Projetos Aprovados Pela FAPESP para o Setor Espacial


Olá leitor!

Segue abaixo uma lista com os nove projetos da área espacial que foram apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) no período de 1997 a 2008. Alguns desses projetos já foram finalizados e outros então em andamento e demonstram o quanto a setor espacial não está tendo o apoio que deveria de um país que seu governo vem alardeando como sendo um setor estratégico.

É verdade que existem outras fontes de recursos direcionadas para o setor como o FINEP, AEB, MCT, PAPERJ, FAPEMA, FAPERN, etc... e que o governo do presidente Lula tem direcionado mais recursos para o setor. No entanto os recursos ainda são insuficientes para um país que anseia atingir o completo domínio da tecnologia espacial.

O próprio inexpressível presidente da AEB, Carlos Ganem (quero deixar claro para o leitor que não tenho nada contra a pessoa do senhor Carlos Ganem, e sim quanto a sua gestão como presidente da AEB, que considero inexpressiva, ineficiente, atrapalhada e sem nenhuma justificativa que não seja de ordem política para que o mesmo continue no cargo) falou numa entrevista durante a realização da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) em Brasília, que o orçamento do Programa Espacial Brasileiro é risível, já que o mesmo é comparável com o orçamento do Programa Espacial Holandês, país menor que muitos estados brasileiros.

Já quanto aos projetos aprovados pela FAPESP, os mesmo tratam de diversas áreas de interesse do PEB como desenvolvimento de satélites e tecnologias associadas, propulsão líquida para foguetes e satélites, tecnologias associadas a plataforma SARA e outras tecnologias.

Consta também na lista o projeto do propulsor líquido (motor-foguete) que está sendo desenvolvido pelo grupo “Edge Of Space” que é coordenado pelo engenheiro aeronáutico “José Miraglia”, e que já foi abordado por diversas vezes aqui no blog.

O projeto que previa inicialmente em sua primeira fase o desenvolvimento de motores de até 20 N, teve agora sua segunda fase (PIPE 2) aprovada pela FAPESP que permitirá o grupo finalizar o propulsor líquido de 150 N e também desenvolver um novo propulsor líquido de 1000 N.

Duda Falcão

Projetos:


Título do Projeto: Desenvolvimento de Refrigeradores Baseados no Fenômeno Termoacústico.
Empresa: Equatorial Sistemas Ltda
Município: São José dos Campos
N. do processo: 97/07357-7
N. de Processo Vinculado: 97/12916-5 / 97/13711-8 / 99/11968-7
N. do Edital: 1 (julho/97)
Aprovado em: 28 nov. 1997
Início: 01 jan. 1998
Término: 31 ago. 2001
Resumo:
Os recentes avanços no desenvolvimento de detectores fotovoltaicos de ondas longas para imageadores instalados em satélites artificiais têm gerado uma demanda cada vez maior de sistemas criogênicos de refrigeração de alta confiabilidade e baixos peso e consumo de energia. Minirrefrigeradores criogênicos termoacústicos estão sendo desenvolvidos pelos principais centros de pesquisas espaciais do mundo como alternativa aos sistemas passivos de refrigeração (radiadores criogênicos) e aos refrigeradores termoelétricos. Recentes avanços também na área de microeletrônica, em especial microprocessadores, demandam refrigeradores miniaturizados, com alta confiabilidade e baixo peso. O minirrefrigerador termoacústico é constituído de um tubo de aço inox contendo uma mistura de gases (normalmente hélio e xenônio), um alto-falante instalado em uma de suas extremidades e um defasador termoacústico (DTA) posicionado no interior do tubo, na extremidade oposta. Ao acionar o alto-falante, são produzidos pulsos de compressão e descompressão do gás que originam trocas sucessivas de calor entre as várias camadas do DTA e o gás, de forma que, no final, é retirada uma quantidade de calor do DTA maior que a cedida. Essa tecnologia, além de ser muito promissora para aplicação espacial e na refrigeração local de microcircuitos, aparece também como uma alternativa para os refrigeradores domésticos.
Descritor(es): Criogenia
Linha de Fomento: Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas - PIPE
Endereço para acessaresta página: http://www.bv.fapesp.br/projetos-pipe/21/desenvolvimento-refrigeradores-baseados-fenomeno-termoacustico/



