TMI Encontra-se Ainda na Primeira Fase de Reconstrução
Olá leitor!
Segue abaixo uma noticia publicada hoje (22/11) no jornal “O Estado do Maranhão” destacando que a torre de lançamento do CLA ainda esta em sua primeira fase de reconstrução.
Duda Falcão
Torre de Lançamento do CLA Está
na Primeira Fase de Reconstrução
Orçada em R$ 37 milhões e com previsão de ser concluída em 2010,
a obra passou por várias reformulações para garantir mais segurança; utilizada para lançamentos de grande porte, plataforma foi destruída por um incêndio em 2003
Bruna Castelo Branco
Da equipe de O Estado
22/11/2009
Primeira fase das obras consiste na remoção e recuperação das
áreas danificadas, no início das construções civis e fabricação mecânica
Seis anos após ser destruída em um incêndio que resultou na morte de 21 técnicos do Programa Espacial Brasileiro, a Torre Móvel de Integração (TMI), utilizada para lançamentos de grande porte no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), está na primeira etapa de reconstrução. A previsão é de que a obra seja concluída no final de 2010 e a primeira operação de lançamento, que deve ser de um Veículo Lançador de Satélites (VLS), ocorra em 2011.
Na semana passada, engenheiros do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) estiveram no CLA para acompanhar parte da obra, executada pelo consórcio Jaraguá/Lavitta, que venceu a licitação há quase dois anos. Segundo o representante da coordenadoria de projetos espaciais do IAE, tenente-coronel Renato Yassuo Tamashiro, a Torre Móvel de Integração é somente uma parte do Sistema Plataforma de Lançamento do VLS, que inclui subsistemas conhecidos como Mesa de Lançamento, a Torre de Umbilicais e a Torre e Túnel de Escape, além de Climatização e Ar Comprimido, Elétricos, de Controle, de Aterramento, de Proteção contra Descargas Atmosféricas e de Detecção e Combate a Incêndios.
Quanto aos serviços, a obra pode ser classificada como na conclusão do primeiro estágio. "Até o presente momento, a reconstrução já envolveu a remoção e recuperação das áreas danificadas, a elaboração de projetos executivos e a fase inicial das construções civis e fabricações mecânicas", explicou o tenente-coronel Tamashiro, em entrevista exclusiva a O Estado.
A próxima fase da obra prevê a finalização das construções civis e fabricações mecânicas, além das montagens de estruturas metálicas e a realização de ensaios de recebimento de todo o PLAT/VLS. A conclusão da obra, envolvendo etapas de treinamento operacional, está planejada para acontecer em dezembro de 2010.
Mudanças - Orçada em R$ 37 milhões, a obra da nova TMI passou por várias reformulações no projeto original, mudanças que dizem respeito à segurança e dimensões. A plataforma terá 30m de altura, dimensões adequadas não só para o lançamento do VLS, mas para foguetes de maior porte que poderão ser lançados no CLA por meio de contratos e parcerias internacionais. O novo projeto prevê possibilidades para operação de sucessor do VLS- 1, com estágio superior munido de propulsor à base de propelente líquido.
"Foi realizado um trabalho intenso de análise do projeto antigo, com a participação de técnicos do Instituto de Aeronáutica e Espaço, organização que desenvolve e opera o foguete. Foram considerados os mais recentes sistemas de controle e automatização, com o objetivo de minimizar a presença de técnicos durante as atividades de risco", frisou o representante da coordenadoria de projetos espaciais do IAE, tenente-coronel Tamashiro.
Em relação à segurança, a nova TMI passou por uma profunda modernização para adequar aos novos padrões de segurança no setor de tecnologia aeroespacial. Entre os aspectos da nova obra, destaca-se o planejamento e a construção a Torre e Túnel de Escape, que é uma saída de emergência, totalmente isolada e com ar pressurizado para evitar a entrada de gases, que propicia uma fuga rápida das pessoas para um local seguro e afastado da zona de risco.
As mudanças são consideradas um avanço natural relacionado à tecnologia. "É importante deixar claro que o projeto da torre anterior agregava soluções de engenharia e atendia aos requisitos de segurança disponíveis naquela época. Hoje, com o avanço tecnológico, houve uma atenção dos técnicos para a automação de diversos procedimentos. Isso viabilizará uma redução substancial de pessoal durante a execução de atividades de risco", explicou.
