Cientistas Destacam Apoio Histórico de Dilma à C&T
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia publicada hoje (26/02) no site do
“Jornal da Ciência” da SPBC destacando que cientistas destacaram apoio
histórico da presidente Dilma Rousseff a Ciência e Tecnologia.
Duda Falcão
Notícias
Cientistas Destacam Apoio Histórico de
Dilma à Ciência e Tecnologia
Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia tem
papel reforçado em reunião no Planalto
Viviane Monteiro
Jornal da Ciência
26/02/2013
Demorou, mas compensou. É assim que cientistas analisam a
reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), realizada na
quarta-feira, 6 de fevereiro, com a presença da presidente Dilma
Rousseff, pela primeira vez em seu governo. Esse foi o segundo encontro do
colegiado no governo Dilma. O primeiro encontro do conselho - comandado pelo
Palácio do Planalto - ocorreu em dezembro de 2011, sem a presença da
presidente.
O que mais chamou a atenção dos cientistas-membros do CCT
foi o compromisso de Dilma de se reunir com o colegiado, pelo menos, três vezes
por ano, o que representa um marco na história do conselho. Desde sua
criação, na década de 1980, o colegiado se reúne apenas uma vez por
ano. O CCT é formado por cientistas, ministérios e representantes do
setor industrial.
No entendimento dos cientistas, esse posicionamento de
Dilma reforça o papel do CCT para o qual foi criado, de traçar diretrizes e
fortalecer a política de ciência e tecnologia no País. Outro ponto destacado
pela comunidade científica na reunião, dentre outros, foi o pedido de Dilma
para o colegiado desenvolver para área de biotecnologia nacional, setor com
forte potencial de crescimento no Brasil e que movimenta trilhões de dólares no
mundo.
Próximo Encontro - A
prestação de conta dessas medidas deve ser feita a cada
trimestre. Assim, o próximo encontro ficou agendado para daqui a
quatro meses (junho), aproximadamente, quando o colegiado apresentará resultado
das demandas solicitadas pela presidente da República.
Por unanimidade, os cientistas presentes ao encontro
elogiaram, também, o interesse de Dilma em acompanhar atentamente a reunião do
começo ao fim - das 11h às 13h30. "Isso mostra que a área de ciência e
tecnologia passa a ter uma participação maior no Conselho ligado à presidente
da República", avaliou Hernan Chaimovich, vice-presidente da Academia
Brasileira de Ciências (ABC). "Esse é um compromisso essencial
porque o CCT começa a ter um papel que, até agora, não estava alcançando,
apesar da luta de muita gente", complementou Chaimovich, também professor
do Instituto de Química, da Universidade de São Paulo (USP).
Mudança de Paradigma -
Chaimovich concorda que o compromisso de Dilma com a área de ciência e
tecnologia, de estreitar as relações, representa uma mudança de paradigma nas
relações do Palácio do Planalto com o CCT. Outros cientistas-membros
do CCT que participaram da reunião são Helena Nader, presidente da Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), e seu vice-presidente, o físico
Ennio Candotti. Compareceram também o físico Rogério Cezar de Cerqueira Leite,
presidente do Conselho Administrativo da Associação Brasileira de Tecnologia de
Luz Síncroton; a professora Márcia Cristina Barbosa, do Instituto de Física da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) e Mario Neto Borges,
presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG)
e do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP).
Ao sintetizar os principais pontos da reunião, a
presidente da SBPC, Helena, considerou fundamental a atenção de Dilma às
posições apresentadas pelo colegiado sobre o Plano Estratégia Nacional de Ciência,
Tecnologia e Inovação (2012-2015), por exemplo. "A presidenta
Dilma tanto ouviu como prestou muita atenção às posições apresentadas pelos
membros. E ao final, ao invés de colocar um discurso preparado, ela falou de
improviso, mostrando claramente para todos que ciência é importante",
disse Helena, relatando que Dilma se mostrou atenta a ouvir o posicionamento
dos cientistas sobre os gargalos que impedem o desenvolvimento da ciência no
Brasil.