Título do Projeto: Plataforma Integrada Sensores Inerciais / GPS.
Instituição de Origem: Brasil. Ministério da Ciência e Tecnologia. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
Empresa: Navcon Navegação e Controle Indústria e Comércio Ltda
Município: São José dos Campos
N. do processo: 97/13014-5
N. de Processo Vinculado: 98/06464-7 / 00/11458-8 / 01/04704-5
N. do Edital: 2 (novembro/97)
Aprovado em: 29 abr. 1998
Início: 01 jun. 1998
Término: 30 jun. 2002
Resumo:
Este projeto de pesquisa visa integrar, em uma mesma plataforma, sensores inerciais e um receptor GPS de baixo custo, com o objetivo de determinação de trajetórias e atitude. Além da integração mecânica, também serão implementados os algoritmos, processamentos e tratamento de sinal necessários. Como resultado, espera-se ter, em uma plataforma de pequeno porte e massa, uma unidade capaz de oferecer resultados melhores do que seus componentes (GPS e sensores inerciais) quando atuam isoladamente com o mesmo fim. Além disso, a plataforma integrada compensa restrições que esses componentes possuem quando atuam isoladamente. O uso do receptor GPS isolado, por exemplo, pode não ser possível continuamente, devido a restrições geométricas temporárias de posicionamento. Outras causas temporárias de perda de sinal GPS ocorrem devido a falhas na transmissão do sinal. Também a freqüência de leitura do receptor GPS pode não ser suficiente em certos casos, e esta freqüência será substancialmente aumentada com sua integração com os sensores inerciais. A integração desses dois tipos de equipamento elimina essas deficiências. A fase 1 do projeto analisou a viabilidade dessa integração para uma gama variada de aplicações. Como resultado, pretende-se, na fase 2, construir um modelo pré-industrial do sistema que possua características modulares. Isto é, o atendimento a diferentes aplicações e especificações de precisão será feito, permitindo-se a substituição modular de alguns componentes do sistema, notadamente a plataforma de sensores inerciais. Desse modo, aplicações de baixa precisão poderão ser atendidas com sensores de baixo custo, sem que isso impeça a utilização do sistema em outras aplicações de melhor precisão, desde que se utilizando outros sensores de melhor qualidade.
Descritor(es): Sistemas aeroespaciais - FAPESP
Linha de Fomento: Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas - PIPE
Endereço para acessaresta página: http://www.bv.fapesp.br/projetos-pipe/57/plataforma-integrada-sensores-inerciais-gps/



Título do Projeto: Receptor GPS.
Instituição de Origem: Brasil. Ministério da Ciência e Tecnologia. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
Empresa: Navcon Navegação e Controle Indústria e Comércio Ltda
Município: São José dos Campos
N. do processo: 00/13452-7
N. de Processo Vinculado: 02/14093-6 / 03/09954-5 / 03/09955-1 / 04/13930-7
N. do Edital: 8 (novembro/00)
Aprovado em: 08 fev. 2001
Início: 01 abr. 2001
Término: 31 dez. 2004
Resumo:
O enorme crescimento da aplicação de Sistemas de Posicionamento Global (GPS) gerou a necessidade do domínio dessa tecnologia não apenas para aplicações, mas também para adaptação do projeto dos receptores para necessidades específicas. Essa necessidade se torna maior devido ao progresso na área de sensores inerciais de baixo custo, levando à crescente utilização de sistemas integrados GPS/ inercial. Essa é hoje a área de maior desenvolvimento em sistemas de posicionamento em todos os países desenvolvidos e mesmo nos emergentes. A empresa, em colaboração com pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), tenta acompanhar essa tendência com a execução, no âmbito do Programa Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas (PIPE), do projeto Plataforma Integrada GPS/inercial, em fase de conclusão. Como continuidade normal desse desenvolvimento, o projeto agora proposto visa ao desenvolvimento de receptores GPS a partir de chip sets disponíveis. Por meio do domínio das técnicas de projeto, o objetivo é eliminar restrições impostas à utilização dos receptores em aplicações de maior altitude e velocidade, como as espaciais, bem como permitir uma otimização de uso das técnicas de integração com sensores inerciais e outros. As restrições mencionadas anteriormente não se encontram no chip set usado para o receptor, mas no software firmware que determina a dinâmica da malha de rastreio dos sinais de satélites e, portanto, a capacidade de rastreio de um veículo com maiores velocidades e acelerações, e no software aplicativo que determina as coordenadas do veículo. Esse software pode ser alterado a partir do domínio dos algoritmos envolvidos. A possibilidade de utilização de um receptor GPS com várias antenas, ou de vários receptores GPS para determinação de altitude, teve grande impulso ultimamente por viabilizar a obtenção de maior precisão dos sistemas usando sensores inerciais de baixo custo, através de sua calibração em operação. Em projeto desenvolvido pela empresa mencionada anteriormente, essa última opção foi utilizada. Por meio do acesso à tecnologia de projeto do receptor, fica viabilizada a consideração da segunda opção, particularmente para aplicações espaciais, em que a redução de consumo e peso é mais importante que o custo.
Descritor(es): Sistemas aeroespaciais - FAPESP
Linha de Fomento: Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas - PIPE



