O Que Houve Com o Projeto do Motor L75?

Olá leitor!

Motivado pelas notícias que vem sendo divulgadas nos últimos meses pelo Instituto de Estudo Avançados (IEAv), ainda que infelizmente só relacionadas as atividades do Projeto do Veículo 14-X, resolvi fuçar um pouco no quase que abandonado site do nosso Instituto de Aeronáutica Espaço (IAE), esperando com isso descobrir algo de novo. Pois então, quem procura acha leitor e comigo não foi diferente, mas infelizmente para nós a notícia não é nada boa.

Pois é, segundo o site do IAE, seus laboratórios trabalham hoje em 8 projetos principais, ou seja:

* O Sistema de Propulsão Para Defesa (SPD)

* O Turborreator de 5000n (TR-5000)

* O Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1)

* O Motor-Foguete de Propulsão Líquida L75

* A Plataforma Suborbital de Microgravidade (PSM)

* O Sistema Modular de Recuperação de Cargas Espaciais por Paraquedas (MRCEP)

* O Sistema de Navegação e Controle (SINAC)

* O Alvo Aéreo E-1

Em outras palavras leitor, são cinco projetos espaciais e três projetos aeronáuticos. Tudo como manda o figurino, correto???? Infelizmente leitor não exatamente. Lembra do cancelamento do fantástico e mobilizador ‘Projeto SARA’ anunciado aqui pelo Blog (veja aqui), pois a FAB se quer teve a sensibilidade de informar a Sociedade que ela representa???

Pois então leitor, segundo o site do instituto, dos oito projetos acima o único que não está ativo (status: O projeto encontra-se paralisado), pasmem, é um dos mais importante para o futuro do Brasil no espaço, ou seja, o Projeto do Motor Líquido L75.

"Mock-up" do Motor-Liquido L75

Depois de anos de recursos e tempo investidos neste projeto o que houve leitor? Falta de recursos? Mudança de Planos? Será esse mais um fiasco? Cadê a FINEP??? Lembra do meu comentário dias atrás???

Pois então leitor, assim fica muito difícil de se chegar a algum lugar, e nesse momento em que o Governo Bolsonaro propaga uma nova forma de fazer política, tá na hora de arrumar a casa, de dá um rumo verdadeiramente desenvolvimentista ao PEB, pois dessa forma não pode continuar, afinal isso é uma tremenda falta de foco e de compromisso, um samba de ‘Criolo Doido’, e não leva a nada, vide o Projeto SARA, o Projeto do VLS-1, o Projeto do Motor L15, entre tantos outros.

Duda Falcão

Comentários

  1. o Projeto do Motor Líquido L75 tem ligaçao com o sonho do Projeto Cruzeiro do Sul , como o VLS-ALFA e o VLS-BETA estão parados , o Projeto do Motor Líquido L75 é o estágio satelizador dos foguetes do Projeto Cruzeiro do Sul, se um dia os lançadores do Projeto Cruzeiro do sul começar a ser executado , o Projeto do Motor Líquido L75 saia do "Mock-up" do Motor-Liquido L75

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    1. Olá Unknown!

      Realmente em parte você está certo, ou seja, o Projeto do Motor L75 estava ligado ao Projeto Cruzeiro do Sul idealizado e coordenado pelo saudoso Dr. Paulo Morais Jr, mas que na realidade nunca passou de uma proposta jamais abraçada de verdade pela FAB e nem pelos subsequentes governos de sua época, apesar da grande dedicação do seu idealizador, sou testemunha disso. Entretanto, há não ser que o projeto tenha a necessidade tecnológica de ser modificado por alguma razão devido aos novos projetos dos Foguetes Aquila 1 e Aquila 2 (posteriores ao VLM-1) não há justificativa para a sua paralisação e vale lembrar que anos e recursos do povo brasileiro já foram gastos (e não investidos com deveria ser) para o mesmo agora vir a ter um final melancólico como o do SARA e de tantos outros???? Não caro Unknown, essa ciranda (prática) tem de ter um fim, toda cadeia de desenvolvimento das atividades espacias brasileiras precisam ter compromisso nas suas ações, projetos tem um inicio, um meio e um fim com a entrega do que se projetava quando do lançamento do projeto, é assim que deve ser, seja no setor privado sob os olhos do empresario, seja principalmente no setor público, sob os olhos do Governo. Compromisso, competência e responsabilidade com os recursos públicos, sempre, tá ok amigo?

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  2. Realmente é uma incógnita...porque não utilizar este motor no Áquila? Ou no Vlm?

    Para mim o caminho mais "fácil" para o PEB seria a indústria nacional assumir o Vlm, tirando os alemães da jogada e substituindo o último estágio por um motor a propelente liquido, isso seria o básico do básico.

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  3. Gente política doméstica de programa espacial também envolve política internacional.Certeza que tem múltiplos interesses envolvidos .

    Eu como entusiasta aposto as minhas fichas que o programa espacial brasileiro vai decolar de vez quando o Brasil conquistar o posto de parceiro global da otan,a mesma posição hoje da Colômbia .


    Saudações a todos.

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