Brasileiros Criam Microturbina Para Mísseis

Olá leitor!

Segue abaixo um interessante artigo postado ontem (09/03) no site da “Revista Exame” destacando que empresa brasileira desenvolveu uma Microturbina para Mísseis.

Duda Falcão

Starup

Brasileiros Criam Microturbina Para Mísseis

A Polaris, de São José dos Campos (SP), desenvolveu
uma turbina para mísseis e negocia a venda do equipamento
a fabricantes internacionais de armamentos

Maurício Grego,
Revista Exame
09/03/2014 - 08:00

TJ200: a turbina da Polaris consome menos
combustível que outras de tamanho similar.

São Paulo -- A Polaris, empresa de São José dos Campos (SP), desenvolveu uma microturbina para mísseis que vem despertando interesse de fabricantes internacionais de armamentos graças às inovações presentes nela.

“O grande problema das turbinas desse tamanho é o consumo de combustível”, diz Luís Klein, diretor comercial da Polaris. A empresa criou um novo desenho de compressor -- um dos componentes da turbina -- que é compacto e eficiente.

Segundo Klein, seu uso permitiu baixar o consumo significativamente. A consequência disso é que o míssil pode ter alcance maior. Ou pode levar menos combustível, o que deixa espaço para uma carga explosiva mais poderosa.

A turbina, chamada TJ200, pesa menos de 10 kg e tem apenas 16 cm de diâmetro. É capaz de impulsionar um míssil de 500 kg. Num voo de 250 km, gastaria apenas 50 litros de querosene de aviação, afirma Klein.

A TJ200 foi exposta em fevereiro num evento do exército americano no Alabama. Segundo Klein, ela despertou interesse de diversos fabricantes de armamentos. Mas, por enquanto, há apenas protótipos do equipamento.

A Polaris existe desde 1999. Até hoje, ela tem se dedicado basicamente a pesquisa e desenvolvimento. De seu escritório em São José dos Campos já saíram projetos e protótipos de turbinas de vários tipos, incluindo uma para geradores de energia.

Agora, o desafio é passar de uma empresa de desenvolvimento para uma de fabricação. “Tivemos financiamento da FINEP para desenvolver a turbina. Mas ainda não conseguimos capital suficiente para montar uma fábrica e produzi-la”, diz Klein.

Ele conta que a empresa estuda diversas opções para a fabricação, incluindo uma eventual parceria com uma empresa no exterior. Neste mês, a TJ200 vai ser exposta na maior feira de armamentos da América Latina, a Fidae, que começa no dia 25 em Santiago, no Chile.


Fonte: Site da Revista “Exame” - 09/03/2014 - http://exame.abril.com.br

Comentário: Leitor, normalmente não abordamos tecnologia de armamentos aqui no Blog BRAZILIAN SPACE, mas como se trata de uma notícia bastante significativa sobre uma microturbina para mísseis e mísseis são nada mais, nada menos, que foguetes utilizados como arma de ataque e de defesa, não poderia deixar de postar essa notícia. Além do mais uma parte da matéria me chamou a atenção e eu não poderia deixar de comentar. Sr. Luís Klein, normalmente minhas opiniões são bastante comedidas quando direcionadas as atividades de empresas privadas. Entretanto neste caso aqui noto que o desenvolvimento dessa microturbina contou com o financiamento da FINEP, em outras palavras, com financiamento público, ou seja, do povo brasileiro. Diante disso não posso deixar de criticar a sua intenção de buscar uma parceria com uma empresa estrangeira visando a fabricação dessa microturbina, principalmente tendo o Brasil uma empresa especialíssima em mísseis como a Avibrás que além de tudo já possui uma infraestrutura física que permitirá a fabricação dessa microturbina. Isto é inadmissível. Se esta era a sua intenção desde o início do projeto o senhor deveria ter buscado financiamento privado e não público.

Comentários

  1. O Brasil e suas idiossincrasias...

    Fingimos que estamos numa democracia capitalista, quando na realidade estamos numa ditadura populista que usa o capital do estado para se eternizar no poder.

    Dinheiro público é investido em bens imóveis que são "dados de presente" à clubes de futebol, que sequer empresas são. Refiro-me aqui aos estádios de futebol de Itaquera em SP e da baixada no PR, isso pra falar só um pouco.

    Empresas sob controle do estado são usadas para montar uma orgia econômica de superavit inexistente. Refiro-me aqui às plataformas de Petrobras que foram fabricadas aqui, "exportadas" e depois "importadas" sem nunca ter deixado o Brasil.