Título do Projeto: Desenvolvimento e Qualificação de Propulsor Monoropelente de 5N para Satélite.
Empresa: Fibraforte Engenharia Indústria e Comércio Ltda
Município: São José dos Campos
N. do processo: 03/07755-5
N. de Processo Vinculado: 04/09381-8 / 04/10846-5 / 04/11203-0 / 04/11725-7
N. do Edital: 16 (julho/03)
Aprovado em: 30 mar. 2004
Início: 01 abr. 2004
Término: 31 out. 2006
Resumo:
A Fibraforte é responsável pelo fornecimento do subsistema de propulsão para a plataforma multimissão (PMM), sob contrato com a Agência Espacial Brasileira, e tem interesse de qualificar e fornecer para este programa seus próprios propulsores de 5N, ora em desenvolvimento. Para que esses propulsores possam atender aos requisitos da PMM, deve-se submetê-los a um extenso programa de qualificação, envolvendo processos de fabricação, performance funcional, compatibilidade ambiental (vibração e térmica) e durabilidade nos regimes de operação especificados. Além disso, deve-se aperfeiçoar seu sistema de injeção de propelente, de forma a reduzir tensões internas ao leito catalítico, criando condições favoráveis ao uso de catalisadores com menores resistências mecânicas. Há também interesse em se nacionalizar o catalisador de irídio suportado sobre alumina porosa, componente estratégico do propulsor que, historicamente, tem sido importado dos Estados Unidos sob severas restrições do governo desse país. Propõe-se então a execução de um programa de qualificação do propulsor de 5N e catalisador nacional dividido nas seguintes etapas: 1) desenvolvimento e testes funcionais e de pré-qualificação do propulsor; 2) testes funcionais com catalisador nacional; e 3) testes de qualificação do propulsor de 5N e comparação entre catalisadores.
Descritor(es): Propulsão aeroespacial - FAPESP
Linha de Fomento: Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas - PIPE
Endereço para acessaresta página: http://www.bv.fapesp.br/projetos-pipe/456/desenvolvimento-qualificacao-propulsor-monoropelente-5n-satelite/



Título do Projeto: Desenvolvimento e Fabricação de Injetores Mono e Bipropelentes para Propulsores de Baixo Empuxo Produzidos Através do Processo de Soldagem por Difusão no Estado Sólido.
Instituição de Origem: Brasil. Ministério da Ciência e Tecnologia. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Empresa: Diprofil Forjamento Rotativo Ltda
Município: Osasco
N. do processo: 03/06878-6
N. do Edital: 16 (julho/03)
Aprovado em: 15 set. 2004
Início: 01 out. 2004
Término: 31 mar. 2007
Resumo:
Os recentes avanços no desenvolvimento de motores de apogeu instalados em satélites artificiais têm gerado uma demanda cada vez maior por injetores bipropelentes de alta confiabilidade, baixo peso e reduzido consumo de energia. Como tais componentes são produzidos por refinados processos de usinagem e eletroerosão, gerando uma complexa rede de dutos e cavidades interconectadas determinantes para o seu desempenho funcional, devem ser evitadas distorções, obstruções e quaisquer deformações plásticas oriundas de processos de soldagem convencionais. Este projeto visa ao desenvolvimento e fabricação desses injetores, que são constituídos por três placas produzidas a partir de uma superliga à base de níquel (Inconel 600). Quando soldadas entre si, elas constituem dois circuitos internos independentes, nos quais são injetados hidrazina anidra no circuito combustível e tetróxido nitroso no circuito comburente. Esses fluidos, ao se combinarem, provocam uma reação espontânea produzindo assim a queima que dá início ao funcionamento do motor e gera um empuxo capaz de estabilizar o conjunto do satélite e deslocá-lo de uma órbita elíptica para uma órbita circunferencial. Essa tecnologia de soldagem, além de ser promissora para a aplicação aeroespacial, também pode ser utilizada em implantes medicinais e na indústria automobilística, entre outras áreas. Até agora inexiste no mercado nacional dispositivos com tais características qualificados para vôo.
Descritor(es): Motores de aeronaves - FAPESP
Linha de Fomento: Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas - PIPE
Endereço para acessaresta página: http://www.bv.fapesp.br/projetos-pipe/453/desenvolvimento-fabricacao-injetores-mono-bipropelentes-propulsores/