Após o término da obra no próximo ano, a TMI passará por uma fase de testes funcionais com a utilização de um mock-up do VLS-1, também chamado de VLS-1 MIR. Trata-se de uma maquete em escala real, com as mesmas dimensões e massas da versão de vôo, que possibilitará a realização de todas as etapas de integrações mecânicas do veículo lançador. Por ter em sua composição elementos inertes, esta versão não representa qualquer risco para as pessoas, tendo, desta forma, aplicação exclusiva para treinamento das equipes e simulação de cronologia de lançamento.
"Estima-se que serão necessários seis meses para a formação, capacitação e treinamento das equipes que irão executar todos os procedimentos de integrações, montagens e testes dos sistemas que compões o VLS-1, respeitando todas as normas e regulamentos, de forma que todos os procedimentos sejam executados com precisão e segurança. Desta forma, o próximo lançamento deve ocorrer somente a partir de meados de 2011", concluiu o tenente-coronel Tamashiro.
Fonte: Jornal O Estado do Maranhão
Comentário: Esclarecedora matéria do jornal “O Estado do Maranhão” onde é descrito não só o atual estágio de reconstrução da TMI, mas também alguns detalhes interessantes sobre a sua configuração e seu período de finalização. Fica claro que o primeiro vôo teste do foguete com dois estágios ativos só ocorrerá no segundo semestre de 2011 e também que a plataforma foi construída não só para o uso do VLS-1, como também para o VLS-1B e outros foguetes estrangeiros. Nota-se também o cuidado aparente que o IAE vem tendo com relação à segurança, coisa extremamente importante nessa área e que justamente a sua falta foi um dos grandes fatores que contribuíram para o acidente de 2003. No entanto, essa previsão de lançamento para o segundo semestre de 2011 irá atrasar ainda mais o lançamento do quarto vôo de qualificação do VLS-1, agora previsto para 2014. Aproveitando a oportunidade, gostaria de agradecer de público, uma vez mais, a gentileza do leitor Edvaldo Coqueiro de São Luís (MA), que enviou para o blog a cópia dessa esclarecedora matéria do jornal “O Estado do Maranhão”.
Na semana passada, engenheiros do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) estiveram no CLA para acompanhar parte da obra, executada pelo consórcio Jaraguá/Lavitta, que venceu a licitação há quase dois anos. Segundo o representante da coordenadoria de projetos espaciais do IAE, tenente-coronel Renato Yassuo Tamashiro, a Torre Móvel de Integração é somente uma parte do Sistema Plataforma de Lançamento do VLS, que inclui subsistemas conhecidos como Mesa de Lançamento, a Torre de Umbilicais e a Torre e Túnel de Escape, além de Climatização e Ar Comprimido, Elétricos, de Controle, de Aterramento, de Proteção contra Descargas Atmosféricas e de Detecção e Combate a Incêndios.
Quanto aos serviços, a obra pode ser classificada como na conclusão do primeiro estágio. "Até o presente momento, a reconstrução já envolveu a remoção e recuperação das áreas danificadas, a elaboração de projetos executivos e a fase inicial das construções civis e fabricações mecânicas", explicou o tenente-coronel Tamashiro, em entrevista exclusiva a O Estado.
A próxima fase da obra prevê a finalização das construções civis e fabricações mecânicas, além das montagens de estruturas metálicas e a realização de ensaios de recebimento de todo o PLAT/VLS. A conclusão da obra, envolvendo etapas de treinamento operacional, está planejada para acontecer em dezembro de 2010.
Mudanças - Orçada em R$ 37 milhões, a obra da nova TMI passou por várias reformulações no projeto original, mudanças que dizem respeito à segurança e dimensões. A plataforma terá 30m de altura, dimensões adequadas não só para o lançamento do VLS, mas para foguetes de maior porte que poderão ser lançados no CLA por meio de contratos e parcerias internacionais. O novo projeto prevê possibilidades para operação de sucessor do VLS- 1, com estágio superior munido de propulsor à base de propelente líquido.