    Movimentos sociais e supostos grupos antropológicos que desrespeitam as leis e prejudicam o país como um todo (movimento dos sem terra, quilombolas e índios).

    Essa empresa ACS então, cujo único objetivo é dar uma sobrevida à sucateada e defasada indústria de foguetes da Ucrânia, sem nenhum benefício para o Brasil, é o exemplo mais patético.

    Empresas estrangeiras usufruindo de benefícios que deveriam ser exclusivos de empresas nacionais, e por aí vai...

    E como nenhum desses erros justifica outros, o Duda, como sempre, observou bem. Foi dinheiro público do FINEP que possibilitou o desenvolvimento da turbina. Não sei efetivamente se existe algum tipo de limitação contratual nos financiamentos de projetos dessa instituição. Caso não exista, é no mínimo mais um daqueles casos de não ser ilegal, mas ser imoral...

    Estamos realmente ao Deus dará !!!

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  2. Parece que nosso governo financia para fora, ou seja, ao inves de pegar nos cientistas e incentiva-los a fazer pesquisa em prol do programa do pais, tentando encaixar as descobertas feitas no contexto cientifico brasileiro (como faz os EUA, ate pegando em pesquisadores de fora), da uma esmolinha aqui e outra ali sem exigir prestacao ou retorno... quanto mais fazer isso pensando na pesquisa ja existe no pais procurando acumular o nosso know-how em tecnologias sensiveis. Parece que as eleicoes sao mais importantes, e o pouco que se da nao parece ser aproveitado para nos mesmos.

    Isso vai desde coisas como essa ateh o CsF (ciencia sem fronteiras) que parece que esta enriquecendo outros paises visto que o planeamento do pais em relacao a absorcao dos jovens brasileiros que vao para fora eh mediucre (para nao dizer ruim). A pouca ciencia que se faz se vai tornando obsoleta pela falta de aproveitamento, ou outro pais preparado acaba absorvendo o conhecimento atraves dos convites que fazem aos nossos cientistas. Agora essa noticia que pode estar sendo vendida uma tecnologia, nao somente criada por um brasileiro, mas feita em nosso proprio pais e com o NOSSO dinheiro, para fora eh o cumulo dos absurdos.

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  3. O que caracteriza uma ditadura populista "moderna", não é a ausência de eleições, mas sim uma combinação de: programas assistencialistas identificados, voto obrigatório, urnas facilmente manipuláveis e uma população mal informada e sem educação de qualidade. Tudo isso aliado ao circo, é claro, com grandes estádios de futebol, grandes obras arquitetônicas, heróis bolivarianos e outras coisas do gênero

    Conhecem algum lugar assim ???

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  4. Você está agindo de forma irracional e precipitada.

    Li há alguns meses em uma revista (acho que na Superinteressante, mas não tenho certeza) que foi com muito custo que essa empresa conseguiu concluir este projeto e que depois estava com dificuldades de encontrar parceiros para transformá-lo num produto comercial.

    Então, antes de acusar o responsável pelo projeto deveria ao menos tê-lo contatado para saber mais detalhes da situação. Quem te garante que ele não procurou a Avibrás ou mesmo a Embraer e estas recusaram a parceria?

    Muito leviano acusar sem saber o que realmente aconteceu.

    Outra coisa que me lembro dessa matéria, ainda que vagamente, é que a empresa também tem parado o projeto de uma turbina maior que poderia ser utilizada em aeronaves comerciais e que também teria como diferencial a grande eficiência. Mas adivinhem? A empresa não conseguiu apoio, seja público ou PRIVADO, para concluir o projeto, que parou na fase dos testes para certificação. E não custaria caro para realizar estes testes, ao em torno de 100 milhões de dólares.

    Por que será que a Embraer não apoio o projeto, ela que é totalmente dependente de turbinas importadas?

    Portanto, ao invés de apedrejar esse cidadão, vocês deveriam aplaudi-lo de pé por ter conseguido chegar onde chegou tendo recebido o pouquíssimo apoio que recebeu.

    Por que não procuram esse Sr. para entrevistá-lo e depois publicam a entrevista aqui?

    Apesar de fugir do tema central do Blog acho que seria o mínimo a se fazer para compensar esse ataque descabido, além de contribuir para divulgação dos projetos.