Título do Projeto: Projeto e Desenvolvimento de um Módulo Experimental Embarcado em uma Plataforma Orbital de Baixa Órbita.
Empresa: Brockmeyer Space Engineering Ltda
N. do processo: 03/13186-3
N. de Processo Vinculado: 05/50714-3
N. do Edital: 17 (novembro/03)
Aprovado em: 04 abr. 2005
Início: 01 maio 2005
Término: 31 dez. 2005
Resumo:
Esta proposta visa projetar e desenvolver um módulo experimental embarcado (Modem) em uma plataforma espacial, denominada Sara, constituindo-se em sua carga paga (payload). Especificamente, o Modem é parte integrante do Sara, projeto desenvolvido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE). O módulo embarcado na plataforma orbital será lançado ao espaço por meio do foguete de sondagem VS-40 para vôos suborbitais, ou por foguete lançador de satélite VLS-1 para injeção em baixa órbita terrestre, com duração aproximada de dez dias e reentrada controlada na atmosfera terrestre. A finalidade do Modem é possibilitar a instalação de experimentos científicos ou comerciais para verificação e comprovação de propriedades físicas, químicas ou de comportamento biológico no ambiente de microgravidade. Essas pesquisas têm um forte apelo de mercado, pois o conhecimento e a descoberta de propriedades intrínsecas do objeto do experimento na ausência do fator da aceleração da gravidade permitem o desenvolvimento, a descoberta e a melhoria de produtos. Como exemplo pode-se citar novos medicamentos, vacinas, crescimento de cristais e estrutura de proteínas. Há também aplicações nos campos da física e da química, como a melhoria da composição de combustíveis ou a verificação do comportamento de misturas complexas de fluidos.
Descritor(es): Sistemas aeroespaciais - FAPESP
Linha de Fomento: Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas - PIPE
Endereço para acessaresta página: http://www.bv.fapesp.br/projetos-pipe/469/projeto-desenvolvimento-modulo-experimental-embarcado-plataforma/