"Foi realizado um trabalho intenso de análise do projeto antigo, com a participação de técnicos do Instituto de Aeronáutica e Espaço, organização que desenvolve e opera o foguete. Foram considerados os mais recentes sistemas de controle e automatização, com o objetivo de minimizar a presença de técnicos durante as atividades de risco", frisou o representante da coordenadoria de projetos espaciais do IAE, tenente-coronel Tamashiro.
Em relação à segurança, a nova TMI passou por uma profunda modernização para adequar aos novos padrões de segurança no setor de tecnologia aeroespacial. Entre os aspectos da nova obra, destaca-se o planejamento e a construção a Torre e Túnel de Escape, que é uma saída de emergência, totalmente isolada e com ar pressurizado para evitar a entrada de gases, que propicia uma fuga rápida das pessoas para um local seguro e afastado da zona de risco.
As mudanças são consideradas um avanço natural relacionado à tecnologia. "É importante deixar claro que o projeto da torre anterior agregava soluções de engenharia e atendia aos requisitos de segurança disponíveis naquela época. Hoje, com o avanço tecnológico, houve uma atenção dos técnicos para a automação de diversos procedimentos. Isso viabilizará uma redução substancial de pessoal durante a execução de atividades de risco", explicou.
Após o término da obra no próximo ano, a TMI passará por uma fase de testes funcionais com a utilização de um mock-up do VLS-1, também chamado de VLS-1 MIR. Trata-se de uma maquete em escala real, com as mesmas dimensões e massas da versão de vôo, que possibilitará a realização de todas as etapas de integrações mecânicas do veículo lançador. Por ter em sua composição elementos inertes, esta versão não representa qualquer risco para as pessoas, tendo, desta forma, aplicação exclusiva para treinamento das equipes e simulação de cronologia de lançamento.
"Estima-se que serão necessários seis meses para a formação, capacitação e treinamento das equipes que irão executar todos os procedimentos de integrações, montagens e testes dos sistemas que compões o VLS-1, respeitando todas as normas e regulamentos, de forma que todos os procedimentos sejam executados com precisão e segurança. Desta forma, o próximo lançamento deve ocorrer somente a partir de meados de 2011", concluiu o tenente-coronel Tamashiro.
Fonte: Jornal O Estado do Maranhão
Comentário: Esclarecedora matéria do jornal “O Estado do Maranhão” onde é descrito não só o atual estágio de reconstrução da TMI, mas também alguns detalhes interessantes sobre a sua configuração e seu período de finalização. Fica claro que o primeiro vôo teste do foguete com dois estágios ativos só ocorrerá no segundo semestre de 2011 e também que a plataforma foi construída não só para o uso do VLS-1, como também para o VLS-1B e outros foguetes estrangeiros. Nota-se também o cuidado aparente que o IAE vem tendo com relação à segurança, coisa extremamente importante nessa área e que justamente a sua falta foi um dos grandes fatores que contribuíram para o acidente de 2003. No entanto, essa previsão de lançamento para o segundo semestre de 2011 irá atrasar ainda mais o lançamento do quarto vôo de qualificação do VLS-1, agora previsto para 2014. Aproveitando a oportunidade, gostaria de agradecer de público, uma vez mais, a gentileza do leitor Edvaldo Coqueiro de São Luís (MA), que enviou para o blog a cópia dessa esclarecedora matéria do jornal “O Estado do Maranhão”.
Olá, sou a repórter que escreveu a matéria. Fico feliz do texto ter sido esclarecedor e quero me colocar a disposição para trocar informações sobre o tema
ResponderExcluirbrunacastellobranco@gmail.com
Olá Bruna!
ResponderExcluirPrazer entrar em contato contigo. Realmente a matéria é muito esclarecedora e o tema extremamente relevante. Até então não tínhamos nenhuma informação quanto ao andamento dessa obra e sua matéria veio esclarecer para gente em que ponto a coisa se encontrava. Para lhe ser sincero, o seu jornal (O Estado do Maranhão) vem fazendo uma grande cobertura do Programa Espacial Brasileiro e tem servido como uma das melhores fontes de informação do Blog, graças ao leitor maranhense Edvaldo Coqueiro que sempre procura me manter informado sobre as matérias publicadas. Valeu pelo contato e o blog está a sua disposição.
Abs
Duda Falcão