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  5. Não tenho certeza, mas acho que não é bem visto pelos EUA e outros países que a Embraer patrocine ou doe dinheiro para pesquisa em turbina no Brasil. Caso ela faça isso, sua vida seria enormemente dificultada por embargos e etc...
    O CTA mesmo tem um projeto de turbina de pequena potência, TAPP, que foi projetada e usinada sem nenhuma ajuda de financiamento da Embraer. Ela ainda é de pequeno porte, mas já poderia ser usada em VANT e é um grande passo para turbinas maiores.

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  6. Acho que o Duda está meio que no piloto automático em relação a política brasileira e não poderia ser diferente, esse país já esta contaminado até a tampa pela corrupção e pelo mau uso do dinheiro público, claro que o leitor Rodrigo pode ter razão e nesse caso certamente o Duda vai buscar a fundo.

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    1. Olá Digotorpedo!

      Não ia responder ao comentário do Rodrigo por achamos desnecessário, já que ficou claro que a precipitação foi dele. Não só por julgar que estivéssemos atacando ao Sr. Luís Klein (o que não é verdade) como também ter esquecido (convenientemente ou não, sabe lá Deus) a informação da matéria de que o projeto foi desenvolvido com recursos da FINEP, ou seja, recursos públicos, recursos do povo brasileiro. Apenas dissemos que não concordávamos com a intenção do Sr. Luis Klein de buscar uma parceria com uma empresa estrangeira visando a fabricação dessa microturbina, principalmente tendo o Brasil uma empresa especialíssima em mísseis como a Avibrás. Em momento algum acusei ninguém, e creio que dificilmente (a não ser se houver alguma interferência política) uma empresa como Avibrás recusaria uma parceria como essa, e mesmo que isso fosse verdade, existem outras empresas que trabalham com misseis no Brasil, como a MECTRON/ODEBRECHT, que certamente se interessaria por algo assim.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  7. Duda como tudo que acontece as coisas não são tão simples quanto parecem...

    O pessoal da Polaris é do mesmo grupo original que desenvolveu a turbina T1000 no ITA/CTA que foi apresentada ao Presidente Lula.

    Parte da Turma saiu da asa da FAB e constituiu uma empresa para comercializar o conhecimento de turbinas aeronáuticas com injetores de plasma.

    Acontece que a empresa não é bem assimilada pelo Comando da Aeronáutica que tem como conceito na sua liderança atual (Brigadeiro Saito e seus Brigadeiros de confiança) que turbinas de aviação são COMMODITYS e seu domínio tecnológico e custo de desenvolvimento não interessa a sua força e isto foi dito quando da escolha do Gripen no FX-2.

    A Polaris JÁ colabora com a Avibrás atraves da cessão da tecnologia de uma turbina maior a TJ1000 que servirá de motor ao futuro míssil de cruzeiro do Exército Brasileiro AV-TM 300 no sistem Astros 2020, com alcance de pelo menos 300 KM uma versão genérica brazuca do famoso míssil de cruzeiro TOMAHALK americano (que por isso eu chamo o nosso futuro genérico de TACAPE).

    Mas a oposição política do Comando da Aeronáutica e do MD a liderança da empresa Polaris se EXPRESSOU na não inclusão da Polaris no projeto INOVADEFESA AÉREA como empresa estratégica e as declarações do sr, Comandante da Aeronáutica que a FAB não está interessada em produzir no Brasil os motores das suas aeronaves.
    Em declarações anteriores do Sr. Luiz Klein ele já declarou que sua empresa tem tecnologia para produzir uma turbina militar para um caça supersônico só que precisaria de um enorme investimento para as certificações internacionais que são exigidas para exportação deste tipo de produto.

    Duda coloque-se no lugar dele, ele deve estar TÃO INDIGNADO na área dele quanto você está com a sua e eu não sei se estas declarações ou exposição externa da tecnologia mais nova e rentável da Polaris não é um jogo de forçada de barra ou uma última tentativa da empresa de colocar sua situação ESPECIAL na pauta do governo ACIMA das pessoas que estão bloqueando/sufocando o desenvolvimento da Polaris. Ele não está fazendo isso de GRAÇA...

    Conselho, tente um contato com o pessoal da Polaris e verás o que o governo fez a empresa para levá-lo a este CLARO EXTREMO...

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    1. Olá Gilberto!

