'Robô Saltador' Pula Mais Alto Que Qualquer Máquina ou Coisa Viva, e Poderá, Quem Sabe, Um Dia Ser Usado na Exploração Espacial
Olá
leitores e leitoras do BS!
Segue
abaixo uma interessantíssima matéria postada ontem (28/04)
no site ‘Inovação Tecnológica’ destacando
que um ‘Robô Saltador’ projetado por pesquisadores da ‘Universidade da
Califórnia’, consegue pular mais alto que qualquer máquina ou coisa viva.
Sensacional amigos do BS, vejam como a ROBÓTICA esta
avançando rapidamente, e muito possivelmente esse Robô, ou até um outro qualquer
baseado em tecnologia semelhante, poderá ser usado na exploração espacial, quem
sabe até na LUA, mesmo que a matéria abaixo não indique isso. Realmente espetacular,
parabéns a esses pesquisadores da ‘Universidade da Califórnia’.
Brazilian Space
ROBÓTICA
Robô Saltador Pula Mais Alto Que Qualquer Máquina ou Coisa Viva
Por Redação
do Site Inovação Tecnológica
28/04/2022
[Imagem: Elliot
W. Hawkes et al. - 10.1038/s41586-022-04606-3]
A eficiência no salto deste robô está próxima do limite viável com os materiais atualmente disponíveis. |
Robô-Estilingue
Um robô
magrela, ainda que sua forma exterior mantenha a estrutura de uma esfera, bateu
todos os recordes de salto em altura.
O saltador,
que tem pouco menos de 30 cm de altura e pesa pouco mais de 30 g, lança a si
mesmo a mais de 30 m no ar, com uma velocidade de decolagem de 9 m por segundo.
É um
autêntico robô-estilingue, que supera todos os projetos biomiméticos feitos até
agora, como robôs inspirados nos saltos dos gafanhotos, sapos e até pulgas.
Isto foi
possível quando Elliot Hawkes e colegas da Universidade da Califórnia de Santa
Bárbara desenvolveram um método relativamente simples de quantificar e comparar
"saltadores" - uma categoria que inclui seres vivos e máquinas - em
todas as escalas.
"A
motivação veio de uma questão científica:" disse Hawkes. "Se os
saltadores projetados são realmente limitados às mesmas leis que os saltadores
biológicos são. Queríamos entender quais eram os limites dos saltadores projetados.
Não havia realmente um estudo que comparasse e contrastasse os dois e como seus
limites são diferentes."
Embora
existam séculos de estudos sobre saltadores biológicos, do reino animal, e
décadas de pesquisa sobre saltadores mecânicos, principalmente bioinspirados -
eventualmente acionados por músculos artificiais -, as duas
linhas de investigação vinham-se mantendo separadas.
Saltadores Biológicos e Saltadores Mecânicos
A equipe
partiu da constatação de que os sistemas biológicos só podem usar em cada salto
a energia máxima que eles podem produzir em cada acionamento de seu grupo
muscular.
Mas os
saltadores mecânicos podem usar motores que giram - ou eles próprios girarem -
para dar muitos "disparos" sequenciais, multiplicando a quantidade de
energia que podem armazenar em seu "sistema muscular" - mais precisamente,
em seu sistema de molas. Os pesquisadores chamaram essa habilidade de
"multiplicação de trabalho", que pode ser encontrada em saltadores
projetados de todas as formas e tamanhos.
"Essa
diferença entre a produção de energia nos saltadores biológicos e nos
engenheirados significa que os dois devem ter projetos muito diferentes para
maximizar a altura do salto," disse Charles Xiao, coautor da pesquisa.
"Os animais devem ter uma pequena mola, apenas o suficiente para armazenar
a quantidade relativamente pequena de energia produzida por seu único movimento
muscular, e uma grande massa muscular. Em contraste, os saltadores projetados
devem ter uma mola tão grande quanto possível e um motor minúsculo."
[Imagem: Elliot
W. Hawkes et al. - 10.1038/s41586-022-04606-3]
Perto do Limite do Salto em Altura
Levando em
conta essas noções, a equipe projetou um robô-saltador bem diferente dos
animais saltadores: O tamanho de sua mola em relação ao seu motor é quase 100
vezes maior do que o encontrado em animais. Além disso, a equipe criou uma nova
mola buscando maximizar seu armazenamento de energia por unidade de massa.
Em sua mola
híbrida de tensão-compressão, os arcos de compressão de fibra de carbono são
esmagados enquanto os elásticos são esticados pela tração de uma linha enrolada
em torno de um eixo acionado por motor. A equipe descobriu que usar borracha
sob tensão para ligar pelo meio as bordas dobradas para fora também melhora a
força da mola.
"Seguindo
esses insights, criamos um dispositivo que pode saltar mais de 30 metros de
altura, até onde sabemos muito mais alto do que os saltadores projetados
anteriormente, e mais de uma ordem de magnitude maior do que os melhores
saltadores biológicos," escreveu a equipe.
O robô-saltador
também foi projetado para ser leve, com um mecanismo de travamento minimalista
para liberar a energia para o salto, e aerodinâmico, com as pernas dobradas
para minimizar o arrasto do ar durante o voo. Ao todo, esses recursos de
projeto permitiram que o robô, em sua melhor marca, acelerasse de 0 a 100 km/h
em 9 metros por segundo - uma força de aceleração de 315g - e alcançasse a
altura de aproximadamente 30,4 metros.
Segundo a
equipe, considerando os saltadores acionados por motor, isso está "próximo
do limite viável de altura de salto com os materiais atualmente
disponíveis" - bem mais alto do que um robô saltador impulsionado por motor a
combustão.
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