Pesquisadores de Instituto Russo Propõem 'Rovers Modulares Humanoides Independentes' Que Permitam Missões Mais Longas no Planeta Marte
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma notícia publicada ontem (13/04) no
site “Canaltech”, destacando que segundo
pesquisadores Russos, ‘Rovers Modulares Independentes’ podem permitir missões mais longas no planeta
Marte.
Pois é amigos leitores, olhem ai, os russos que até então
não apresentavam nada de tão significativo, surgem agora com essa ideia de
utilizar ‘rovers modulares em forma humanoide’ na superfície de Marte, coisa que se por
um lado parece bem arriscado devido a clara desvantagem deste sistema na questão da
estabilidade, por outro lado apresenta grande desafios a engenharia humana, desafios
estes que poderão gerar grandes benefícios em diversas áreas se adotado for. Quiçá
isto aconteça.
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Rovers Modulares "Independentes" Podem
Permitir Missões Mais Longas em Marte
Por Danielle Cassita
Editado por Rafael Rigues
13 de Abril de 2022 às 12h20
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: NASA/JPL-Caltech
Rovers modulares criados para a exploração de Marte, operando em um
sistema robótico cooperativo, podem permitir missões
mais longas no Planeta Vermelho e a coleta de mais informações sobre seu passado
e possível habitabilidade. É o que sugerem cientistas do Skolkovo Institute of
Science and Technology, que descrevem em um novo estudo um sistema de robôs de
duas rodas, que podem operar independentemente ou combinados.
O rover da missão Pathfinder, da NASA,
foi o primeiro a pousar em Marte, em 1997. Desde então, os pesquisadores
enviaram para lá veículos exploratórios autônomos com seis rodas, equipados com
diferentes instrumentos científicos a bordo. Agora, os pesquisadores sugerem
que as missões podem trazer mais resultados na mesma duração se trabalharem com
robôs variados, realizando tarefas separadas em diferentes lugares. Quando
necessário, eles poderiam se unir.
Alexander Petrovsky, autor principal do estudo, descreve que a questão
principal é descobrir como maximizar o tempo de exploração e a distância
percorrida em Marte, mas sem aumentar significativamente os custos da missão.
“Descobrimos que usar um único rover
de seis rodas pode não ser o ideal; segundo nossos cálculos, quatro robôs
de duas rodas são a melhor opção. Cada um pode levar ferramentas de pesquisa
únicas, e somente a carga útil crítica estaria em todos os módulos”, explicou.
(Imagem: Reprodução/Pavel Odinev/Skoltech)
Durante tarefas que exijam estabilidade, como a coleta
de algum objeto de interesse, um par de rovers poderá se unir para formar
um veículo de quatro rodas, garantindo mais segurança. Além disso, mesmo que
três dos quatro robôs apresentem falhas, aquele que sobrar ainda poderá
continuar o trabalho e transmitir suas descobertas para a Terra, maximizando os
resultados da missão.
Para Petrovsky, a tecnologia dos “enxames” de robôs poderá beneficiar
não somente a exploração de Marte, mas também as missões
lunares e até projetos na Terra: por exemplo, robôs de duas rodas podem ser
implantados para monitorar o crescimento na agricultura, detectando pestes ou
doenças que afetem os vegetais. Ele também acredita que a abordagem modular
pode beneficiar os robôs criados para operações de busca e resgate.
Contudo, Petrovsky observa que, embora os demais parâmetros sejam
razoavelmente bons ou até melhores que o esperado, a principal desvantagem
deste sistema é a estabilidade reduzida. "Dito isso, a tecnologia dos
robôs de duas rodas avançou um longo caminho para tornar estas coisas mais
estáveis do que eram, então até isso é um problema um pouco menor agora'',
concluiu.
O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Acta
Astronautica.
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