Projeto do ESO Continua na Casa Civil
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada dia (10/02) no blog do jornalista
“Herton Escobar” do jornal “O Estado de São Paulo”, destacando que a expectativa
sobre adesão do Brasil ao ESO aumenta, mas projeto continua na Casa Civil.
Duda Falcão
SEM CATEGORIA
Expectativa Sobre Adesão do Brasil
ao ESO Aumenta, Mas Projeto
Continua na Casa Civil
Herton Escobar
O Estado de S. Paulo
10 de fevereiro de 2013 - 20:17:35
A visita da presidente Dilma Rousseff ao presidente do
Chile, Sebastián Piñera, no mês passado, deixou a comunidade astronômica
brasileira ansiosa. Um dos temas tratados no encontro teria sido a adesão do
Brasil ao Observatório Europeu do Sul (ESO), localizado nos Andes chilenos. Ao fim
da reunião, Dilma disse em discurso que os países veem “com muita expectativa a
possibilidade de desenvolver a cooperação no que se refere à essa posição
estratégica que o Chile tem no que se refere aos observatórios astronômicos,
que é do imenso interesse do Brasil”.
Segundo o Estado apurou, porém, o acordo de adesão do Brasil
ao ESO continua em análise na Casa Civil, sem previsão oficial de quando será
encaminhado ao Congresso para ratificação. Nem a Presidência da República nem
os outros dois ministérios envolvidos (Ciência e Tecnologia e Relações
Exteriores) deram qualquer detalhe sobre a tramitação do processo.
O acordo foi assinado em dezembro de 2010, mas precisa
ser ratificado pelo Congresso para entrar em vigor. O contrato prevê o
pagamento de R$ 565 milhões em dez anos, em troca de acesso integral a todos os
observatórios do ESO no Chile e participação na construção do Telescópio
Europeu Extremamente Grande (E-ELT) – um projeto de EU$ 1 bilhão, que
depende ainda da adesão do Brasil e de mais um país europeu (Grã-Bretanha ou
Espanha) para ser construído.
O projeto final do E-ELT foi aprovado pelo Conselho do
ESO em dezembro (ilustração acima). Ele deverá ser o maior telescópio do
mundo, com um espelho primário de 39 metros de diâmetro, comparado a 8 metros
dos grandes telescópios atuais. “Temos luz verde para começar a construir assim
que tivermos os recursos necessários assegurados”, disse ao Estado Jochen
Liske, astrônomo do ESO, que também participou da conferência sobre cosmologia da USP.
A construção só terá início com 90% do orçamento
assegurado. Por enquanto, há apenas 60%. Um posicionamento do Brasil é esperado
para a próxima reunião do conselho, em junho. “É a primeira vez que o Brasil
tem papel determinante no desenvolvimento de um projeto desse porte na
astronomia mundial. Sendo assim, a comunidade brasileira espera que a tramitação
do processo na Casa Civil se processe rapidamente”, diz a astrônoma Beatriz
Barbuy, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da
USP.
Para mais detalhes sobre o caso Brasil-ESO-E-ELT, veja os
posts anteriores sobre o
assunto.
Fonte: Blog do “Herton Escobar“ - 10/02/2013 - http://blogs.estadao.com.br/herton-escobar
Comentário: Bom leitor há muita controvérsia dentro da
comunidade astronômica sobre esse projeto. O grupo do Astrofísico João Evangelista Steiner é contrario a adesão do Brasil a esse acordo com o
ESO, já o grupo da astrônoma
Beatriz Barbuy, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas
(IAG) da USP é a favor. É briga de cachorro grande e até agora ninguém ganhou,
pois o Brasil não ratificou o acordo. Quem está certo? Bom, só o tempo poderá
responder essa pergunta.
Acho que o Brasil tem que focar seus recursos nos projetos já existentes, claro que essa é uma oportunidade única mas não se pode querer "abraçar o mundo".
ResponderExcluirSe investir esse dinheiro no VLS teremos mais retorno.
Eu já concordo com o João Evangelista Steiner, que diz que o preço que o Brasil irá pagar nesse projeto daria para instalar varios pequenos observatórios de qualidade pelo país a fora.
ResponderExcluirCreio que a USP, o IAG, e os demais que são favoráveis ao projeto, só querem que se realize porque deverão ser os primeiros do Brasil a poder aceder ao telescópio. Porque dar o privilégio somente a alguns bons, ao invés de difundir o conhecimento e o acesso a muito mais pessoas?