Apoio inédito -
Já Cerqueira Leite insistiu em dizer que o compromisso assumido por Dilma na
reunião do CCT representa um momento inédito na história do Conselho. "A
presidente está ouvindo os cientistas, isso é muito importante", salientou
Leite, também professor emérito da Unicamp, pesquisador emérito do CNPq e
membro do Conselho Editorial da Folha de São Paulo. "Nunca
houve apoio à ciência e tecnologia tão claramente definido no Brasil",
acrescentou, destacando o pedido da presidente de propostas "concretas ao
CCT", principalmente aos cientistas, para o desenvolvimento de áreas como
a biotecnologia e novos laboratórios de uso aberto no país (acessíveis a todos
os cientistas que tenham projetos viáveis e de boa qualidade).
Leite fez uma comparação do desempenho de um país que
segue rigorosamente as ponderações científicas daqueles que as
ignora. "A diferença é o atraso cultural e o atraso econômico quando os
governantes não escutam as pessoas que pensam, as pessoas competentes e as que
trabalham".
Apesar de corte de recursos para ciência e tecnologia previstos
na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2013, Leite reconhece que Dilma "está
colocando" mais dinheiro, por exemplo, na FINEP e no CNPQ, embora esse
último precise de um apoio financeiro adicional. Aliás, disse Leite, Dilma
entendeu o apelo de cientistas por recursos adicionais para o Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), ao sinalizar que
"pensaria no assunto".
Colaboração -
No geral, os cientistas entendem que a presidente Dilma busca a colaboração dos
membros do CCT para fortalecer os instrumentos de política científica e os
sistemas de ciência e tecnologia do país, com destaque para o CNPQ e
a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A
intenção é estimular a formação de capital humano em uma tentativa de alavancar
o Plano Brasil Maior - política industrial, tecnológica e de comércio exterior
lançada neste governo.
A professora do Instituto de Física da UFRS, Márcia
Barbosa, considerou fundamental o fato de Dilma querer a colaboração da
comunidade científica para buscar alternativas para o desenvolvimento da
ciência no país.
"Ouvir o que o cientista tem a dizer sobre como
fazer a transição de um país produtor de commodities para um país produtor de
ciência e tecnologia (agregação de valor aos produtos) é muito
importante", disse Maria.
Retomada de Atribuições -
O vice-presidente da SBPC, Candotti, avalia que o estreitamento das relações de
Dilma com o CCT representa a recuperação do papel para o qual o CCT foi criado
na década de 1980. "Em determinados momentos o CCT exerceu essa função (de
apoiar ciência e tecnologia), mas ele sempre depende do interesse do presidente
de atribuí-lo a essa missão, de fato", analisou Candotti.
Fonte: Jornal da Ciência de 26/02/2013
Comentário: Essa notícia realmente é das mais estranhas e
os comentários dos cientistas demonstra que eles acreditam numa mudança de
postura a partir de agora da presidente DILMA ROUSSEFF para com o setor de
ciência e tecnologia, mudança essa que eu particularmente não acredito, pois
ainda é baseada em promessas e não em ações. O fato da DILMA ter participado na
íntegra da reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) não
representa para mim muita coisa e pode ter sido motivada pela forte pressão que
a mesma vem recebendo da classe científica, já que esse afastamento poderia ser
péssimo politicamente num ano pré-eleição onde ela pretende se reeleger. Para
mim é ‘Jogo de Cena’ para ganhar tempo, mas como os cientistas estão mais
próximos e eu olhando de fora, vou esperar torcendo para que esteja errado. Agora
quero chamar a atenção do leitor para o aparente fato da não participação de
representantes do PEB nessa reunião do CCT, pelo menos ninguém ligado ao PEB
foi citado nessa reportagem. Ora leitor, quem cala consente e pode acabar
ficando fora do bolo.
E ainda tem gente que acredita que apenas os "ignorantes" são manipulados.
ResponderExcluirTemos exatamente o que merecemos, nem mais nem menos.
Só não vê quem não quer.