Operação Cajuana

OPERAÇÃO CAJUANA

Descrição da Campanha

Data do início da campanha: 29/09/2004
Operação: Cajuana
Foguete: VSB-30 - VO1
Numero do vôo do foguete: 1
Data de lançamento: 23/10/2004
Horário: 13h50
Local: Centro de Lançamento de Alcântara-MA
Apogeu do vôo: 250 Km
Tempo de Vôo: 10,5 minutos
Objetivo: Vôo de qualificação do modelo do foguete
Resultado: Sucesso total

Carga Útil Embarcada

- Carga tecnológica com diversos equipamentos desenvolvidos pelo DLR / MORABA e o CTA/IAE.

Instituições Envolvidas
AEB - Agência Espacial Brasileira
CTA - Centro Técnico Aeroespacial
IAE - Instituto de Aeronáutica e Espaço
DEPED - Departamento de Pesquisas e Desenvolvimento
DLR / MORABA - Centro Aeroespacial Alemão
CLA - Centro de Lançamento de Alcântara - Alcântara-MA
CLBI - Centro de Lançamento da Barreira do Inferno - Natal-RN

Equipes do Instituto de Aeronáutica e Espaço, do Centro Técnico Aeroespacial (CTA/IAE), e do Centro Espacial Alemão (DLR) lançaram às 13h50 de sábado (23), com sucesso, o primeiro protótipo do foguete de sondagem VSB-30.

A operação de lançamento, denominada “Operação Cajuana”, foi realizada a partir do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão e contou com o apoio do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, em Natal (RN).



O foguete levou uma carga útil tecnológica que permaneceu 7 minutos em ambiente de microgravidade. O sucesso da operação permitirá ao Brasil exportar novos produtos e serviços de alta tecnologia na área espacial.
Vídeo da Operação Cajuana
Animação da Operação Cajuana
Este lançamento serviu para qualificar o modelo que está sendo oferecido à Agência Espacial Européia (European Space Agency - ESA) para substituir o foguete inglês Skylark 7, como veículo de sondagem de experiências em microgravidade para programa científico europeu “TEXUS”. O sucesso da missão permitirá que a negociações com a ESA prossigam.

A idéia inicial seria fornecer um lote inicial de 15 foguetes, como afirmou o diretor do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Força Aérea Brasileira (FAB), Brigadeiro Sérgio Bamabini, em entrevista a um periódico maranhense no começo do ano.

O VSB-30 é um veículo de sondagem composto por dois estágios que será usado também pela Agência Espacial Brasileira (AEB) para a realização de experimentos tecnológicos e científicos, sobretudo aqueles relacionados com o ambiente de microgravidade.

O projeto do VSB-30 contemplou diversas inovações tecnológicas em relação aos foguetes de sondagem já fabricados no Brasil. Além de possuir um propulsor para fazê-lo decolar mais rapidamente (booster), o VSB-30 incorpora um sistema impulsor de rolamento e um conjunto de empenas que garantem maior precisão no vôo.

Os módulos da carga útil e do veículo abrigam diversos equipamentos produzidos pelo DLR (Centro Espacial Alemão) e pelo CTA/IAE, dentro de um acordo de cooperação que remonta aos anos setenta e que, nos últimos anos, tem apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB). Esses equipamentos permitem, entre outras coisas, o acompanhamento da trajetória do foguete por radar, por telemetria e por GPS, e a medição da temperatura e da rotação do veículo.

Os dois primeiros vôos operacionais do novo foguete deverão ocorrer em novembro de 2005 e em maio de 2006, ambos levando experimentos europeus a 250 km de altitude.

Iniciativa privada
Hoje o VSB-30 é praticamente todo fabricado pela indústria privada brasileira. O CTA faz apenas a integração de sistemas e a fabricação do combustível sólido, em São José dos Campos.

Porém os membros do Programa Espacial Brasileiro não escondem que há intenção de repassar o projeto para a iniciativa privada. “Caso surja uma empresa capacitada para produzir integralmente o veículo, sob condições técnicas e financeiras adequadas, o CTA e a AEB terão todo o interesse de repassar esse encargo”, explicou Mauro Dolinsky um dos engenheiros do Programa Espacial Brasileiro.

Para realizar o lançamento do protótipo do VSB-30, foram necessárias dez tentativas de lançamento, porque a velocidade dos ventos até a altitude de 10 mil metros, estava além do envelope de vôo do foguete brasileiro.

Participaram da operação cerca de 77 técnicos e pesquisadores do Centro Técnico Aeroespacial, de São José dos Campos, 15 da agência espacial alemã, com o apoio de militares e servidores civis do efetivo do Centro de Lançamento de Alcântara e outras organizações do Comando da Aeronáutica.

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