UnB Inaugura Hoje Estação de Monitoramento com a Rússia
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada ontem (18/02) no site da “Universidade
de Brasília (UnB)” destacando que como já havíamos anunciado a Universidade de Brasília
(UnB) inaugura hoje (19/02) uma estação de monitoramento em parceria com a
Rússia.
Duda Falcão
INOVAÇÃO
UnB Inaugura Estação de Monitoramento
em Parceria com a
Rússia
Nova tecnologia russa de posicionamento global vai
ampliar pesquisas da UnB em engenharia aeroespacial
UnB Agência
Cristiano
Da Secretaria de Comunicação da UnB
18/02/2013
Fotos: Emília Silberstein/UnB Agência
Será inaugurada nesta terça-feira, 19 de fevereiro, na
Universidade de Brasília, a primeira estação fora da Rússia do sistema de
monitoramento e correção diferenciada, que integra o Global Navigation
Satellite System (Glonass). Semelhante ao Global Positioning
System (GPS), a rede de informações localiza posições na superfície
terrestre usando 22 satélites espalhados pela órbita do planeta.
Nesta terça-feira, às 11h, será feita uma apresentação do
projeto para autoridades convidadas e para a imprensa, no Centro de Informática
da Universidade. Ocorrerá ainda uma visita ao local onde está instalada a nova
tecnologia. Estarão presentes o vice-chefe da Agência Espacial Federal da
Rússia (Roscosmos) Sergey Saveliev, o diretor geral da JSC (Sistemas Espaciais
da Rússia) Andrey Chimiris, o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB)
José Raimundo Coelho e a vice-reitora da Universidade de Brasília, no exercício
da Reitoria, Sônia Báo.
Para Sônia Báo, a instalação da base na UnB vai
beneficiar pesquisas na área aeroespacial, desenvolvidas nos laboratórios de
Automação e Robótica (LARA) e de Biomédica (LAB) da UnB. “É um campo importante
de estudos que se amplia para a instituição e sabemos que outros projetos virão
a seguir”, explicou.
Ícaro dos Santos, coordenador do LAB, disse que a escolha
da Universidade para ampliar o projeto se deve ao reconhecimento da expertise
dos laboratórios instalados na Instituição. “Além disso, para eles é importante
ter uma estação localizada num país como o Brasil, com o clima que nós
possuímos, posicionado no hemisfério contrário à Rússia e próximo à Linha do
Equador”, relatou.
Especialistas ouvidos pela UnB Agência explicaram que a
ampliação do sistema – iniciada com a inauguração na UnB – permitirá que o
Glonass se torne mais eficiente que a tecnologia norte-americana do GPS.
“Quando o projeto estiver concluído, em 2020, a precisão dos cálculos de
posicionamento no planeta será melhorada em até 10 vezes. Teremos acesso aos
dados brutos fornecidos pela estação. Assim, serão beneficiadas todas as nossas
pesquisas sobre navegação de robôs, foguetes e veículos aéreos não tripulados,
por exemplo,”, disse o professor.
A base russa na UnB é parte de uma parceria entre a
Agência Espacial Russa (Roscosmos), a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a
UnB. O acordo de cooperação foi firmado em fevereiro de 2012, depois da
aproximação feita por José Montserrat Filho, físico e chefe da Assessoria de
Cooperação Internacional da AEB.
Emília Silberstein/UnB Agência
ESTAÇÃO – Três especialistas
russos vieram a Brasília no início deste mês para instalar a estação no telhado
do novo prédio do Centro de Processamento de Dados (CPD). O equipamento trazido
da Rússia conta com uma antena e dois racks com processadores, um para receber o sinal e outro
para transmitir informações para sede do projeto, na Rússia.
O desenvolvimento do sistema começou na União Soviética
em 1976 com os primeiros satélites lançados em 1982. A constelação do Glonass é
composta hoje por 22 satélites e está espalhada equidistantemente em três
níveis orbitais com oito satélites em cada. Até 2020, a Roscosmos espera ter 56
estações semelhantes a esta montadas na UnB. Outras 22 estações iguais às da
UnB já funcionam em território russo, uma delas na Antártida.
Ivan Revnivykh, líder de engenharia da JSC Russian Space
Systems, garante que o projeto facilitará qualquer engenharia de precisão como
atracamento de navios e a construção de estradas e prédios, todos voltados para
fins civis. “Até o momento, temos excelente cobertura nos pólos norte e sul. As
novas estações fora da Rússia precisam ser em regiões relativamente próximas à
Linha do Equador, como aqui em Brasília”, explica.
SATÉLITES – A UnB deve instalar
também outro sistema, este de monitoramento de satélites, numa parceria
acertada nesta segunda-feira, 18 de fevereiro, com representantes da Agência
Espacial Federal da Rússia (Roscosmos) e da empresa Open Joint-Stock Company,
do país asiático.
Estiveram na Universidade com a vice-reitora, em
exercício da Reitoria, Sônia Báo, o vice-representante no Brasil da Roscosmos
Gennady Saenko, o diretor geral da empresa, Jury A. Roy, o vice-diretor Yuriy
Milovanov e a chefe de departamento Irina Orlovskaya. O coordenador do LAB,
professor Ícaro dos Santos, também participou da reunião.
O projeto vai permitir a instalação de um sistema ótico a
laser para localização de veículos espaciais (satélites). Um grupo de 60 países
já estão no projeto, que deve agora contar com a participação do Brasil. “Para
nós, é estratégica a inclusão do país, dada às condições de observação do céu
aqui oferecidas”, esclareceu o diretor-geral da empresa russa Jury A. Roy.
“A estação emite um raio laser que é refletido pelo
satélite e nos permite localizar com precisão o equipamento, bem como saber se
o funcionamento do veículo espacial está de acordo o previsto”, disse o
professor Ícaro dos Santos. “O importante a destacar é que este é mais um
projeto que coloca a UnB na vanguarda da pesquisa em tecnologia de ponta”,
concluiu Sônia Báo.
Fonte: Site da Universidade de Brasília (UnB)
Comentário: Bom leitor, como você pode notar essa notícia
esclarece que não será toda a cúpula da ROSCOSMOS e nem o diretor (chefe) da
agência que virá ao Brasil, o que em nossa opinião deve diminuir as possibilidades de novos acordos espaciais
significantes. Entretanto, vamos aguardar a passagem dos Russos pelo Brasil
para ver o que de concreto vai acontecer. Quanto a estação, acredito que esse contato da UnB com o Russos por sí só já é um grande passo, justificando assim a instalação desse equipamento, pois pode abrir uma série de oportunidades futuras para a universidade e seus pesquisadores e alunos, e espero e torço que os mesmos saibam tirar proveito dessa aproximação.
UnB mais uma vez se destacando no setor aeroespacial. O desenvolvimento do propulsor iônico para a missão Áster e agora uma estação de monitoramento. Isso aumenta ainda mais minha vontade de cursar engenharia aeroespacial pela UnB.
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