LNLS Promove Workshop Sobre Novo Aceler. de Partículas
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (27/06) no site da
“Agência FAPESP”, destacando que Laboratório
Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), de Campinas, irá promover dia 28/06 workshop
sobre o novo Acelerador de Partículas.
Duda Falcão
Notícias
LNLS Promove Workshop Sobre
Novo Acelerador de Partículas
27/06/2013
Foto: LNLS
Técnicos do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, em Campinas, apresentarão a empresas interessadas os desafios tecnológicos envolvidos na obra do Sirius |
Agência
FAPESP – O
Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), de Campinas, no interior de São
Paulo, busca empresas brasileiras para participar da construção de Sirius, a
nova fonte de luz síncrotron, de 3ª geração, que deverá substituir a fonte
atual, chamada UVX, em operação desde 1997. No dia 28 de junho, o LNLS
promoverá o workshop Parcerias Sirius, para apresentar a potenciais parceiros
os desafios tecnológicos envolvidos na construção daquele que é considerado um
dos grandes projetos da história da ciência do Brasil.
A
expectativa é que ao menos 70% do projeto seja feito com a participação de
empresas e parceiros brasileiros, sem contar a obra civil propriamente dita,
que deverá ser 100% nacional.
Com custo
estimado em R$ 650 milhões, o projeto será financiado em parte pelo Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). “Nosso objetivo é que a construção do
Sirius tenha o envolvimento de empresas brasileiras no desenvolvimento
tecnológico e na fabricação [de seus componentes]”, afirmou Antonio José Roque
da Silva, diretor do LNLS.
De acordo
com ele, cerca de 40 empresas já se inscreveram para o workshop. “Selecionamos
um conjunto de desafios, que podem ser conferidos na página do projeto na
internet”, afirmou ele. Entre os 29 desafios, há, por exemplo, “monitores
fluorescentes de perfil de feixe de elétrons” e “desenvolvimento de fontes de
corrente de baixa potência”.
Na última
semana de maio, começaram os trabalhos de terraplanagem do terreno
desapropriado pelo governo do Estado de São Paulo onde será construída a nova
fonte síncrotron, um anel com 518 metros de circunferência, em um prédio do
tamanho de um estádio de futebol.
Voltado para
a pesquisa científica, o equipamento funciona como um enorme microscópio, que
permite que estudiosos de áreas diversas enxerguem a estrutura molecular dos
materiais ao iluminá-los com a radiação da luz síncrotron. Segundo Roque da
Silva, há cerca de 60 fontes de luz síncrotron no mundo. Por suas
características técnicas, Sirius será o único de 3ª geração na América Latina.
O novo acelerador permitirá, por exemplo, o estudo detalhado das propriedades
do aço, chegando até os átomos desse material.
Segundo Roque
da Silva, o LNLS busca desenvolver um modelo-piloto para a parceria de empresas
e projetos do gênero. “Já fizemos uma primeira prospecção, inicialmente com
empresas que identificamos como interessadas, e chegamos agora ao workshop e à
página na internet, para dar uma amplitude maior na busca de parceiros”, disse.
Na construção do primeiro acelerador, entre 1987 e 1997, não houve esse tipo de
parceria.
“O primeiro
acelerador foi praticamente todo feito dentro do laboratório, até por
características daquele momento, como inflação alta, dificuldade de importação
e incertezas financeiras”, afirmou Roque da Silva. “O que estamos fazendo de
inovador agora é tentar buscar parceiros na indústria nacional para o
desenvolvimento.”
Já há duas
parceiras para o projeto, segundo Roque: a empresa Weg, para a construção de
ímãs, e a Tecnomecânica, que fornecerá tubos de cobre que pedem laminação
diferenciada. “Pretendemos assinar convênio com essas duas empresas nesta
sexta-feira”, afirmou Roque. “Também temos muitas empresas com conversas
adiantadas. Vamos continuar a busca por parceiros até atingir a meta que
colocamos dos 70% [de participação nacional].”
O projeto
prevê a construção dos aceleradores de elétrons e de 13 linhas de luz, como são
chamadas as estações de trabalho nas quais os cientistas fazem suas pesquisas
com a luz produzida no anel. “Esse número garante uma continuidade de uso por
parte dos usuários em um padrão muito superior ao que conseguimos fazer hoje”,
afirmou Roque da Silva. A fonte atual, de 2ª geração, atende mais de 1,5 mil
pesquisadores por ano e é usada por grandes empresas como Petrobras e Braskem.
A previsão,
segundo o diretor do LNLS, é de que o primeiro feixe de luz de Sirius seja
emitido em meados de 2016 e que os pesquisadores comecem a usar o equipamento
em 2017.
Mais
informações: http://lnls.cnpem.br/parceirossirius/.
As empresas interessadas em participar do evento devem confirmar presença pelo
e-mail parceiros.sirius@lnls.br
Fonte: Site da Agência FAPESP
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