Oficina Reúne Propostas Para a Utilização de Satélites de Defesa
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada ontem (01/11) no site da
Força Aérea Brasileira (FAB), destacando que as propostas
de utilização para os Satélites Nacionais de Defesa foram apresentadas ontem
durante a realização da oficina aqui anunciada anteriormente.
Duda Falcão
TECNOLOGIA
Oficina Reúne Propostas Para a
Utilização de Satélites de Defesa
Agência Força Aérea
01/11/2013 - 15h15
Fotos: Sgt Marllon/BAGL
As propostas de
utilização para os satélites nacionais de defesa foram apresentadas nesta
sexta-feira (01/11) na Escola Superior de Guerra, no Rio de Janeiro. A
atividade encerrou a Primeira Oficina de Sistema Espaciais de Defesa que reuniu
cerca de 60 profissionais civis e militares de diversos órgãos do governo
federal, como Agência Espacial Brasileira, o Centro Gestor e Operacional do
Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM) e o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE). A oficina faz parte do Programa Estratégico de
Sistemas Espaciais (PESE), um sistema do ministério Defesa que vai atender
as demandas das Forças Armadas e a programas dos demais ministérios do governo
brasileiro.
Os Comandantes da
Marinha, Almirante de Esquadra Julio Soares de Moura Neto, e da Aeronáutica,
Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito, representantes do ministério da Defesa,
acompanharam a apresentação. Oficiais-generais do Alto Comando da Aeronáutica e
das Forças Armadas também assistiram às explicações do grupo de trabalho.
A situação atual e
o levantamento de necessidades não atendidas nas áreas de comunicações,
observação da terra, mapeamento de informações e posicionamento foram os
principais temas a nortear os trabalhos durante os quatro dias de palestras
técnicas, debates e discussões em grupo entre engenheiros e técnicos da área.
Para a gerente
substituta do Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM) de Manaus, Solange dos
Santos Costa, este passo é fundamental para o Brasil planejar como vai utilizar
os satélites nacionais.
“É igual ao processo de
compra de um carro. Primeiro você precisa saber dirigir para tirar o melhor
proveito do produto”, compara a geóloga. Segundo ela, o evento apontou as reais
necessidades do sistema sensor e mostrou a real aplicação dos recursos que
serão gerados a partir do satélite. No caso da Amazônia, as imagens serão
usadas na identificação de desmatamentos, extração mineral, entre outras
informações que são usadas para apoiar os órgãos de inteligência.
Questão de Soberania –Para o presidente da Comissão de Coordenação e
Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), órgão da FAB que organiza o evento,
Major-Brigadeiro do Ar Carlos Vuyk de Aquino, a oficina reforça a nítida
necessidade de desenvolver um sistema espacial brasileiro e autônomo. “A
questão da soberania vamos alcançar quando tivermos plena autonomia sobre esse
tipo de atividade”, avalia o oficial-general. Atualmente, as Forças Armadas
utilizam plataformas baseadas em tecnologias internacionais.
O PESE é um sistema do
ministério Defesa que vai atender as demandas das Forças Armadas e a programas
dos demais ministérios do governo brasileiro. A utilização dos satélites vai
proporcionar trafegar informações estratégicas com segurança e por meio de
banda adequada. O programa trabalha com horizonte de 20 anos. O primeiro
satélite de comunicações e defesa deve ser lançado em 2016. Segundo o
oficial-general, a questão é conseguir atender todos os serviços com tecnologia
nacional. “Vai ser mais lento, mas é necessário. Vamos ter condições de
resolver nossos problemas com tecnologia própria”, afirma.
Saiba Mais: O Programa Estratégico de Sistemas Espaciais
(PESE) é um programa criado para atender necessidades estratégicas das Forças
Armadas e da sociedade brasileira. A coordenação e implantação dos sistemas
espaciais foi atribuída pelo Ministério da Defesa e pelo Comanda da Aeronáutica
para a Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE). O
objetivo do PESE é prover infraestrutura espacial para ser usada
estrategicamente e de modo potencializador no Sistema de Gerenciamento da
Amazônia Azul (SISGAAZ), no Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras
(SISFRON), no Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA), no Sistema
de Proteção da Amazônia (SIPAM) e afins.
Comandante da Aeronáutica acompanhou os resultados apresentados no evento. |
Geóloga Solange dos Santos Costa durante explanação na oficina. |
Para Major-Brigadeiro Aquino é necessário um sistema autônomo na área. |
Fonte: Site da
FAB
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