Maratona Brasileira Prevista Para 2022 no ESC e Outras Notícias

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Pois então, se tudo sair dentro do previsto, cinco missões estrangeiras com foguetes e motores brasileiros serão realizadas ainda este ano de 2022 do Esrange Space Center (ESC), na Suécia, isto segundo o útimo 'EASP LAUNCHING PROGRAMME' da Swedish Space Corporation (SSC), publicado no dia 21 de dezembro de 2021.
 
Segundo este programa de lançamento da SSC essas missões serão:
 
* Operação HIFLIER 1 - 1 S-31/IO rocket
* Operação S1X-3/M15 - 1 VSB-30 rocket
* Operação MAIUS 2 - 1 VSB-30 rocket
* TEXUS 58 e 59 (ESA) - 2 VSB-30 rockets
 
Vale dizer que, nesta programação da SCC constava também em fevereiro o lançamento de um foguete VSB-30 para atender as atividades da 'Operação TEXUS 57', mas por alguma razão que não conseguir identificar, esta missão foi adiada pouca horas antes do lançamento sem qualquer informação sobre quando será realizada. Assim sendo, caros amigos leitores, e como não podia deixar de ser, logo depois toda equipe envolvida na missão empacotou seus apetrechos e deixou o ESC.
 
Outra notícia amigos leitores e leitoras que em minha visão é muito positiva, coloca desde já o Brasil em evidencia internacional, pois a campanha de lançamento do experimento hipersônico Europeu 'HEXAFLY-INT' parece já está confirmada para ser realizada do CLA através de um foguete VS-50.
 
No entanto, tudo na realidade dependerá dos dois primeiros voos do VS-50 serem bem sucedidos. O primeiro deles o 'VS-50 V01' está planejado para ocorrer em agosto de 2023, quando se tentará qualificar os principais sistemas do VLM-1, além do uso de um motor S-44 inerte em seu segundo estágio e de levar abordo a carga útil SISNAV, um sistema de navegação inercial desenvolvido pelo IAE que precisa ser qualificado em voo.
 
Já em seu segundo voo, o 'VS50 VO2', previsto para ocorrer em Agosto de 2024 (exatamente um ano após o primeiro), se prevê desta vez o uso ativo dos dois motores-foguetes, primeiro e segundo estágios (motores S-50 e S-44 respectivamente), bem como também levar abordo uma carga-util de 500Kg que ainda será definida, podendo inclusive até ser mesmo a HEXAFLY-INT.
 
Entretanto, segundo o que disse o 'Major Rodrigo César Rocha Lacerda' da FAB, durante a realização de um painel do 'SpaceBR Show 2021', se o experimento HEXAFLY-INT não voar neste segundo voo do VS-50, seria então produzido um terceiro foguete para atende-lo.
 
Ora leitor, será mesmo que isso poderia ser possível com os problemas que a Avibrás está enfrentando? Sinceramente não creio. Além do que, muito provavelmente os Europeus não iriam esperar a morosa Avibrás resolver seus problemas e produzir um outro motor em tempo hábil. Creio que o mais provável é que eles venham pressionar o IAE para lançar este experimento através do VS-50 VO2, o que então jogaria esta missão para Agosto de 2024. Porém até lá, muita água haverá de rolar embaixo dessa ponte do nosso Patinho Feio.

Comentários

  1. Ué o Sisnav não tinha sido abandonado junto com o VLS-1? Agora novamente é citado, como isso afeta empresas como a CLC do grande Dr. Waldemar de Castro Leite Filho e seu Pina F? Já pode se dizer que o Brasil finalmente terá um sistema inercal próprio?

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    1. Olá Caio!

      É o que tínhamos conhecimento, porém quanto ao SISNAV, parece que ele não teve o mesmo fim do VLS-1, e agora deve ser finalmente qualificado em voo através deste primeiro lançamento do S50. Já quanto a Pina-F da CLC Consultoria, outros fatores desconhecidos por mim fazem com que a mesma (provavelmente mais moderna e leve do que essa SISNAV), não venha a ser aproveitada, coisa que já disse em diversas oportunidades ser extremamente lamentável.

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    2. Prezado Caio. Primeiramente obrigado por suas deferências a meu respeito. O SISNAV (um dos objetivos do projeto SIA) visava suprir o PEB com uma plataforma inercial para lançadores - não necessariamente o VLS. Portanto, são projetos independentes. Já faz 7 aos da minha aposentadoria e nada sei à respeito do andamento do mesmo. Já sobre a PINA_F posso dizer que já foi qualificada ambientalmente e está prestes a ser qualificada em voo (ainda esse ano). A partir daí teremos sim um sistema inercial nacional, de grau tático, que poderia ser utilizado nos veículos do PEB. Basta que a instituição ou empresa responsável pelo veículo, adquira um da CLC.
      Waldemar

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