Título do Projeto: Desenvolvimento de Propulsor Catalítico Utilizando Propelentes Pré-Misturados. (Development of Catalytic Thruster Using Pre-Mixed Propellants).
Coordenador: José Miraglia
Empresa: Guatifer Usinagem e Ferramentaria Ltda
N. do processo: 06/06632-5
N. de Processo Vinculado: 07/57698-9 / 07/90683-5 / 07/90684-1 / 07/90685-8 / 07/90686-4
N. do Edital: 26 (novembro/06)
Aprovado em: 15 out. 2007
Início: 01 nov. 2007
Resumo:
O Brasil necessita urgentemente capacitar-se na tecnologia de motores foguete à propelente liquido, tanto para utilização em satélites quanto em veículos lançadores. Os propelentes líquidos atualmente utilizados pelo Brasil estão restritos à utilização no controle de atitude de satélites e injeção orbital, e são a hidrazina e o tetróxido de nitrogênio, ambos importados, extremamente caros e altamente tóxicos. Os propelentes pré-misturados à base de peróxido de hidrogênio e etanol se revelam uma solução inovadora e bastante promissora levando-se em conta os seguintes fatores: - o peróxido de hidrogênio e o etanol são produzidos em larga escala no Brasil à um baixíssimo custo. - os resultados de simulações termoquímicas nos mostram que o propelente pré-misturado tem performance superior à hidrazina. - a combustão dos propelentes pré-misturados utilizam catalisadores de baixo custo, além de poderem utilizar os mesmos catalisadores já desenvolvidos para hidrazina. - a mistura peróxido de hidrogênio / etanol na proporção adequada para utilização como propelente é segura do ponto de vista de sua explosividade. - o propelente pré-misturado se comporta como um monopropelente, simplificando todo sistema propulsivo. - as características toxicológicas do propelente pré-misturado se mostram muito toleráveis e com manipulação muito mais segura se comparado com a hidrazina. Podemos caracterizar o propelente pré-misturado como um propelente inovador e 100% nacional, que utiliza substâncias produzidas no Brasil em larga escala e baixo custo podendo substituir com grande vantagem a hidrazina. O projeto, construção e testes dos propulsores catalíticos garantirá uma capacitação inicial da empresa no desenvolvimento de motores e componentes para fornecimento de tecnologia inovadora ao programa espacial. Como objetivo o projeto na fase I visa construir seis propulsores catalíticos com 10 N de empuxo para avaliação dos propelentes pré-misturados a base de peróxido de hidrogênio (50, 60 e 70%) e etanol, e verificar a viabilidade comercial do propelente em relação à hidrazina. No PIPE fase II visamos a construção de um motor foguete catalítico de maior porte, 100 N a 400 N de empuxo, visando as necessidades imediatas do programa espacial brasileiro possibilitando a utilização de um propelente 100% nacional e totalmente seguro. Deste projeto serão elaboradas patentes referentes ao propelente pré-misturado que é uma opção 100% nacional para uma eventual substituição da hidrazina. (AU).
Descritor(es): Propulsão aeroespacial, Foguetes, Motores de aeronaves - FAPESP
Linha de Fomento: Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas - PIPE
Endereço para acessaresta página: http://www.bv.fapesp.br/projetos-pipe/1039/desenvolvimento-propulsor-catalitico-utilizando-propelentes-pre-misturados/



Título do Projeto: Microsatélite de Coleta de Dados.
Coordenador: Célio Costa Vaz
Empresa: Orbital Engenharia Ltda
Município: São José dos Campos
N. do processo: 07/59311-4
N. do Edital: 31 (julho/08)
Aprovado em: 02 out. 2008
Início: 01 nov. 2008
Resumo:
O presente projeto de pesquisa tem por objetivo o desenvolvimento de um micro-satélite, com massa menor que 20 kg, para coleta de dados oriundos de sinais provenientes de diversas plataformas no solo, para armazená-Ios a bordo e retransmití-Ios no instante adequado para estações de recepção em solo. Esse micro-satélite poderá ser parte de uma constelação composta por 4 a 6 satélites em órbita baixa polar (entre 700 e 800 km de altitude). Nesta órbita, cuja definição dos parâmetros será objeto do presente estudo, este sistema de micro-satélites deverá ser capaz de adquirir dados de plataformas espalhadas em quaisquer regiões do globo, bem como, de ser temporariamente visível, para efeito de telecomunicações, por estações terrenas posicionadas também em quaisquer regiões do globo. Os satélites podem vir a ser projetados para serem compatíveis com o sistema de coleta de dados já implantado no país pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, o qual já dispõe de quase mil plataformas de coleta de dados espalhados pelo território nacional, ou para a aquisição e retransmissão de dados de plataformas de sistemas privados. Nesta fase I, serão inicialmente realizados estudos para proporcionar a definição do Sistema Orbital de Micro-satélites (definição de órbita e quantidade de satélites) de modo a proporcionar características operacionais adequadas ao tipo de sistema proposto. Em seguida, serão desenvolvidas duas especificações de alto nível para caracterizar funcionalmente o sistema a ser desenvolvido: a especificação de missão do sistema de micro-satélites de coleta de dados; e a especificação funcional dos micro-satélites. A partir dessas duas especificações serão desenvolvidas as arquiteturas mecânicas e elétricas do satélite, definidos os subsistemas e os respectivos equipamentos de bordo. Serão realizadas análises visando demonstrar as principais características funcionais e operacionais do sistema em órbita, como taxa temporal de visibilidade de uma plataforma no solo, probabilidade de aquisição dos dados de uma plataforma pelo satélite durante determinado período de tempo, tempo de visibilidade do satélite por estações terrenas e tempo de revisita, bem como, demonstrar as principais características operacionais dos subsistemas do micro-satélite. Uma das principais vantagens de um sistema dessa natureza, concebido a partir de micro-satélites, será a redução significativa dos custos associados diretamente a fabricação dos satélites e ao lançamento do sistema, que poderá ser realizado a partir de veículos lançadores de pequena capacidade, como o VLS-1, em desenvolvimento no país pelo Instituto de Atividades Espaciais (IAE), ou por veículos lançadores estrangeiros, como, por exemplo, o Pegasus (USA). Na fase II, será desenvolvido um modelo de engenharia do micro-satélite para demonstração tecnológico-funcional. As atividades de engenharia serão coordenadas e, na sua maioria, executadas pela Orbital Engenharia Ltda. Faz-se necessário contar, também, com a colaboração de serviços de terceiros especialistas em sistemas espaciais. Ao término da fase I espera-se que fique demonstrada de forma inequívoca a viabilidade técnica do projeto. (AU)
Descritor(es): Sistemas aeroespaciais, Telecomunicações, Satélite Coleta de dados - FAPESP
Linha de Fomento: Pesquisa Inovativa na Pequena e Micro Empresa - PIPE
Endereço para acessaresta página: http://www.bv.fapesp.br/projetos-pipe/2064/microsatelite-coleta-dados/



