Cientistas Finlandeses Querem Construir Um Habitat Humano em Órbita do Planeta-Anão Ceres
Olá leitores e leitoras do BS!
Por Duda Falcão
Segue abaixo uma notícia postada dia (27/03) no site português
“ZAP.aeiou” destacando que um grupo de cientistas finlandeses propôs um habitat
humano permanente na órbita do planeta-anão Ceres.
Curioso, não? Pois é, como eu já havia feito há algum
tempo, parece que esse grupo de cientistas finlandeses identificaram o planetoide
CERES como um excelente, intrigante e um tanto esquecido alvo a ser explorado,
né verdade?
Porém diferente da minha ideia lá atrás de estimular a
comunidade espacial brasileira a se unir e enviar uma sonda orbital para esse planetoide,
esses cientistas finlandeses foram mais ousados, e já imaginaram algo muito além,
mas que no momento, é verdade, beira a ficção científica.
No entanto, vale lembrar a todos vocês que, quando Júlio
Verne publicou o livro ‘Da Terra a Lua’ em 1865, esta viagem não passava de um
sonho muito distante para a humanidade, tão distante que levou 104 anos para ser
realizado. Portanto, convenhamos amigos leitores, esses finlandeses não
são loucos, são visionários e sonhadores, e agora resta saber se eles são
realizadores, mas isso só o tempo poderá responder.
E antes que algum engraçadinho venha me questionar quanto
a Starship, quero que fique bem claro que não sou contra a Starship, mas que me
perdoem vocês ‘Muskeiros’ de plantão, mesmo com o sucesso da SpaceX, eu não
acredito nesse megalomaníaco Elon Musk quando ele diz que essa pseudo nave interplanetária
será capaz de levar ao planeta Marte confortavelmente 100 pessoas abordo, em uma espécie de barco
espacial cheio ambientes de convívio social (lojas, teatros, cinemas, casinos, e
sabe lá mais o que esse maluco prometeu) copiando o que faz hoje os barcos transatlânticos que cortam os mares terrestres, ponto.
Na verdade, não é que eu não acredite que isso um dia possa acontecer,
e tenho certeza que irá (a viagem a lua imaginada pelo Julio Verne é uma prova disso), mas da mesma forma como o gênio ‘Nicola Tesla’ e
tantos outros imaginaram em suas mentes tecnologias que eles sabiam que estavam
fora do alcance de suas épocas, falta a esse megalomaníaco marqueteiro essa mesma consciência.
Em outras palavras, tudo ocorre em seu tempo, desenvolvimento
tecnológico não é mágica, é fruto do acumulo de conhecimentos e de processos
que fazem o avanço do conhecimento durante décadas que se seguem. Assim sendo
amigos leitores, nesse momento existem diversos empecilhos tecnológicos que impedem e
provavelmente impedirão neste século as fantasias vendidas pelo Sr. Elon Musk
sobre essa Starship. Como por exemplo, o sistema de suporte de vida. Você já se
perguntou o que será necessário fazer para saltar do sistema de suporte de
vida hoje capacitado para sete astronautas (no caso da Dragon Crew) ou de 11
astronautas (no caso da ISS) para um capaz de suportar 100 pessoas, cumprindo
todas as promessas de lazer abordo que esse maluco prometeu, e durante uma
viagem de aproximadamente 6 meses pelo perigoso espaço interplanetário entre a
Terra e Marte? E olha que este é apenas um dos problemas a serem enfrentados.
Se esse maluco e sua competente equipe tivessem esse tempo todo investido recursos numa versão de espaçonave interplanetária baseada na sua 'Crew Dragon', certamente estaria hoje muito mais perto de alcançar essa gloria, pois os parâmetros tecnológicos exigidos para essa conquista diminuiriam muito, colocando-os dentro de uma realidade possível e tirando-os do mundo da fantasia.
Pois então, das duas uma, ou esse maluco está querendo aparecer, e
conseguiu porque muitos pelo mundo deram e continuam dando ouvidos as suas
baboseiras, ou ele está tendo acesso as tais tecnologias reversas alienígenas que segundo os teóricos da conspiração existem a disposição da Forças Armadas dos EUA.
Bom, já quanto a uma possível missão de uma sonda orbital
brasileira para o planeta-anão CERES, continuo na esperança que a Comunidade
Espacial Brasileira acorde algum dia para essa possibilidade, antes que a mesma deixe de
ser interessante
Ciência & Saúde
Cientistas Querem Construir um Habitat Humano em Órbita
de Ceres
Por Alice Carqueja
ZAP.aeiou
27 Março, 202223 Março, 2022
Fonte: NASA
Um grupo de investigadores finlandeses propôs um habitat
humano permanente na órbita de Ceres, um enorme planeta anão na cintura de
asteroides, entre Marte e Júpiter.
De acordo com a equipa, este “assentamento de
megasatélites” pode ser construído através da recolha de materiais da própria
Ceres.
Se isto soa familiar aos fãs do livro de ficção
científica e da série de televisão “The Expanse”, é porque nesse universo
fictício, a Estação Ceres desempenha um papel fundamental como uma das
primeiras colónias humanas no Espaço.
Na série, porém, a própria rocha espacial foi usada para criar
um habitat tripulado na sua superfície, com gravidade artificial, segundo o
Futurism.
Num estudo pré-publicado no repositório arXiv, a equipa argumenta que
Ceres seria um ótimo local porque tem nitrogénio, o que pode permitir a criação
de uma atmosfera semelhante à Terra.
De facto, o ambiente poderia até ser “melhor do que a
Terra“, uma vez que não há condições atmosféricas adversas ou catástrofes
naturais, e muito espaço de vida para crescer.
Os cientistas propõem uma série de satélites giratórios
mais pequenos, ligados uns aos outros através de amarras magnéticas para criar
um megasatélite maciço em forma de disco.
A gravidade artificial é aproximadamente igual à da
Terra, e pode ser alcançada girando a estrutura maciça em torno de Ceres.
A ligação entre cada habitat seria como um comboio de
maglev, uma experiência sem gravidade para os passageiros.
“Quando experimentada pela primeira vez, a falta de
gravidade causa náuseas e vómitos a algumas pessoas”, diz o autor do estudo, Pekka
Janhunen.
“Contudo, num local onde as pessoas experimentam
ocasionalmente falta de gravidade desde a infância, faz sentido pensar que
podem tolerá-la bem durante as viagens curtas”, acrescenta o investigador.
O habitat humano poderia também funcionar como um
trampolim para outros destinos no sistema solar.
“A motivação é ter um local com gravidade artificial que
permita o crescimento para além da Terra, ao mesmo tempo que proporcione aos
habitantes viagens fáceis e uma densidade populacional razoavelmente baixa”,
explica Janhunen.
Graças à sua baixa gravidade e rotação rápida, os
investigadores argumentam que um “elevador espacial é viável“,
permitindo o fácil transporte de materiais de Ceres para outras povoações, ser
necessário usar muito combustível.
A equipa de investigadores também considerou as ameaças
de radiação espacial e do impacto de meteoritos.
Eles propõem um conjunto de espelhos cilíndricos
gigantes que fariam um duplo trabalho, recolhendo a luz solar e passando-a
para o habitat, ao mesmo tempo que bloqueariam os asteroides.
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