ESA Seleciona 'Cinco Projetos de Rover' Que Poderão Explorar o Polo Sul da Lua

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Segue abaixo uma notícia publicada dia (14/04) no site “Canaltech”, destacando que a Agência Espacial Europeia (ESA) selecionou cinco projetos de rover’ que poderão explorar o ‘Polo Sul da Lua’. 
 
Pois é amigos leitores, notem que, apesar da ESA não ter assinado para participar do ‘Programa Artemis dos EUA’, com fez a nossa pífia Agência Espacial de Brinquedo (AEB) e outras de maior relevância, isto não significa que os Europeus estão menos interessados na LUA.
 
Pois então, na verdade eles haviam escolhido trabalhar com os russos nessa iniciativa, uma escolha que acabou sendo desfeita após os efeitos causados pela Guerra Russo/Ucrâniania (veja aqui), e que agora coloca os europeus reféns de um acordo com os americanos, ou então do desenvolvimento de um sistema de transporte translunar próprio, coisa que levaria talvez de 5 a 10 anos.
 
O que farão então os Europeus? Bom na verdade eu acredito que o caminho deles será o de se aproximar do Programa Artemis dos EUA, para assim poder utilizar as tecnologias lunares que já vinham sendo desenvolvidas, como por exemplo, essas rovers da matéria abaixo, bem como também dar acesso a superfície da LUA aos seus astronautas e cientistas. No entanto, acredito também que paralelamente a provável entrada deles no Artemis, eles devam também trabalhar em um sistema de transporte translunar baseado no novo superfoguete deles, o Ariane-6, que já se encontra em fase final de desenvolvimento (veja aqui). 
 
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ESA Seleciona Cinco Projetos de Rover Que Poderão Explorar o Polo Sul da Lua 
 
Por Wyllian Torres
Editado por Rafael Rigues
14 de Abril de 2022 às 13h30
Fonte: ESA, Via Universe Today 
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br 
 
Fonte: ESA/M. Sabbatini 

A Agência Espacial Europeia (ESA) e o Centro Europeu de Inovação em Recursos Espaciais (ESRIC) desafiaram 12 equipes a desenvolverem rovers para explorar um ambiente que simula a superfície da Lua. Cinco times foram aprovados para a segunda fase da competição, que busca eleger uma tecnologia para explorar o polo sul lunar e os recursos disponíveis por lá, como a água congelada. 
 
Na primeira fase do Space Resources Challenge, as 12 equipes colocaram seus respectivos rovers em um antigo galpão de aeronaves na Holanda. Para simular a superfície do polo sul lunar, os organizadores do evento espalharam 200 toneladas de rocha pelo galpão, além de 100 pedras com mais de 1 metro de diâmetro. 
 
(Imagem: Reprodução/ESA/M. Sabbatini) 
O desafio foi realizado em um galpão que simulava os desafios esperados na superfície lunar.

O ESRIC forneceu às equipes as localizações das pedras com um mapa orbital simulado. Ele apontava as maiores características da superfície, mas alguns objetos como as rochas menores, foram “ocultados” para desafiar os competidores — o mesmo desafio esperado em missões reais. 
 
Uma cortina preta foi colocada para esconder a superfície lunar simulada, de modo que as equipes só enxergassem o ambiente a partir dos sensores de seus respectivos rovers. Os robôs tiveram que navegar e mapear todo o ambiente para encontrar possíveis recursos. 
 
Primeira Fase do Concurso 
 
Massimo Sabbatini, supervisor da ESA na primeira fase da disputa, disse que as equipes precisaram coletar informações sobre as características e a composição das rochas encontradas pelo caminho. “As equipes adotaram várias abordagens em termos de locomoção”, acrescentou Sabbatini. 
 
(Imagem: Reprodução/ESA/M. Sabbatini) 
As equipes apresentaram variados modelos de rover.

Haviam veículos dos mais variados modelos, alguns com rodas, outros que caminhavam e, em certos casos, equipes com diversos rovers em vez de apenas um. Cada time teve 2,5 horas para completar todo o desafio de atravessar os obstáculos e encontrar potenciais recursos. 
 
No entanto, não foram todas as equipes que conseguiram concluir a etapa. Alguns rovers não tinha a iluminação necessária, enquanto outros ficaram sem energia ou apresentaram problemas de comunicação. “Mas é justo dizer que todos aprenderam muito – inclusive nós”, ressaltou Sabbatini
 
(Imagem: Reprodução/ESA/M. Sabbatini)
Rover analisando a composição de uma rocha.

Das 12 equipes, apenas cinco passaram para a próxima fase e receberam um financiamento de € 75.000 (algo em torno de R$ 382.500,00) para aperfeiçoar suas tecnologias. A segunda fase acontecerá em Luxemburgo entre os dias 7 e 9 de setembro desse ano. 
 
O Conselheiro Estratégico e Gerente de Projetos da ESRIC, Bob Lamboray, disse que o centro está ansioso para receber os cinco vencedores da primeira fase. “Através do prêmio ESRIC, apoiaremos o vencedor final para amadurecer ainda mais seu design e, esperamos, chegar à Lua em um futuro próximo”, ponderou.

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