não contará com um satélite do
Brasil porque o país não tem investido em ciência e tecnologia.
- E não
vamos ter futuro, porque ciência e tecnologia não é só para encontrar restos de
um avião, como outros países estão mostrando que conseguem. Ciência e tecnologia
são a base de qualquer economia que quera estar sintonizada com o futuro. Nós
não temos futuro se continuarmos produzindo bens primários e importando bens de
alta tecnologia, e é o que acontece no Brasil – afirmou
Cristovam disse que o Brasil é um país que fabrica, não um país que cria, e que nos
contentamos “com aquela coisinha ali embaixo de cada produto chamada Made in
Brazil.
- Nós não
temos capacidade para botar created in Brazil. Veja o caso dos
automóveis, não tem um criado no Brasil. Todos têm nomes estrangeiros. Quando
você compra um carro coreano, o nome é coreano, chinês é chinês. Temos talvez
quase o maior número de telefones celulares no mundo, nenhum criado no Brasil.
Somos um país que não está inventando – afirmou.
Cristovam disse que é preciso melhorar a qualidade do produto interno bruto (PIB), por
meio da inovação dos produtos e da sustentabilidade, na qual o país “não está
bem”, como indicam a atual redução na oferta de água e de energia.
- Não
criamos um sistema resistente à seca, desperdiçamos, não entramos no clima de
redução de energia, independentemente de apagões. Somos o país que melhor teria
condições de usar energia solar e não estamos desenvolvendo isso porque os
barrageiros dominam o setor de energia elétrica, querem produzir energia
hidrelétrica, não conseguem se sintonizar com uma nova fonte de energia –
afirmou.
Em seu
pronunciamento, Cristovam citou o artigo “A aberração do troca-troca”,
publicado no jornal Folha de S. Paulo do dia 18, em que a presidente da
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, critica
a substituição do ministro da Ciência e Tecnologia, o matemático Marco Antônio
Raupp, no cargo havia dois anos.
- Não tem
como dar um salto na ciência e tecnologia no Brasil se não criarmos uma cultura
favorável à busca da inovação. Não adianta ter as melhores universidades do
mundo se nossos empresários preferirem comprar técnicas estrangeiras em vez de
investirem no desenvolvimento de tecnologias brasileiras, e o Raupp tentou
fazer esse diálogo com o setor privado – afirmou.
No artigo,
disse Cristovam, a presidente da SBPC observa que, desde a criação do
Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), em março de 1985, como compromisso do
governo de Tancredo Neves, assumido por José Sarney, a pasta foi utilizada como
instrumento de barganha política em vários momentos.
Somente no
governo Sarney, entre outubro de 1987 e março de 1989, foram cinco trocas de
ministro, uma média de menos de cinco meses para cada um, informou Cristovam.
No governo Fernando Collor, três titulares revezaram-se no ministério, entre
março de 90 e outubro de 92.
- Quando se
fala em ciência e tecnologia no mundo, quando se trata de novas invenções e
novas descobertas, o Brasil não aparece. Não é só triste. É perigoso. É uma
ameaça ao futuro do Brasil, é uma questão de segurança, de defesa nacional, que
não estamos cuidando como deveríamos – afirmou.
Em apartes,
o senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) saudou o pronunciamento de Cristovam. Já o
senador Alvaro Dias (PSDB-PR) criticou o “modelo promíscuo da barganha
permanente e da picaretagem política” na substituição de ministros, que não se
dá em função da necessidade administrativa ou em razão da competência,
eficiência, aptidão para o cargo e probidade.
Fonte: Site da Agência Senado
Comentário: Pois é leitor, esse senhor sim é um
dos pouquíssimos políticos sérios (você conta nos dedos) que militam nos bastidores
desse obscuro Fórum brasileiro de discussões e legislações, verdadeiramente um
grande nome para Presidência da República, mas que na verdade pouco poderia
fazer como presidente, pois seria esmagado pela máquina política vigente. Já
com relação à troca do Raupp no ministério, eu confesso que não acho que o
Brasil perdeu muita coisa com isso, já que sua gestão foi no mínimo
decepcionante. Entretanto, a tal aberração do troca-troca motivada por barganha
política é um grande mal que atinge a Política Brasileira há décadas, não sendo
assim nenhuma novidade.
Tá antenado o senhor Cristovam,tá falando a verdade!
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