Título do Projeto: Desenvolvimento de um Sistema de Recuperação para Veículos de Reentrada Atmosférica.
Coordenador: Viktor Koldaev
Empresa: Koldaev Desenvolvimento e Serviços Ltda. - ME
Município: São José dos Campos
N. do processo: 07/55713-0
N. do Edital: 32 (novembro/08)
Aprovado em: 05 nov. 2008
Início: 01 dez. 2008
Descritor(es): Veículos espaciais - FAPESP
Linha de Fomento: Pesquisa Inovativa na Pequena e Micro Empresa - PIPE
Endereço para acessaresta página: http://www.bv.fapesp.br/projetos-pipe/2152/desenvolvimento-sistema-recuperacao-veiculos-reentrada-atmosferica/


Fonte: Site da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Comentários

  1. Bons projetos,tomara que saiam do papel!

    ResponderExcluir
  2. Cara, eu tenho algumas perguntas (dúvidas).

    Qual a situação da PMM ? Não existe nenhum site, nem da AEB nem do INPE sobre ela!

    O programa Global Precipitation Measurement esta operacional ? e o GPM-BR ?

    Algumas curiosidades XD

    Abs

    ResponderExcluir
  3. Olá Ramir!

    Vamos por partes amigo. Quanto aos projetos apresentados no tópico alguns deles já foram finalizados e outros então em andamento. Já quanto a PMM, a mesma já se encontra em fase final de construção para ser utilizada pelo satélite Amazônia-1 que tem previsão de ser lançado em 2010 ou no mais tardar em 2011. Quanto ao programa Global Precipitation Measurement o mesmo estará operacional no Brasil quando o satélite GPM-Br estiver em órbita. Lembrando a você que os satélites que utilizarão a PMM além do Amazônia-1 são: Lattes-1, MAPSAR e o GPM-Br, nesta mesma projeção de construção e lançamento. Inclusive o Lattes-1 (satélite científico astronômico) terá sua construção iniciada ainda no final de 2009 ou logo no início de 2010.

    Abs

    Duda Falcão

    ResponderExcluir
  4. Vlw pelas informações!

    Estava curioso com o satelite GPM-BR,pois até hj o Brasil não possui nenhum satelite metereologico proprio!

    ResponderExcluir
  5. Não tem o que agradecer Ramir. Se puder divulgue o blog para seus amigos.
    Você está absolutamente certo Ramir, realmente o Brasil está precisando de um satélite meteorológico o quanto antes. Pena que por causa de uma gestão ineficiente e por falta de foco e outras cositas a mais, o satélite GPM-Br só deverá esta a disposição por volta de 2014 ou 2015, isso se realmente o mesmo vier a ser desenvolvido. Afinal, no Programa Espacial Brasileiro tudo é possível, menos o que deveria ser.

    Abs

    Duda Falcão

    ResponderExcluir

Postar um comentário