      Não sei como você teve acesso as essas informações, mas se verdadeiras forem explicaria a intenção do Sr. Luís Klein de buscar uma parceria com uma empresa estrangeira visando a fabricação dessa microturbina. Entretanto é errado e em minha opinião injustificável, já que o Sr. Klein deveria ter analisado melhor a situação antes de desenvolver algo assim com recursos públicos. Afinal ele poderia encontrar parceiros mesmo estrangeiros e desenvolver essa microturbina, mas não, ele optou ao que parece convenientemente pelo financiamento público. Diante disso como já disse está errado.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  8. Parabéns a todos vocês pelos comentários,( lí todos) apesar de que não concordo com alguns, pelo menos são comentários inteligentes. Mas, acredito que só saberemos da verdade para formar opinião se formos buscar os fatos na fonte, isto é com o Sr. Klein. Fica a dica, que aliás, já foi feita pelo gilberto Rezende.

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  9. bem li todos os comentarios , bem so bola fora como muitos dizem ou sapo.
    Mas um pais rico quer dizer pobre como esse , bem que tinha outras pesquisas para que esse imenso pais precisa principalmente na saude ,. nao sou contra as pesquisas espaciais , mas que se fosse pra pesquisas , mas outras . mas não nao posso descordar , porque todo mundo que ter sua arminha em casa . mas com toda essa briga onde fica a avibras e afamagerada engesa , bem vou ficando por aqui

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  10. Start-up; Polaris; motor a jato não é turbina; tomahawk

    Atrevo-me a tentar entender a notícia e os comentários. De logo, denota-se que, o autor da matéria e os comentaristas dela, notícia, aparentam ser de pessoas letradas; no entanto, sem primevo conhecimento do que falam.

    Isto porque, se a revista Exame, na pessoa do Maurício Grego, diz que ‘Brasileiro Criam Microturbina Para Mísseis’, e os comentaristas repetem turbinas, nem um, nem os outros, sabem o que estão falando. E não se baseiem na terminologia da aeronáutica quando fala de turbina aeronáutica de pequena potência. Eles tem o jargão de chamar motor à reação de turbina. Nós não somos militares; portanto, devemos utilizar corretamente as palavras para não provocar equívocos.

    Turbina é um dos componentes de motor a jato, também chamados de motor à reação ou reator. Se o autor da matéria, bem como os seus comentaristas, não sabe(m) disto, deve-se desprezar um e outros.

    E o que dizer do comentarista que fala “TOMAHALK”?

    Pergunte-se, ainda: o Maurício Grego e os comentaristas de sua notícia sabem que a Polaris é uma empresa “start-up”? Sabem o que o anglicanismo significa? Falem sério!

    A Polaris como empresa start-up, e como tal, descapitalizada. Daí, não tem qualquer proximidade com o mercado, ou com nichos de compradores estratégicos , e, menos, ainda, relações comerciais. Estes deveriam ser os primeiros passos para se consolidar como empresa fabricante de tecnologia de motores à reação de pequena potência, passos estes antecedidos de Branding e Live Marketing. A Polaris não é uma TGM Turbinas ou Avibrás, ainda; mas, tem pessoal e tecnologia para ser uma das maiores do mundo no seu míster. Eu, verdadeiramente, acredito nisto.

    Com isto, a Polaris estaria fortalecida, e em condições de buscar novas frentes de negócios, parcerias e aquisições no mercado internacional. Sobremaneira, parceria e/ou aquisição da empresa francesa fabricante de mini reatores, única concorrente direta no mundo.

    Neste novo patamar, a Polaris teria condições de limpar o pó que cobre seu protótipo de motor a jato de grande potência, podendo desenvolver e inovar novos projetos. E o mundo, em vez dos cinco únicos fabricantes de reatores de grande potência, veria surgir o sexto, e brasileiro.

    Quem não vivenciou, ou vivencia a indústria de material bélico, eufemisticamente chamada de material de defesa, não sabe que se trata de uma verdadeira guerra. Nem sempre vence o mais forte. Às vezes, quem vence é o mais lépido, arguto, oportunista e, nas mais das vezes, aquele que está com o produto certo, no preço certo, na hora certa. Fineza não objetarem o ‘Caso MBT Osório versus MBT M1Abrams” - Arábia Saudita – Falência da ENGESA.

    Alguns dizem, até, que, os meios justificam os fins. Nesta seara vamos falar de caixa 2, propina, mimos, politicagem e o mais. Vocês sabem qual é o percentual institucionalizado na China para negócios com o governo?

    O Brasil é grande e vai ser maior, bem maior. Poderia adentrar um pouco mais; porém vou aguardar nova oportunidade para dizer como.

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