INPE e CONAB Discutem Parceria Para Aprimorar Monitoramento da Safra Brasileira
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (12/03) no site do
“Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)” destacando que o instituto e
a Companhia Nacional de
Abastecimento (CONAB) discutem parceria para aprimorar o Monitoramento da
Safra Brasileira.
Duda Falcão
INPE e CONAB Discutem Parceria Para
Aprimorar
Monitoramento da Safra Brasileira
Quarta-feira, 12 de Março de 2014
A agricultura
é uma das áreas que mais se beneficiam das imagens de satélites, capazes de monitorar
grandes áreas em intervalos regulares com custos relativamente baixos.
Informações obtidas a partir do espaço são usadas nas estimativas de safras,
análises de mercado e gestão de estoques da Companhia Nacional de Abastecimento
(CONAB). Dados orbitais e metodologias desenvolvidas pelo Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE) podem ser utilizados para aprimorar o monitoramento
agrícola brasileiro.
Especialistas
do INPE e da CONAB devem levantar áreas de interesse para possíveis projetos em
conjunto durante reunião nesta quinta-feira (13/3) na sede do Instituto, em São
José dos Campos (SP). Uma cooperação entre ambas as instituições pode resultar,
ainda, na instituição formal da participação brasileira no GEOGLAM.
O GEOGLAM (Global
Agriculture Monitoring) é um programa internacional liderado pelo
GEO(Group on Earth Observations) que está na agenda do G20, grupo dos vinte países de maior
economia. Um dos produtos do GEOGLAM é o “Crop Monitor”, que
gera informações mundiais sobre o status da produção das principais commodities
agrícolas, que são enviados mensalmente para o sistema AMIS (Agriculture Market
Information System) da Organização das Nações Unidas para Agricultura e
Alimentação (FAO).
A CONAB já
mapeia por satélites as principais commodities brasileiras, como soja, milho,
trigo e arroz. A ideia é aprimorar e agregar dados e ferramentas que possammelhorar a informação sobre a oferta de alimentos.
“É uma das
prioridades do G20, pois a falta de acesso à comida provoca conflitos mundiais,
distúrbios sociais, alta de preços generalizada, entre outros problemas socioeconômicos.
O INPE pode colaborar com a CONAB para análises de áreas específicas e mesmo no
desenvolvimento de novos produtos, como modelos de produtividade”, diz João
Vianei Soares, pesquisador da Divisão de Sensoriamento Remoto do INPE.
Os Estados
Unidos e a China acompanham por satélites a produção no mundo todo, e alguns
países contam com ferramentas para acompanhar suas safras, como o Brasil. A
Europa também possui um programa de monitoramento que se prepara para ser
global. Mas falta um sistema operacional que reúna dados que possam ser
comparados e usados por qualquer país.
Experiência
O INPE
participa de grandes projetos de monitoramento, como o TerraClass Cerrado, em
desenvolvimento com a Embrapa e outras instituições, que entre seus resultados deve
trazer o mapeamento de culturas no Cerrado, bioma que concentra boa parte da
produção agrícola brasileira. Além disso, criou o projeto Canasat, que utiliza
técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento para mapear a área
cultivada e fornecer informações sobre a distribuição espacial da cultura de
cana-de-açúcar.
“Temos estudos
e produtos que interessam a parceiros como a CONAB. O trabalho em conjunto deve
trazer ganhos para ambas as instituições e favorecer o estabelecimento de um
sistema operacional brasileiro para monitorar a produção de alimentos no
Brasil, cujo mandato legal é da CONAB”, conclui o pesquisador do INPE.
Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
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