Lab Natural do INPE Fará ECO Estudos de Longa Duração
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (22/02) no site do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que Laboratório
Natural no INPE possibilitará estudos ecológicos de longa duração.
Duda Falcão
Laboratório Natural no INPE Possibilitará
Estudos Ecológicos de Longa Duração
Sexta-feira, 22 de Fevereiro de 2013
Um grande laboratório natural começou a ser implantado
nesta sexta-feira (22/02) na unidade do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE) de Cachoeira Paulista (SP). O lançamento do projeto Mata
Nativa, em parceria com a Associação Corredor Ecológico do Vale do Paraíba
(ACEVP), possibilitará o reflorestamento de 23,7 hectares e a realização de
pesquisas com o objetivo de produzir um modelo de recuperação de áreas
degradadas e de avaliar o impacto do reflorestamento no ciclo hidrológico e no
balanço de nutrientes, em uma bacia de drenagem.
A iniciativa, que ocupará cerca de 2% da área total do
INPE de Cachoeira Paulista, também possibilitará a redução de 20% da Pegada de
Carbono do Instituto, por meio do plantio de 36 mil mudas de espécies vegetais
da Mata Atlântica. Para zerar a Pegada de Carbono do INPE (medida das emissões
de CO2 produzidas por deslocamentos aéreos e terrestres) seria
necessário o reflorestamento de 105 hectares.
“A emissão de carbono é muito relevante, mas é importante
salientar que o replantio de árvores tem um valor ecológico e ambiental que
extrapola, vai além dessa questão”, explicou o pesquisador Jean Ometto,
coordenador do projeto pelo INPE. “Além de compensar as emissões, temos que trabalhar
para a sua diminuição”.
Serão plantadas 80 diferentes espécies nativas da Mata
Atlântica, entre elas amendoim-bravo, ipê-roxo, paineira, pau-viola,
jequitibá-rosa e sangra-d’água. Durante a vigência da parceria, de dois anos,
serão realizados experimentos e pesquisas no local. Entre as pesquisas
previstas estão a dinâmica de nutrientes, a fixação de carbono e as taxas de
crescimento das espécies. A partir desses estudos será possível propor
métricas, protocolos de coleta e amostras, além de um modelo de recuperação
florestal que poderá ser replicado.
O local do reflorestamento será utilizado ainda para o
incentivo à educação ambiental na região de Cachoeira Paulista. “Nossa ideia é
criar o “bosque dos alunos e docentes”, onde todos poderão plantar sua árvore e
acompanhar o processo de recuperação da mata e suas implicações e efeitos”,
afirmou Ometto.
Para o presidente da ACEVP, José Luciano Penido, o
projeto Mata Nativa é uma oportunidade de aproximar a sociedade do conhecimento
científico na área ambiental. “Estamos unindo esforços em direção à realização
de um sonho maior, que é recompor a Mata Atlântica e preservar os aspectos
culturais da região”.
“Esse grande laboratório natural representa uma inovação
em termos de projetos do INPE na área ambiental, uma vez que, atualmente, as
linhas de pesquisa do nosso Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST) - que
abriga o Mata Nativa - extraem dados da natureza, como eles se apresentam”,
afirmou o diretor do INPE, Leonel Perondi. “Aqui serão gerados dados para
subsidiar o desenvolvimento de uma metodologia reprodutiva para biomas
degradados. A proposta se insere perfeitamente na missão do CCST, de gerar
conhecimentos interdisciplinares para o desenvolvimento nacional com equidade e
para redução dos impactos ambientais no Brasil e no mundo, fornecendo
informações técnico-científicas de qualidade para orientar políticas públicas
de mitigação e adaptação às mudanças ambientais globais”.
Diretor do INPE, Leonel Perondi, durante o lançamento do projeto Mata Nativa |
Fonte:
Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
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